Uma resposta para Lula

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou a aliados que vai tratar a provável derrubada do veto de Lula no PL das saidinhas como uma continuação da disputa que trava com o Palácio do Planalto.

Por trás das declarações de Lira contra o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) está a insatisfação do presidente da Câmara com a articulação do governo contra Elmar Nascimento (União Brasil-BA), nome favorito para comandar a casa a partir de 2025.

A avaliação de aliados de Lira e de Elmar é que a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, à revelia de parte do Centrão e de bolsonaristas, deixou uma imagem de força do governo na Câmara. Derrubar o veto de Lula, portanto, é mostrar que o candidato de Lira à sua sucessão ainda é o mais forte.

Elmar não tem o apoio do Palácio do Planalto, devido à oposição que faz ao PT na Bahia e à proximidade com Lira. Sua vitória para a presidência da Câmara significaria a continuidade das divergências entre governo e Congresso sobre quem deve sobressair nas decisões sobre emendas parlamentares.

Lula vetou o nome do deputado baiano e ordenou que a articulação política trabalhe com alternativas. Ninguém diz no governo, mas o nome, como mostrou o Bastidor, é o de Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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