Mario Celso, um visionário

Hoje, quarta, 12 de julho. Nossos deputados estaduais saem de férias. Alívio. São uns dias sem bizarrices em plenário e sem projetos para ajudar os amigos deles com a nossa graninha…

Mãe Diná não se pronunciou sobre o caso, até onde eu saiba. Também não sei se o Chick Jeitoso consultou suas lâminas sagradas. Mas sem ter acesso a nenhum instrumento do divino (basta olhar para ele para saber que acesso ao sobrenatural não é o forte da casa), o ex-vereador Mario Celso Cunha acertou em cheio.

Talvez você lembre: num vídeo da época em que estavam decidindo como seria a Copa do Mundo em Curitiba, Mario Celso, que acabou sendo secretário especial da Copa, acalmou os athleticanos. Eles estavam preocupados com a dinheirama que teriam que desembolsar para ter o estádio no Padrão Fifa, e o acordo exigia que o clube pagasse um terço de tudo.

Mario Celso, esse Nostradamus curitibano, mandou ver sua centúria: “Se os clubes forem assumir este financiamento, não vão pagar coisa nenhuma”. Bom, o estádio custou uma fábula, e o próprio fato de o preço ter se multiplicado agora vem sendo usado pelo Athletico para abater sua parte no pagamento. Ontem, a Assembleia Legislativa topou que você e eu paguemos mais R$ 73 milhões da Arena. Esses dias já tinham sido mais R$ 65 milhões.

Se continuar assim, o governo vai estar passando mais dinheiro para o Petraglia do que o Barcelona pela compra do Vitor Roque.

Aqui!

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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