Memória traiçoeira

O ex-governador, atual deputado Beto Richa, volta pimpão e sereno à arena política. Charme reforçado pelo efeito do tempo, “sem óculos” (conforme a petição do advogado) aprendido em batida policial, cabeleira impecável, a camisa sempre imaculada pelo ferro e pela dobra das mangas, o relojão (um dos muitos da rica coleção resgatada da apreensão) – sempre na bossa do pulso direito -, a calça jeans de grife, caimento perfeito no corpo atlético que faz contraponto radical ao biotipo e vestuário de Roberto Requião.

Beto queixa-se de perseguição e injustiça pela denúncia reiterada, para ele requentada, do Ministério Público na “Operação Quadro Negro”, de suposta corrupção em seu governo. Pode até estar certo, no Brasil o tempo faz milagres. Mas nossa memória insiste em não esquecer Ezequias Moreira, o “primo distante” e toda a circunstância do ex-governador, atual deputado, agora pretenso candidato a prefeito de Curitiba.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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