Mendonça vence ‘gincana da bajulação’ e será indicado ao STF

Bajular Jair Bolsonaro funciona? A questão ronda a cabeça dos pretendentes a ministro do Supremo Tribunal Federal desde o início do governo.

Apesar de nomes no Judiciário, Ministério Público e Poder Executivo terem se esfalfado para agradar o presidente da República na busca pelo Olimpo, paparicando-o à custa do interesse público, quem levou a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, no ano passado, foi J.Pinto Fernandes, transmutado na figura de Kassio Nunes Marques, que como bem disse Carlos Drummond de Andrade, não havia entrado na história.

Deve ter sido frustrante para outros candidatos – que tentaram cair nas graças de Jair Messias através de ações e declarações que protegiam os interesses dele, de sua família e de seus amigos – ver alguém que corria por fora levando a melhor.

Desta vez, Bolsonaro deve indicar à vaga o advogado-geral da União, André Mendonça, atendendo à sua promessa de escolher alguém “terrivelmente evangélico” para satisfazer sua base religiosa conservadora – uma das responsáveis por evitar que sua popularidade, em queda, desabe. Isso, claro, se não mudar de ideia na próxima semana e se o Senado Federal não rejeitar o nome.

Leonardo Sakamoto

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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