Menino maluquinho

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures declara que não sabia do conteúdo da mala de dinheiro recebida de Joesley Batista (JBS) para ser entregue ao suposto destinatário, o presidente Michel Temer, de quem o carregador era assessor.

Fenômeno que só ocorre no Brasil: o cara revoluciona a empresa da família, torna-se secretário do maior governador de nossa história, elege-se deputado federal, depois torna-se assessor de estrita confiança do presidente e não sabe o que há na mala que lhe é entregue.

Nem a mãe dele deve acreditar na patranha, mão sabe quando filho mente. Rocha Loures deixou de comer as barrinhas de cereais que produzia e virou anta, comendo capim? O que pode ajudar Rocha Loures é o topetinho na testa e o rosto imberbe, que lhe dão ares de menino maluquinho.

Se Rocha Loures não sabia o que tinha na mala, por que fez tantas idas e vindas, tanto disfarce, tantas contorsões para apanhá-la? A PF filmou isso! Se não sabia, por que tirou exatos R$ 35 mil? Que depois devolveu à PF!  Só faltou a panela na cabeça, como o personagem de Ziraldo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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