Mito inválido

Os jornais contam do soldado inglês que teve o pênis cortado por falha médica. Foi a deixa para buscarem no arquivo notícias de brasileiros, na maioria subcelebridades, com problema similar, a fratura do pênis, causada por ereções potentes e demoradas. Contam que a dor é insuportável, de chorar. Algo assim aconteceu com Jair Bolsonaro ao deixar o governo aos prantos. A causa também é similar: o imbrochável teve cortada sua fonte de prazer, um tesão de quatro anos f*dendo a vida dos brasileiros.

Sou, mas quem não é?

A primeira crise do governo Lula está na origem da ministra do Turismo, deputada mais votada no Rio, mulher de prefeito aliado a líder de milícia que empregou na prefeitura e fez campanha para os dois.

Marido, mulher – e quem sabe o miliciano – são filiados ao União Brasil, partido de Sérgio Moro, da base aliada ao presidente. Diga-se que a ministra não fez nada, a não ser ela mesma, coisa que pouquíssimos podem invocar como defesa. A incoerência de Moro foi apontada aqui hoje e falar dele de novo é gastar vela com defunto ruim.

Melhor apontar a coerência do presidente Lula: uma ministra com pé na milícia é a versão elegante de Carla Zambelli. Além disso, para fazer um ministério plural e inclusive, não se pode deixar ninguém fora, nem bandido (aliás, começaram a aparecer muito cedo e sem a ajuda de Moro & Dalagnol, a dupla dinâmica contra a corrupção).

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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