Múcio x bancada do PT

Cresce a defesa entre integrantes da CPMI do 8 de janeiro de que é preciso investigar o papel do Exército nos ataques às sedes dos Três Poderes. O tema é rejeitado pelo governo, dada a relação conturbada do PT com as Forças Armadas. . O ministro da Defesa, José Múcio, atua para que a CPMI não avance sobre os comandantes.

Os depoimentos feitos à comissão até o momento envolvem de alguma forma integrantes do Exército no roteiro que resultou nos atos de vandalismo, especialmente ao impedir a polícia de desmontar o acampamento golpista instalado em frente o Quartel General em Brasília.

Investigar os militares na CPMI, tem repetido internamente Múcio, pode prejudicar as tentativas de aproximação do governo com os militares. Por outro lado, os deputados do PT, ainda sem o aval do Palácio do Planalto, buscam elementos contra as Forças Armadas.

Múcio também se posicionou contra à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) proposta por deputados petistas para mudar o artigo 142 da Constituição. O texto acaba com a interpretação de que os militares seriam uma espécie de Poder Moderador e trata da transferência para a reserva do militar que assumir cargo público.

O debate sobre as Forças Armadas no governo se dá desde a transição, quando os militares sequer enviaram representantes para dialogar com o novo governo. Além da responsabilização pelo 8 de janeiro, há a discussão sobre quem deve fazer a segurança do presidente Lula: a Polícia Federal ou os militares do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Um parlamentar petista disse ao Bastidor que a escolha de Lula entre GSI e Polícia Federal será um indicativo importante dos próximos passos.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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