Nas mãos de Pereira

Vice-presidente da Câmara, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) foi autorização pelo titular do posto, Arthur Lira (PP-AL), a tocar a votação do projeto que taxa as offshores e os fundos dos super-ricos na semana que vem.

Pereira, dizem seus interlocutores, ficou contente. Acha que poderá mandar um sinal para o governo sobre sua capacidade de liderança e, assim, se firmar como o candidato ideal à sucessão de Lira, com a simpatia da base governista.

Ao autorizar a votação, porém, o presidente da Câmara fez uma jogada de ganha-ganha. Se efetivamente Pereira conseguir votar – e, sobretudo, aprovar o projeto de lei -, Lira também fica bem com o governo por não segurar a votação até seu retorno, no dia 23. Se Pereira não aprovar, a culpa será sua e, politicamente, poderá ser usada contra ele.

Lira prefere como sucessor o aliado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), embora não tenha explicitado isso, nem dado autorização para o começo de uma campanha por sua sucessão.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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