O preço do nazismo

deputado Kim Kataguiri disse que a Alemanha errou ao criminalizar o nazismo. Depois explicou-se, desculpando-se. Para quem acha a mesma coisa, até mesmo em nome da liberdade de opinião, aqui vai uma lembrança das boas razões que levaram os alemães a isso.

Se fosse possível esquecer o que o nazismo fez com os outros, completam-se hoje 77 anos do dia em que as sirenes de Dresden começaram a soar. Em 25 minutos, 800 aviões ingleses despejaram cerca de duas mil toneladas de bombas sobre a cidade medieval.

A “Florença do rio Elba” foi bombardeada por outros dois dias. Uma tempestade de fogo derreteu até estruturas de aço. Tudo o que poderia queimar queimou e restou uma paisagem lunar.

Os ingleses perderam apenas seis aviões e os americanos da segunda leva, um. Morreram cerca de 25 mil alemães.

(Nunca uma população civil tinha sofrido ataques de tais proporções. Em março, os americanos queimaram parte de Tóquio e em agosto jogaram duas bombas atômicas
em Hiroshima e Nagasaki)

Os alemães criminalizaram o nazismo porque, entre outros crimes, tendo iniciado a guerra, persistiu nos combates, mesmo sabendo que sacrificava seu próprio povo. A Alemanha criminalizou o nazismo por vários motivos, mas, acima de tudo, pelo mal que ele custou aos alemães.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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