Notícias recentes sobre o trabalho remoto

O Sindipetro do Rio de Janeiro, entidade que representa 16 mil funcionários da Petrobrás, conseguiu uma decisão inédita na Justiça do Trabalho que obrigava que a empresa fornecesse mobiliário adaptado para o trabalho remoto, bem como, o pagamento dos custos com equipamentos de informática, pacote de dados e conta de energia elétrica.

Caso não realizasse o determinado pela Justiça, a Petrobrás deveria pagar 10 mil reais para cada funcionário.

Como há reviravoltas na Justiça, a decisão que concedia estes direitos foi cassada por uma decisão liminar do TRT da 1ª Região, com um dos fundamentos de que todos que habitam o imóvel usam a internet.

A liminar do TRT da 1ª região ainda não é definitiva, e pode haver outra reviravolta e a Justiça voltar a conceder estes direitos aos funcionários.

O fato é que o trabalho remoto tem custos e atividades extras para atender chamadas, reuniões virtuais e gastos, pois o pacote de dados de internet deve ser ampliado para não cair, além disso, deve contar com cadeira ergonômica, para não ocasionar dores no corpo e gastos extras com tratamento médico.

Para os Professores, por exemplo, a situação é mais dramática, pois a preparação de aulas remotas impõe uma rotina cansativa e além de tudo gastos extras, que em regra, não cobertos pelos donos das instituições de ensino.

Enquanto isto, as grandes empresas e corporações economizam na manutenção das suas instalações, às custas do tele trabalho dos empregados.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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