O amor sem condições

Thea Tavares. Prestem atenção nessa menina, revelada aqui neste blog pelo nosso Zé Beto. É inteligente, escreve bem, sabe o que diz e faz a alegria de todos nós, seus leitores e admiradores. Veio de longe, de Belém do Pará, e enraizou-se no Paraná, onde graduou-se jornalista pela UFPR. Já atuou em editoria política e em movimentos sociais. Fez também assessoria parlamentar. Distribuiu press releases, porque gosta de escrever. “Flutua” sobre as palavras, como diagnosticou o Zé Beto. Mais do que isso, o Zé descobriu que Thea “é música”: “usa trechos das canções que fizeram para nós, mas nas letrinhas que a alma dela ordenou-a a escrever”.

Mais do que colega de escrita neste espaço, sempre fui leitor e admirador dos escritos de Thea Tavares, de suas reflexões, de seus sonhos e questionamentos.

O grande sonho dela, aliás, era ser romancista. Conseguiu realiza-lo. Acabo de receber da autora, com uma carinhosa dedicatória, “Fragmentos – Encontros e Encantos do Amor Incondicional”, edição da Engenho das Letras, onde Thea reúne os textos que publicou no Blog do Zé Beto e com os quais, como bem diz, “direcionou o foco da humanidade para o que há de mais importante e eficaz em nos manter vivos e saudáveis: o amor”.

Através de uma ideia genial, talvez inédita, Thea Tavares oferece-nos um romance construído de crônicas, poemas e reflexões, a partir de um casal de protagonistas, “almas gêmeas dos nossos dias” – Henrique e Helena, que, como ela pontua, “atualizam a história universal do amor incondicional, desse amor puro, intenso e verdadeiro, capaz de conectar as almas que se buscam por toda a eternidade para caminharem em direção ao auto reconhecimento, ao encontro dos seus propósitos de existência”.

Não fosse intromissão indevida de minha parte, eu e a minha Cleonice poderíamos identificar-nos com Henrique e Helena, no quesito “chamas gêmeas”. Estamos juntos há 68 anos (62 de casados mais o tempo de namoro e noivado). É um vínculo que vem de longe, possivelmente de outras encarnações, e, como diz Henrique, “vínculo não se quebra”, posto de representa “uma única alma”. Enfrentamos juntos as alegrias e as tristezas da vida, e assim esperamos continuar por toda a eternidade e ainda além.

É sempre um imenso prazer ler e reler Thea Tavares, que confessa ter readquirido com Zeca Corrêa Leite o vício de presentear pessoas especiais com obras carinhosas, porque está convencida que “a leitura é um presente que a gente escolhe se dar”.

Sobre a narrativa de Thea, Zeca, autor de um dos prefácios do livro, capta “uma crônica sobre a vida dos seres profundamente apaixonados, que justamente por essa razão ignoram a distância física que se interpõe entre eles”.

Grande Thea Tavares! Receba o meu agradecimento e o meu carinho, com a certeza de que “Fragmentos” é apenas o marco inicial de inúmeros outros romances que estão por vir com a mesma qualidade e o mesmo sucesso.

Em frente, menina! Que a força do amor incondicional ilumine o seu caminho!

P.S. – Comoveu-me o agradecimento especial de Thea a Paulo Roberto Ferreira Motta, que nos deixou recentemente e era um leitor entusiasta dos escritos dela.

P.S. II – Continuo de férias, só interrompidas em ocasiões especiais.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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