O bico de Pacheco

A decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de colocar para discussão ano que vem a possibilidade de acabar com o instituto da reeleição para cargos no Executivo tem a ver, segundo um senador do PT, com o risco que ele corre de ficar de fora da disputa ao governo de Minas Gerais.

Pacheco tem se movimentado para viabilizar sua candidatura à sucessão do governador mineiro, Romeu Zema, em 2026. Além da dificuldade de encantar o eleitor de Minas Gerais, segundo suas próprias pesquisas, o ex-prefeito Alexandre Kalil, de seu partido, passou a reivindicar o direito de disputar o cargo.

É o mesmo motivo, diz o petista, que move Pacheco a querer criar um mandato para os ministros do Supremo Tribunal Federal. Segundo interlocutores do senador, ele está cansado de concorrer a mandatos eletivos. Seu sonho era ser indicado para o Supremo ou para o Tribunal de Contas da União. Não deu para ele em 2023. E as próximas vagas estão relativamente longe.

Segundo o senador próximo a Pacheco, seus gestos são tanto para tentar atrair o eleitor de Zema, que se alinha ideologicamente à direita, e garantir que o aliado, Davi Alcolumbre (União-AP), consiga se viabilizar efetivamente para sucedê-lo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.