O consumo de álcool e cigarros eletrônicos entre os jovens

Segundo um recente relatório da Organização Mundial da Saúde – OMS, cerca de 57% dos adolescentes de 15 anos já experimentaram e 37% consumiram álcool – e um a cada dez já se embriagaram.

Em resumo, a epidemia do alcoolismo garante o ingresso dos jovens no mercado consumidor do álcool.

Quanto ao cigarro eletrônico, um a cada cinco adolescentes fumou cigarros eletrônicos, alerta a OMS. A pesquisa foi realizada em 57 países. É uma radiografia sobre o alcoolismo e o tabagismo entre os jovens no mundo.

Os cigarros eletrônicos ultrapassam os cigarros convencionais: cerca de 32% de jovens de 15 anos usaram em algum momento e 20% usaram nos último 30 dias, – o que demostra a consolidação desta dependência.

Faltam campanhas do estado esclarecendo a malignidade do cigarro eletrônico e das drogas denominadas como lícitas, mas que causam enormes prejuízos para a saúde dos consumidores e à previdência.

Cigarros eletrônicos comercializados no mercado são fortemente direcionados ao público jovem. Atualmente, 34 países proíbem sua venda, 88 países não estipulam idade mínima para venda e 74 não têm regulamentação sobre esses produtos nocivos.

A indústria do tabaco lucra com os danos à saúde dos consumidores e está usando esses produtos para pressionar as autoridades a não implementarem políticas públicas contra os cigarros eletrônicos, cigarros e bebidas alcoólicas.

Resumo da ópera: estão abertas as portas para o consumo de outras drogas. O relatório aponta que essas empresas financiam estudos para gerar e disseminar amplamente evidências falsas de que esses novos produtos reduzem os danos à saúde. Ao mesmo tempo, promovem agressivamente os cigarros eletrônicos para crianças e não fumantes e continuam a vender bilhões de cigarros.

É necessária uma ação forte e decisiva para prevenir o uso de cigarros eletrônicos, com base na crescente evidência sobre o uso por crianças e adolescentes e os danos à saúde que eles causam.

Na contramão disso tudo o Senado brasileiro abriu debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos e há um projeto de lei em curso (PL 5008/2023).

Finalmente, é preciso destacar a cultura da saúde entre os jovens, o incremento dos esportes e, principalmente, da instrução educacional pública para erradicarmos a lucrativa epidemia das drogas que abate o país e o mundo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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