‘Hacker de Araraquara’ acusa Bolsonaro na CPI

A quinta-feira em Brasília esteve sob o impacto do depoimento do hacker Walter Delgatti à CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro.

O “hacker da Vaza Jato” afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria lhe prometido um indulto para que ele tentasse fraudar as urnas eletrônicas, criando uma situação para colocar em xeque os resultados da eleição presidencial de 2022. Bolsonaro disse que Delgatti “está fantasiando”.

Juliana Dal Piva informa que, após a fala de Delgatti, a PF requisitou novo depoimento dele, pois considera que houve contradições em relação ao que ele havia dito antes à polícia. Isso deve ocorrer nesta sexta-feira.

Para Leonardo Sakamoto, as declarações do “hacker de Araraquara” são graves e, se houver provas do que ele disse, crescem as chances de Bolsonaro ser preso -e levando generais junto.

Wálter Maierovitch fez um paralelo entre Delgatti e o italiano Tommaso Buscetta, que delatou a máfia siciliana Cosa Nostra nos anos 1980.

O depoimento de Delgatti foi marcado pela intervenção do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que confrontou o hacker e ouviu réplica. A colunista Carolina Brígido avalia que a postura de Moro foi uma tentativa de ele, alvo dos vazamentos da Vaza Jato, tentar “salvar a própria pele”, pois as revelações de Delgatti poderiam, além de atingir Bolsonaro, respingar nele, que foi ministro da Justiça do ex-presidente

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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