O dinheiro da política sempre é público

Ruth Bolognese – ContraPonto

Não se tem registro na história política do planeta que algum político tenha colocado a mão no bolso para gastar em campanha eleitoral. O máximo que se faz é um investimento, melhor um empréstimo, cujo retorno virá por vias tortas ou mais tortas, mais juros e correção.

No Paraná, gente de família riquíssima, como Ratinho Jr, ou gente casado com mulher riquíssima, como o ex-governador Beto Richa, ou mesmo o riquíssimo herdeiro da CR Almeida, Marcelo, ex-vereador e ex-deputado Marcelo Almeida, jamais dispensaram os doadores de campanhas eleitorais e nem a parcela dos respectivos partidos.

Com a nova lei de financiamento de campanhas, fala-se em candidatos com capacidade de sustentar a própria campanha e que poderiam doar parte do próprio patrimônio para que o povo tenha a chance de elegê-los.

É um ledo engano. A cultura brasileira é de gastar o dinheiro público diante do interesse privado e pronto e aí se incluem os grandes financiadores de campanhas eleitorais no Brasil, que só adiantam os recursos e ficam esperando o resultado. Como vão dar um jeito de violar a legislação é outra história. Odebrecht, OAS, Camargo Correia e demais empreiteiros que o digam.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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