O escondido sai mais caro

A articulação política do governo até tentou convencer as lideranças de PP e Republicanos de que havia um bom motivo para não haver evento público de posse, como o que ocorreu com Celso Sabino, quando o deputado assumiu o Ministério do Turismo.

Tentou-se espalhar a versão de que a reserva ocorrera por receio de que os apoiadores de Ana Moser, antecessora de André Fufuca no Esporte, pudessem causar constrangimentos ao novo ministro. Não funcionou.

Nos neoaliados há a sensação de que Lula, tão experiente na linguagem política, errou novamente ao não conferir prestígio especialmente às bancadas do PP e Republicanos. A consequência, diz um deputado ao Bastidor, será mais pedidos de dinheiro.

“Os amores escondidos saem caro. De alguma forma, o carinho e o agrado têm que chegar”, diz o parlamentar referindo-se a dinheiro de emendas e pastas robustas.

De olho em São Paulo

Quem não se importou com a falta de uma cerimônia de posse foi o PSB de Márcio França e Geraldo Alckmin. Para uma liderança do partido, a legenda vai querer seu “carinho e agrado” em forma de apoio em São Paulo.

Tanto Alckmin, agora vice-presidente, como França, que deixou o Ministério dos Portos e Aeroportos para o de Empreendedorismo e Pequenas Empresas, podem concorrer ao Palácio Bandeirantes e ao Senado e esperam ter o apoio petista.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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