Diz num artigo médico que os animais são atacados pelos predadores, quase sempre, no pescoço. Uma dentada de leão no pescoço de um bisão ou de uma gazela é mortal. Nós, humanos, herdamos dos nossos ancestrais o medo dos predadores e, quando a tensão aumenta, tendemos a retesar a musculatura do pescoço.
É uma forma instintiva de torná-lo mais resistente e fora de alcance dos golpes. Relaxar é difícil nos dias de hoje, apesar dos milhares de incentivos de todos os lados (programas de tevê, artigos em revistas, conselhos de todas as espécies).
Não é raro que usemos expressões do tipo ‘tô com a corda no pescoço’, ‘tô com a água pelo pescoço’, ‘querem cortar meu pescoço’, ‘tô por aqui com isso’. Como sair dessa? Dizem que massagem é bom, que ducha quente diretamente no pescoço faz bem, que alongamento (rotacional do pescoço) é ótimo. O melhor mesmo seria que cada um cuidasse da própria cabeça e não enchesse o saco do outro, seja no trabalho, em casa, na rua.
*Rui Werneck de Capistrano não sabe de nada
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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