O pacto de Lula e Macron

©Ricardo Stuckert

Ao convidar Lula para a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, que começou nesta quinta (22) em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que um dos objetivos da reunião é alertar a parte desenvolvida do mundo para o erro que é impor o dilema entre preservação ambiental e desenvolvimento social aos países em desenvolvimento. A fala foi vista com otimismo pela diplomacia brasileira, que enxerga de maneira mais otimista a reunião entre o presidente francês e Lula.

Lula foi ao encontro promover uma série de reuniões bilaterais, mas um dos principais objetivos é encontrar Macron, o que está previsto para ocorrer nesta sexta (23).

Lula quer usar a declaração de convite para arrancar um compromisso do colega francês. Ele deve argumentar contra o que considera ser uma tentativa de impor cláusulas draconianas na negociação da Europa com o Mercosul.

Europeus vêm incluindo novas exigências ambientais e estabelecem até sanções contra países sul-americanos em caso de descumprimento das regras impostas pela Europa. Para Lula, quando se trata de um acordo entre parceiros deve haver “confiança mútua”.

A principal resistência para o avanço do acordo de livre comércio é justamente da França, que teme a concorrência do agronegócio brasileiro, mais competitivo. Na conversa, Lula espera destravar as dificuldades e encontrar um termo em que o acordo saia do papel.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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