BOLSONARO decreta luto de um dia pela morte de Luiz Gastão de Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel, “chefe da Casa Imperial do Brasil”, nos termos do ato. O presidente ficou aliviado, agora só tem uma casa imperial no Brasil, a dele, porque é a única com herdeiros diretos masculinos, ao contrário dos Bragança, que admitiram herdeira ao trono, Isabel.
No decreto o presidente pretendia incluir um terceiro artigo, o das disposições transitórias, nestes termos: “Fica revogada a Lei Áurea e os pretos voltam ao pelourinho”. A loucura não foi adiante porque, previamente consultados, os ministros bolsonaristas do STF não aprovaram. Como Michel Temer antes, Bolsonaro tem consultor jurídico no STF.
Para os ministros, “terrivelmente evangélicos”, revogar a lei quanto aos pretos, pela isonomia teria que também escravizar os brancos. Daria problema, pois há brancos e pretos bolsonaristas. Se dependesse do PGR Augusto Aras os capitães de mato já estariam em campo. O presidente não se conforma e diz entre dentes “me aguardem, outubro vem aí”.