O quase rei chora o quase imperador

BOLSONARO decreta luto de um dia pela morte de Luiz Gastão de Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel, “chefe da Casa Imperial do Brasil”, nos termos do ato. O presidente ficou aliviado, agora só tem uma casa imperial no Brasil, a dele, porque é a única com herdeiros diretos masculinos, ao contrário dos Bragança, que admitiram herdeira ao trono, Isabel.

No decreto o presidente pretendia incluir um terceiro artigo, o das disposições transitórias, nestes termos: “Fica revogada a Lei Áurea e os pretos voltam ao pelourinho”. A loucura não foi adiante porque, previamente consultados, os ministros bolsonaristas do STF não aprovaram. Como Michel Temer antes, Bolsonaro tem consultor jurídico no STF.

Para os ministros, “terrivelmente evangélicos”, revogar a lei quanto aos pretos, pela isonomia teria que também escravizar os brancos. Daria problema, pois há brancos e pretos bolsonaristas. Se dependesse do PGR Augusto Aras os capitães de mato já estariam em campo. O presidente não se conforma e diz entre dentes “me aguardem, outubro vem aí”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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