O terror de parte a parte

Numa única palavra, meu amigo Dallagassa define o atual conflito no Oriente Médio, entre Israel e o movimento de resistência islâmica Hamas, como “insensatez”. Prefiro insanidade, um absurdo que, além de trucidar crianças e civis inocentes, coloca em risco toda a humanidade. Não há mocinhos nesse trágico embate; só bandidos.

Judeus e palestinos são águas da mesma fonte. Mas, estupidamente, se odeiam por motivos religiosos e territoriais. Um quer exterminar o outro e o ódio sem limites ultrapassa fronteiras e se expande por todo o mundo.

O grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou em 7 de outubro um ataque surpresa a Israel, matando ao menos 1.400 pessoas e capturando reféns de todas as nacionalidades, incluindo brasileiros. Israel reagiu com bombardeios que já mataram mais de 3.000 seres humanos. Uma carnificina terrível e perigosa.

Os EUA apoiam Israel e já deslocaram para a região porta-aviões, jatos e armamento; povos muçulmanos, como a Jordânia, Irã e Líbano, tendem a apoiar o Hamas. Arábia Saudita, Turquia, Síria e demais nações periféricas estão de olho e aguardam. E nós, que, em princípio, nada teríamos a ver com isso, trememos.

Não vou fazer juízo de valor sobre o tema. Até porque, como dito acima, não há inocentes no campo de batalha. Só os pobres civis desarmados, desamparados, aturdidos e chacinados.

Aliás, como diz outro amigo meu, se Deus existe e se foi ele que criou o ser humano, deve estar amargando um bruto arrependimento.

Por fim, justiça seja feita a Lula e ao Itamaraty, que resgataram, de pronto, os brasileiros presentes à zona de conflito. Agiram rápido, muito antes das demais nações (e sem cobrar nada, como estão fazendo outras nações), trazendo de volta ao Brasil perto de mil viventes, utilizando aviões da FAB e da própria Presidência da República. Às vezes, as coisas funcionam neste país.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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