‘Dudu, o meu garoto que falou mal das mulheres na obra do metrô, é meu orgulho’

Diário, ontem o Dudu foi o grande assunto nas redes sociais. E por vários motivos.

Um deles foi que o garoto postou um vídeo muito engraçado, que diz que as mulheres que trabalham na obra do metrô de São Paulo é que foram as culpadas pelo desabamento. A mulherada ficou pê da vida. E até o Sindicato dos Engenheiros protestou. Mas é isso aí, pô, tem que acabar com a mamatocracia.

Outro motivo é que ele acertou com o Valdemar Costa Neto que vai entrar no PL, o partido central do Centrão. E em julho de 2018, numa convenção do PSL, o Dudu disse assim: “Eu queria tirar foto de cada um dos senhores aqui para saber se em 2019, quando o couro comer pra valer, vocês vão se deixar seduzir pelo discurso do Centrão ou se vão se manter firmes e fortes com Bolsonaro?”. Por causa desse discurso, tão dizendo que o guri é um hipócrates (é hipócrates ou hipócrita que fala?). Mas, pô, nem eu fui fiel a mim e voltei pro Centrão.

Só tem uma coisa: entrando no PL, o Dudu vai ter que moderar o vocabulário, porque ele sempre chama o Lula de ex-presidiário e o Costa Neto pegou dois anos de cana por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas o Dudu tira isso de letra. Esquecer o que se disse é uma especialidade da família, kkk!

Um terceiro treco que aconteceu com o Embaixador (é assim que a gente chama o Dudu no churrasco) é que um juiz aí negou o pedido dele contra a exigência de vacinação pra quem for fazer o exame prático pra carteira de motorista. Pô, a gente já tem que usar cinto de segurança e ainda tem que ser vacinado? Onde isso vai parar? Cadê a liberdade de cada um se ferrar por si mesmo?

Por sorte, o Dudu foi pra Disney com a família e ficou longe de toda essa balbúrdia. Ainda mais que ele se elegeu por São Paulo, que tá com esses problemas de desabamento, enchente e buraco de metrô. Quando tem problema, a melhor coisa é viajar para espairecer. É o que eu sempre faço. Ele está seguindo meu exemplo direitinho.

Ah, Diário, esse garoto é meu orgulho! O que eu puder dar de filé mignon pra ele, eu dou.

#diariodobolso|Equipe Ultrajano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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