Até aliados do governo riram de um trecho Projeto de Lei Orçamentária Anual, enviado ontem, que autoriza créditos suplementares para o ano que vem. Riram porque sabem que não será aprovado desta forma.
Para um deputado do PT que olhou o texto, “um erro básico” da articulação do governo, que deveria conhecer o perfil deste Congresso, especialmente o da Câmara. “Ninguém vai aceitar não discutir —e pedir— a cada vez que o governo precisar de dinheiro”, diz.
Segundo esse petista, houve ingenuidade por parte das equipes de Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), mas não poderia haver da articulação em aceitar o texto neste modelo.
O Congresso não autorizará desde já, diz, e parecerá que o governo perdeu. “Desgaste desnecessário”, conclui.