O PRESIDENTE da Funarte não esquentou a cadeira, como no geral acontece no governo Bolsonaro. Como todos os defenestrados, sai atirando com a pistolinha de ar comprimido. A queixa do cara da Funarte, cujo nome não importa, ficará no rodapé do rodapé: “Nunca fui recebido pelo presidente”.

A queixa é sugestiva dos homens e do momento desses homens. Como os outros homens do presidente (título do livro sobre Watergate), o cara da Funarte entrou no governo esperando o quê, um amante das artes? Bolsonaro não chega aos pés de Pedro Malasartes.

Ser recebido pelo presidente para elogiar Regina Duarte e ofender Fernanda Montenegro? Ora, bolas. Quem entra no governo Bolsonaro tem que levar pancada, ouvir besteira, discutir a terra plana e a santidade do coronel Brilhante Ustra e a virtude saneadora da tortura.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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