Padilha joga em todas

A insatisfação de parlamentares da base aliada com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) vai além das atribuições do petista em sua pasta. O ministro, por exemplo, tem interferido na liberação de recursos do Banco do Brasil destinados ao apoio de alguns eventos públicos, de acordo com relatos feitos ao Bastidor.

Recentemente, um deputado buscou a área de publicidade do BB, entrou em contato com Padilha e, sem retorno, teve que recorrer a outro ministro: Paulo Pimenta, da Secom (Secretária de Comunicação).

Quando o assunto é verba parlamentar, deputados, como noticiou o Bastidor, recorrem, cada vez mais, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar de um tema que, em tese, diz respeito a Padilha.

Há parlamentares que ainda têm emendas pendentes do fim do ano passado. Havia a promessa de recebimento, mas o dinheiro não caiu. Foi Lira quem, recentemente, mandou uma mensagem direta a deputados anunciando que nos próximos dias eles seriam contemplados.

Sem interlocução com o Congresso, o ministro também sofre críticas por sua atuação na articulação política. Deputados dizem que Padilha participa pouco das costuras eleitorais nas principais cidades do país.

O clima entre aliados é de pessimismo com o PT. A reclamação é que o partido de Lula priorizou somente a si mesmo na distribuição de cargos em postos-chaves da administração federal, na escolha de comissões da Câmara que terão mais recursos e na liberação das emendas. Tudo de olho nas eleições municipais deste ano e à revelia de muitos aliados.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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