João, Maria, a paixão e a casa do Vampiro
Carcomido de paixão, João que sou, procuro pela Maria inventada pelo Dalton. Eram tantas as Marias, eram tantos os Joãos, e nas vontades havia muito mais sins do que nãos. Passo sempre pela casa onde o vampiro morava. Passo passo-a-passo; não quero acordar Maria que sonha com João. A casa continua sempre igual como sempre foi – um deserto dos tártaros.
Converso com o muro com a linguagem invisível. Digo que interceda por João que morre de amor por Maria. Não somos todos joãos? E o muro, com voz de pedra, imita o corvo de Poe: nunca mais.