Efeito borboleta

A POLÍCIA portuguesa deu batida na casa do primeiro ministro para investigar corrupção via tráfico de influência. O primeiro ministro renunciou, depois de longos anos no poder. O Velho do Restelo não arrancou os cabelos nem a Torre do Tombo desabou no Tejo. Parece que os lusos continuam a imitar o Brasil, depois de iniciarem o processo discriminando os imigrantes brasileiros. Solidário aos compatriotas que lá sofrem, entrei em greve contra o pão francês com mortadela da Rico Pão, a padaria portuguesa instalada há 60 anos aqui perto de casa.

Essa abstinência está insuportável, tudo por culpa dos bolsonaristas que fugiram para Portugal. É o efeito borboleta lusitano: uma sacanagem em Lisboa azeda a mortadela em Curitiba.

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“Os amigos suspeitos de Lula em Portugal”

O brasileiro é muito amigo de José Sócrates e, em abril, visitou António Costa, que foi acusado de irregularidades e pediu demissão nesta terça.

Ao estreitar laços com Portugal, Lula se aproximou de alguns de seus primeiros-ministros. Dois deles, ambos do Partido Socialista, foram acusados de corrupção: José Sócrates e António Costa (na foto, com Lula, em abril), diz Crusoé.

“Nesta terça, 7, Costa pediu demissão após uma operação de busca e apreensão em sua casa. O chefe de gabinete foi preso.”

“Costa é investigado por supostas irregularidades em contratos do governo para exploração de lítio em minas portuguesas, de produção de energia a partir de hidrogênio verde e de construção de um datacenter.”

“Seu governo também foi marcado pelo nepotismo. Havia 27 pessoas com vínculos familiares dentro do governo português. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, é marido da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. O ministro do Trabalho, José Antonio Vieira Silva, é pai da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.”

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Mural da História -1980

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Fraga

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Dúvida

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Os indígenas pela reforma Nonato Viegas

Para garantir a aprovação da reforma tributária, o governo resolveu entregar o marco temporal para a derrubada dos vetos presidenciais. O discurso oficial é que o governo apenas concordou em se pautarem os vetos na quinta (9), mas o resultado esperado é uma derrota.

No fim do mês passado, o presidente vetara parte projeto de lei que estabelecia a data da promulgação da Constituição, em outubro de 1988, como marco temporal para a demarcação de terras indígenas.

Lula precisou vetar, entre outros pontos, a possibilidade de mineração e de cultivo de transgênicos em terras indígenas. Esse último ponto tem consequências ambientais imprevisíveis, já que a polinização, um processo natural de cruza entre as plantas, pode resultar no fim de frutos sem alterações genéticas em outras áreas.

O governo vinha trabalhando para atrasar a votação dos vetos até que conseguisse votos para impedir. Era uma demanda de parte do governo, de ambientalistas e representantes dos povos indígenas. Mas, para garantir a aprovação da reforma tributária, o governo decidiu ceder, mesmo sabendo que a derrota é praticamente certa.

A avaliação da articulação política é que o Supremo Tribunal Federal vai considerar o marco temporal inconstitucional —no que poderá se desdobrar em outro capítulo da crise entre o STF e o Congresso.

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Projeto Ampliando Horizontes

Poesia e Ficção Ano 2 promove lançamento de 3 livros reunindo textos e poemas desenvolvidos em oficinas de criação durante 2023

Em 11 de novembro (sábado) será realizado o lançamento de 3 livros do projeto Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção Ano 2. O evento acontecerá, a partir das 14 horas, no Cine Guarani – Portão Cultural, em frente ao terminal de ônibus do bairro Portão, em Curitiba. A entrada é gratuita.

O idealizador e coordenador pedagógico do projeto, Marcio Renato dos Santos, vai mediar um bate-papo com os professores das oficinas de conto (Jonatan Silva), poesia (Priscila Prado), e romance (Paulo Venturelli), incluindo a participação de Victor Augustus Graciotto Silva, historiador, escritor, editor e coordenador-geral de Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção Ano 2.

Em seguida, participantes dos cursos realizarão leitura de poemas e textos de ficção. Depois, acontecerá a sessão de autógrafos.

As 3 obras impressas reúnem conteúdos produzidos nas oficinas de poesia, conto e romance viabilizadas pelo projeto Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção em 2023 – as atividades presenciais foram realizadas na Casa de Leitura Hilda Hilst (poesia e conto) e na Casa de Leitura Miguel de Cervantes (romance), entre junho e agosto deste ano.

Durante os encontros, os professores-escritores apresentaram fundamentos teóricos e estimularam atividades práticas para a escrita de contos, poemas e romances. Ao final, a escritora Andréia Carvalho Gavita e os escritores Antonio Cescatto e Roberto Nicolato selecionaram os poemas, os contos e os fragmentos de romances publicados pela Máquina de Escrever Editora, empresa responsável pela edição e comercialização das obras.

Além de oferecer a oportunidade de conhecer técnicas e recursos para a escrita, estimulando a produção de poesia e ficção, Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção Ano 2 também fomenta a economia criativa paranaense.

“Contratamos revisoras, um diagramador, um capista, enfim, a equipe necessária para realizar as obras, além dos serviços de uma gráfica”, diz Victor Augustus, acrescentando que o site www.ampliandohorizontes.com.br, disponível desde a primeira edição, foi atualizado com as informações deste ano.

Após o lançamento, os livros serão encaminhados a instituições culturais e bibliotecas com a finalidade de disponibilizar ao público os fragmentos de romances, contos e poemas.

“Da ideia inicial à publicação do conteúdo em livro impresso, quem participa de nosso projeto vivencia todas as fases do processo artístico, incluindo o lançamento. A partir de agora, disponibilizamos as obras em bibliotecas para o público leitor completar o circuito da literatura, por meio de olhares e interpretações dos poemas e textos de ficção elaborados em nossas oficinas”, comenta Marcio Renato dos Santos, que não deixa de informar que os desenhos das capas dos 3 livros são de autoria de Simon Taylor.

Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção Ano 2 é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba, com incentivo da Softmarketing Comunicação e Informação, Pesa Imóveis, Brementur Agência de Turismo, Kirsten Industria e Comércio de Materiais Elétricos.

Serviço: Lançamento com bate-papo seguido de sessão de autógrafos dos 3 livros do projeto “Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção – Ano 2” em 11 de novembro, a partir das 14 horas, no Cine Guarani – Portão Cultural, na Avenida República Argentina, 3.430, no bairro Portão, em Curitiba.

Cada livro custa, promocionalmente, R$ 30.

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Mural da História – 1992

Venho sendo cercado por telefonemas, recados eletrônicos e fáquicis, tentando me cooptar pra apoio à manifestação pró Cinema, dia 28, na Cinelândia. Apenas pela posição física deste quadrado (não tenho ilusão), há sempre tentativas de transformá-lo na “Voz do Povo Aflito e Desamparado”, e no “Último Hálito da Liberdade”, na “Tribuna Sem Medo e Sem Vergonha”, e por aí. Mas se entro nessa, adeus! Millôr vira um chato comum, deixa de ser um chato personalizado. Pô, já não basta o tempo do meu deinde philosophare desperdiçado com a inacreditável mediocridade e mutretariedade da administração carioca?

Mas, afinal, abro exceção pra panfletagem do cinema com o poema gráfico do curitibano Solda e do não menos curitibano, cineasta Sylvio Back (*). O grafismo é homenagem a 60 diretores de cinema mortos nos últimos 12 anos e augura que o cinema propriamente dito não entre na mesma fria.

Quero apenas repetir que minha relação com a arte é diferente. Pra mim, artista tem que sofrer. Ser anão, como Lautrec, cortar orelha como Van Gogh, contrabandear armas como Rimbaud, morrer na miséria como Grosz. Cara que, como eu, ganha dinheiro com o que faz pode ser, e é, chamado de tudo, menos de artista.

*Madrugador inveterado, todo dia abro minha janela pra ver o sol surgindo no horizonte e, um pouco mais abaixo, mas não menos brilhante, correndo pela praia, Sylvio Back, o atleta que veio do frio”.

Jornal do Brasil

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A violência contra as mulheres

A Constituição e 1988 segue descumprida quanto à igualdade de homens e mulheres e as leis possuem um grande vácuo legislativo. Isto é reflexo histórico do profundo machismo e paternalismo herdado do regime escravocrata, que ainda nos assola.

O êxito da Constituição depende do trabalho judicial, legislativo, executivo e de outras instituições que, em nosso país, tem falhado miseravelmente.

Para verificarmos o profundo estado de injustiça no qual se encontram as mulheres no Brasil, basta apenas consultarmos os dados estatísticos: dos estupros, dos feminicídios, da violência doméstica, da baixa escolaridade das mulheres, das diferenças salariais, da discriminação de mulheres grávidas; em resumo, do grande vazio institucional na vida privada e pública das mulheres.

É de um elevado risco, na sociedade brasileira, ser negra; adolescente; mulher; ser mãe; ter opção sexual diferente da estabelecida pelo machismo, abortar, mesmo decorrência de estupro; ou pronunciar-se ativamente quanto a esse tema.

O grande irradiador histórico dessa questão é a escravidão e a apropriação dos corpos das mulheres, pois, historicamente, as escravas tinham que servir de parceiras sexuais aos seus senhores, na qualidade de amantes ou concubinas, quando não, simplesmente, estupradas.

A Constituição prevê, dentre outras questões, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações (art. 5º, inciso I), da proteção ao mercado de trabalho (art. 7º, inciso XX), da igualdade na sociedade conjugal (art. 226, §5º).

Isso é muito pouco para a igualdade entre homens e mulheres.

No cotidiano das pequenas-grandes opressões é que se corporifica a estrutura violenta contra as mulheres.

Em verdade, a questão é nos perguntarmos: há igualdade real entre as mulheres e os homens ou não? Há violência contra as mulheres ou não? Há feminicídios e uma crescente cultura de violência contra as mulheres ou não? Há discriminação contra as mulheres ou não? Há um apartheid (segregação) social, econômico, racial e jurídico em desfavor das mulheres ou não?

As respostas impõem transformações legislativas urgentes.

No Brasil a cada seis horas morre uma mulher por feminicídio, o país bateu recordes de violência em 2022, e somos o quinto país mais violento do mundo neste tema.

Em resumo, muitos discursos legislativos, mas pouquíssima efetividade nas alterações no atual quadro.

Na Espanha, recentemente foi promulgada a Lei Orgânica 10/2022, de 6 de setembro, da garantia integral da liberdade sexual, com sessenta e seis páginas, que é um significativo avanço no tema.

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Mr. Natural

Retta Rettamozo & Crumb. By Dico Kremer e Solda. © Maringas Maciel

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Paulo Leminski – 1944|1989

Retícula sobre foto de Macaxeira.

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Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, terça, 7 de novembro. Trêrs anos hoje que a gente se livrou do Trump (viva!). Duas semanas pra Argentina eleger o Milei (é, a gente não tem folga mesmo).

A marijuana e o Direito

A boa notícia: o Plural, o jornal mais charmoso da cidade, agora tem uma editoria para falar de Direito. Sempre de um jeito bacanizado, sem frescura e tratando do que é importante. A notícia ruim? A primeira reportagem é pra mostrar que o mundo jurídico brasileiro ainda não se adaptou à cannabis medicinal.

As coisas estão avançando, mas sabe como é: no mundo das leis e dos compêndios a coisa nunca anda tão rápido quanto a gente gostaria. O nosso caderno, que chama “Direitos no Plural”, ouviu especialistas para entender em que pé estamos.

E no fundo, apesar da demora, há coisas para comemorar. A não ser que haja mais algum terremoto de conservadorismo no caminho, tudo indica que pacientes de depressão, epilepsia e outras doenças logo terão mais facilidade para acessar o canabidiol e o THC.

Leia mais aqui.

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Virtudes

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Sára Saudková vive nos dois universos, sendo mãe e fotógrafa. Aprendeu a fotografia como assistente e modelo do também fotógrafo Jan Saudek (inspiração do filme “O Fotógrafo”) e, se não fosse o encontro decisivo com Saudek, seria economista, por ser formada na área (Universidade de Praga) — aliás, por ter relacionado-se com Jan, até hoje pode ser localizada como “Sarah Saudek”.

Com Saudek, ela aprendeu a fotografar e a estimar a nudez e a fotografia em filme, opção que ela prossegue mantendo, mesmo consciente da qualidade atual das fotos digitais. E é baseando-se em película médio formato e na experiência com seus vários filhos que Sára Saudková registra a maternidade de uma forma tocante, sempre em imagens monocromáticas.

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Soy loco por Teresina!

O cartunista que vos digita e Wanessa Janssen, Salão Internacional de Humor do Piauí, Teresina, 2012. © Vera Solda

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