O maior caso de suborno da História é muito maior

Os procuradores dos Estados Unidos classificaram os 3,3 bilhões de reais em propinas da Odebrecht e da Braskem como “o maior caso de suborno internacional da História”. Mas falta incluir nessa conta a propina paga por OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Engevix e tantas outras.

O maior caso de suborno da História é quatro vezes maior.

o antagonista

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2016

© Orlando Pedroso

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Odebrecht delata compra para Instituto Lula

© Myskiciewicz

Três delatores da Odebrecht confirmaram em depoimento na semana passada a compra de um imóvel na cidade de São Paulo para a construção de uma nova sede do Instituto Lula, informou a Folha de S. Paulo nesta terça-feira (21).

Segundo a publicação, a revelação foi feita por Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo; Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais; e Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias. O imóvel está localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, na região da Indianópolis.

Ainda na semana passada, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia em que o ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tornando Lula réu pela quinta vez.

Apesar de a nova sede não ter saído do papel, Moro aceitou a denúncia, sustentando que a falta de transferência na compra do imóvel não impede a acusação de corrupção.

À Folha, o Instituto Lula afirmou que não comenta “supostas delações” e que “delações não são prova, quanto mais supostas delações”.

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Greca cancela Oficina de Música de Curitiba

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O alvo não é Berlim, é a liberdade

Clóvis Rossi – Folha de São Paulo

Se o de Berlim foi de fato um atentado terrorista, como estão dizendo as autoridades alemãs, dificilmente se encontraria outro local no mundo que contivesse tantos símbolos daquilo que realmente era o alvo: o modo de vida ocidental, o que inclui uma preciosidade inestimável, a liberdade.

Para quem não conhece Berlim, examinemos um pouco o que há na Breitscheidplatz, o local onde se instala o mercadinho anual de Natal, e imediações:

1 – Há a Igreja Memorial do Imperador Guilherme, severamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), mas mantida como ficou para ser uma espécie de relicário sobre os horrores da guerra.

Ao atingir esse local, o que os terroristas estão querendo dizer é que há outra guerra em curso, desta vez movida por fanáticos religiosos contra tanto os vencedores como os perdedores da grande guerra.

2 – Há a Kurfürsterdamm, uma avenida comercial que era o epicentro do comércio chique enquanto Berlim estava dividida em duas.

A Kudamm, como é comumente chamada, representava, naqueles tempos, o contraste entre a exuberância do capitalismo e a singeleza do comunismo, concentrada na Unter den Linden, a sua equivalente no lado oriental.

Como se sabe, a Kudamm ganhou de goleada de sua rival oriental, ainda que, hoje, o charme esteja de novo concentrado no lado oriental, revigorado pela vitória do capitalismo.

3 – Há, nesta época do ano, o mercado de Natal, uma tradição que, na Alemanha, vem do século 15.

É, pois, uma mescla de cristianismo com capitalismo, outra característica ocidental.

4 – Há, por fim, a liberdade de circulação, ditada pela importância da Kudamm e ruas próximas para a circulação em Berlim.

Depois do atentado, fica fácil criticar a desproteção de um alvo potencial tão óbvio. Ainda mais depois que, em 2000, quatro jovens argelinos foram presos enquanto planejavam um atentado justamente contra um mercado de Natal em Estrasburgo (fronteiro franco-alemã).

Em outro mercado natalino de Berlim, o da Gendarmenmarkt, até foram estabelecidas barreiras de proteção, mas, na Kudamm/Breitscheidplatz, não há como conciliar a liberdade de ir e vir, pressuposto da vida urbana, com barreiras que de fato pudessem impedir a movimentação de um caminhão/arma.

Como disse à emissora Deutsche Welle o jornalista Rolf Tophoven, do IFTUS (sigla alemã para Instituto para a Prevenção de Crises), “o Estado não pode garantir 100% de segurança”.

De fato, depois dos ataques recentes em Ansbach e Würburg, o ministro do Interior, Thomas de Maiziere, já havia dito que uma sociedade aberta e livre tem que se acostumar a lidar com situações extremas —como a de Berlim na segunda-feira (19).

Completa Tophoven: “Temos que nos acostumar com esse tipo de tragédias se queremos manter abertas nossas sociedades”.

O problema é que, à espreita em situações como as de Berlim, estão os que buscam restringir as liberdades.

Marcus Pretzell, líder regional da AfD (Alternativa para a Alemanha), xenófobo e de extrema-direita, já jogou no colo da chanceler Angela Merkel as vítimas de Berlim. “São os mortos de Merkel”, disparou.

Não, não são. São os mortos da liberdade de um modo de vida para o qual não se encontrou ainda alternativa melhor. Se a AfD ganhar a eleição de setembro na Alemanha, os terroristas terão vencido a sua guerra.

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Agenda

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Tchans!

Girls, 1940.  © Andre de Diénes

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Odebrecht pagou imóvel para Instituto Lula, dizem delatores

SAO PAULO – SP – BRASIL, 20-12-2016, 16h20: TERRENO ALVO DA LAVA JATO. Terreno da rua Dr. Haberck Brandao, 178, que supostamente teria sido oferecido para o Instituto Lula, mas que acabou não sendo usado pela entidade. Terreno comprado pela Odebrecht onde seria construída nova sede do Instituto Lula. © Adriano Vizoni|Folha Press

Três delatores da Odebrecht prestaram depoimentos na semana passada que confirmam que a empresa comprou, em 2010, um imóvel em São Paulo que seria destinado à construção de uma nova sede do Instituto Lula.

As declarações foram feitas por Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo; Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais; e Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias.

A compra do imóvel na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo, é ponto central na denúncia em que o ex-presidente Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Na última segunda-feira (19) o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e Lula virou réu no processo.

Com essa ação, Lula tornou-se réu em cinco ações penais –três na Operação Lava Jato, uma na Zelotes e outra na Operação Janus.

Segundo os procuradores, parte das propinas pagas pela Odebrecht em contratos da Petrobras foi destinada para a aquisição de um terreno onde seria construída a sede do Instituto Lula.

As delações de Marcelo, Alencar e Melo confirmam que o imóvel, que no papel foi adquirido pela DAG Construtora, foi na verdade pago pela Odebrecht e seria destinado à construção de uma nova sede do instituto.

A ideia, segundo os delatores, era que após a Odebrecht comprar o imóvel outras grandes empresas ajudassem a construir o prédio do Instituto Lula.

Os delatores também disseram que Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia foram conhecer o terreno, mas não gostaram do local. Marcelo Odebrecht determinou então a Paulo Melo que procurasse outros imóveis. O projeto, no entanto, não foi para frente.

O fato de a nova sede não ter saído do papel não impediu que Moro aceitasse a denúncia contra Lula. De acordo com o juiz, a falta de transferência na compra do imóvel onde seria construído o instituto não prejudica a acusação de corrupção, caracterizada pela oferta e pela solicitação da propina. Continue lendo

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Tempo

“Estou bem feliz em ver que meu trabalho foi reconhecido”,  afirma Wilson Bueno. © Myskiciewicz

A Oxford Press University, a mais importante editora universitária dos Estados Unidos, lançou recentemente uma antologia que é a mais completa e importante obra do gênero editada até agora, em língua inglesa, sobre a literatura latino americana.

O trabalho cobre 500 anos de produção em língua portuguesa e espanhola. Dentre tantos escritores, a obra selecionou o trabalho de três paranaenses: Paulo Leminski (Catatau), Josely Vianna Baptista (Poetry) e Wilson Bueno (Paraguayan Sea).O escritor Wilson Bueno, nascido em Jaguapitã, norte do Paraná, que já foi colunista do jornal O Estado do Paraná, e é considerado um dos mais importantes escritores modernistas brasileiros, revela um pouco mais desse trabalho.“Essa apologia à poesia latino americana é a publicação mais importante. São aproximadamente 608 páginas, que cobrem escritores desde o Uruguai até o México, de escritores anônimos até pessoas reconhecidas internacionalmente, abrangendo os idiomas português e espanhol”, comenta Bueno.O escritor paranaense, que já lançou 17 livros que já foram publicados em países como Canadá, Chile, Argentina, México, Cuba, entre outros, chama a atenção para um detalhe curioso: entre tantos nomes presentes na antologia, apenas quatro escritores estão vivos.

“Somente eu, a Josely, o Décio Pignatari e o Augusto de Campos ainda estão vivos. O trabalho conta com a presença de escritores do porte de Castro Alves, Olavo Bilac, Cecília Meireles, Cruz e Souza, Aloísio de Azevedo, Machado de Assis, dentre outros excelentes escritores que deixaram sua marca na história. A maioria dos autores obteve duas ou três republicações de suas obras, contudo, alguns, como do argentino Jorge Luis Borges, do próprio Machado de Assis, dentre outros, tiveram uma participação ampliada. A antologia foi um trabalho extremamente seletivo e reuniu só gente conceituada”, avalia.Para Bueno, estar ao lado de todas essas pessoas é um motivo de muito orgulho. “Estou bem feliz em ver que meu trabalho foi reconhecido.

É quase um êxtase, uma catarse. Estou muito orgulhoso de estar presente nessa obra e de levar o nome do Paraná, pois tenho muito orgulho de ser paranaense”, comemora.Ele garante ainda que o Paraná é um celeiro de talentos para a literatura. “Felizmente, temos bons literários aqui. O Estado tem se destacado nesse cenário e esperamos que isso se mantenha”, conclui.

Flávio Laginski. O Ex-tado do Paraná (5/9/2009)

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“A vontade dos tucanos de adiar o desfecho do caso”

Os depoimentos da Odebrecht podem salvar Michel Temer no TSE. É a opinião de O Antagonista. É a opinião também de Merval Pereira, em O Globo.

Ele disse: “A revelação de que a chapa presidencial do PT-PMDB recebeu R$ 30 milhões de caixa 2 na campanha de 2014 leva lenha à fogueira que está sendo montada no Tribunal Superior Eleitoral.

Os documentos em posse do relator do processo de cassação da chapa, Ministro Herman Benjamim, já são por si só fortes o suficiente, a levarmos em conta suas declarações recentes, para que peça a cassação da chapa.

A nova revelação de financiamento direto na campanha, e outras, que indicam que a própria ex-presidente participou pessoalmente das negociações desse tipo de verbas não contabilizadas, na expressão imortal delubiana, reforçam a possibilidade de que a cassação da chapa seja pedida.

Mas, como a política trabalha à base do imprevisível, organiza-se no momento uma aliança informal entre a ex-presidente e seu sucessor, e, paralelamente, o PSDB, que é o principal aliado do governo, incentiva a utilização das novas informações no processo já instaurado no TSE. O que pode indicar uma vontade dos tucanos de reforçar as acusações, pode também ser uma maneira de adiar o desfecho do caso”.

o antagonista

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Ícone da Hollywood dos anos 50, Zsa Zsa Gabor morre aos 99 anos, nos EUA

© LePress

A atriz húngara Zsa Zsa Gabor morreu neste domingo (18), aos 99, após sofrer um ataque cardíaco, anunciou seu marido, Frederic von Anhalt. Ela morreu em sua mansão em Bel Air, nos Estados Unidos, cercada por amigos e pela família. “Todos estavam lá. Ela não morreu sozinha”, disse Von Anhalt.

De acordo com Ed Lozzi, representante da atriz, Gabor vivia com ajuda de aparelhos pelos últimos cinco anos. Ela estava em cadeira de rodas desde um acidente de carro sofrido em 2002. Em 2011, amputou uma perna após uma infecção.

Nascida em Budapeste em 1917, Gabor mudou-se para os Estados Unidos após vencer o concurso de Miss Hungria em 1936. Ícone da Hollywood dos anos 50, estreou nos cinemas em 1952 em “O Amor Nasceu em Paris”. Sua carreira se estendeu por 45 anos, e entre seus créditos como intérprete estão “Rebelião dos Planetas” (1958), “Moulin Rouge” (1952) e “A Marca da Maldade” (1958). Na TV, participou, entre outros, de “The Red Skelton Hour,” “Playhouse 90”, “Bonanza” e “Batman”.

Apesar disso, ela era mais famosa por seus relacionamentos (casou-se nove vezes) e escândalos (chegou a estapear um policial que a parou no trânsito de Los Angeles) que por seus filmes. Para a revista “Variety”, Gabor antecipou a era das estrelas de reality shows famosas só por serem famosas, e “sua melhor performance foi interpretando a si mesma”.

Seu primeiro casamento, com o intelectual Burhan Asaf Belge, durou cinco anos. Da união posterior com o magnata hoteleiro Conrad Hilton, de 1942 a 1946, resultou sua única filha, Francesca, de quem, segundo a “Variety”, Hilton não acreditava ser pai biológico.

Gabor também desposou o ator George Sanders (1949 a 1954), Herbert Hutner (1962 a 1966), Joshua S. Cosden Jr. (1966 a 1967); Jack Ryan (1975 a 1976); Michael O’Hara (1976 a 1983) e Felipe de Alba (1983 a 1983). Casou-se com seu último marido, Frédéric Prinz von Anhalt, 30 anos mais novo, em 1986. Francesca Hilton o acusava de mantê-la longe da mãe — ela morreu em 2015, aos 67 anos.

Folha de São Paulo

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Argentina, período da ditadura militar da década de 70. Kóblic (Ricardo Darín), um ex-capitão das Forças Armadas, é responsável por coordenar as operações aéreas conhecidas como os “voos da morte”, onde elementos considerados subversivos eram arremessados de dentro dos aviões diretamente ao encontro do mar.

Sebastián Borensztein (Um Conto Chinês, entre outros), 1h 55min, Argentina| Espanha, 2016

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Condenado, Eliseu Padilha protela há 30 meses dívida de R$ 393 mil com aposentado

© Myskiciewicz

Mesmo com uma sentença judicial desfavorável proferida em maio pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), da qual não cabem mais recursos, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, está protelando a quitação de uma dívida de R$ 393.765,02 com o corretor de imóveis aposentado João Carlos Goulart de Moraes, que trabalhou como autônomo para a construtora do ministro entre 1992 e 2000.

Moraes, 74, cobra indenização pela venda de quatro unidades habitacionais no empreendimento Nouvelle Tour, edifício de luxo construído no balneário de Torres, a 198 km de Porto Alegre, e que foi entregue em 2003. O corretor tinha exclusividade na comercialização do projeto, mas nunca recebeu qualquer pagamento dos empreendedores.

O ministro Eliseu Padilha não negou a dívida, mas afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que se trata de uma ação particular que não tem interesse público (leia mais abaixo).

As tentativas de cobrança judicial esbarraram, até agora, na falta de saldo nas contas das empresas condenadas ou em saldos insignificantes. O pedido de cumprimento de sentença provisória, que pode ser levado até a etapa da penhora de bens antes do trânsito em julgado do processo, começou há dois anos e nove meses,em fevereiro de 2014. Com a decisão do STJ, não cabe mais recurso desde abril deste ano.

“Os advogados do ministro usaram e continuam usando todos os artifícios e chicanas que os devedores contumazes utilizam para não pagar o que devem. A lei, infelizmente, facilita a vida dessas pessoas”, lamentou o advogado de Moraes, José Vecchio Filho.

Além de deixarem as contas correntes vazias, as empresas ligadas ao ministro também foram mudando de nome e de sócios ao longo da ação para evitar a cobrança judicial. Na Junta Comercial de Porto Alegre, uma das empresas citadas no processo, a Uno Empreendimentos e Participações Ltda, registrou a 29ª alteração contratual em fevereiro deste ano.

O empreendimento

O Nouvelle Tour foi construído pela Eliseu Padilha Empreendimentos e Participações Ltda, em sociedade com a Eliseu Padilha Imóveis Ltda, dirigida por Renato Zaccani da Silva, e a Eliseu Padilha Construção e Incorporação Ltda, dirigida por Flaito dos Santos Consul. Nenhuma das três empresas está ativa junto à Receita estadual. A construção foi financiada com recursos do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul).

Ao longo do processo de incorporação do Nouvelle Tour, no entanto, aparecem ainda as empresas Uno Empreendimentos e Participações Ltda, que pertence à atual mulher do ministro, Simone Camargo, e cuja sede está localizada no mesmo endereço do escritório de advocacia de Padilha em Porto Alegre, a Eletromar Comércio de Materiais Elétricos, dirigida por Zaccani, e a Incorporasul Imóveis Ltda e a Consular Imóveis Ltda, ambas de propriedade de Flaito. Todas essas empresas foram condenadas na ação judicial, mas a Eletromar e a Consular não existem mais. A Incorporasul ainda pertence ao ex-sócio de Padilha.

Na época da construção, o Nouvelle Tour era um dos mais luxuosos edifícios de Torres –que é o balneário mais valorizado do Rio Grande do Sul. São 36 apartamentos a uma quadra do mar que variam de 180 a 360 m² de área útil. As unidades, a preços atuais, variam de R$ 600 mil a R$ 1,6 milhão. Foi a primeira investida imobiliária do grupo de Padilha em Torres. Continue lendo

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Houve tempo de liberdade de opinião

Definitivamente, os dias andam sombrios em terra brasilis e, em particular, nesta outrora leal e mui pacífica Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Leio nos jornais e custo a acreditar: Celso Nascimento – um dos mais decentes, competentes e respeitados jornalistas destas paragens, colunista da Gazeta do Povo e patrimônio da imprensa paranaense, acaba de ser condenado à prisão por haver exercido o seu ofício e exposto a sua opinião!

O juiz Plínio Augusto Penteado de Carvalho, desta nobre comarca, considerou-o culpado por injúria e calúnia e aplicou-lhe a pena de privação de liberdade por nove meses e dez dias, convertida no pagamento de dez salários mínimos, em razão da condição de septuagenário do réu.

Qual teria sido o crime cometido por Celso Nascimento? Escreveu no jornal o que não deveria ter escrito, segundo o eminente magistrado. No cumprimento de sua profissão de informar o público, em texto de novembro de 2014, Celso noticiou que a demora de quatro meses de um parecer do conselheiro do Tribunal de Contas Ivan Bonilha causava prejuízo de meio milhão por dia à municipalidade de Curitiba. O cálculo, com a correção inflacionária, fora feito pelo próprio prefeito Gustavo Fruet. Celso disse também que Bonilha fora Procurador-Geral do município de Curitiba, durante a gestão de Beto Richa e que tinha relações próximas com o já então governador. A demora era verdadeira, a amizade também, de conhecimento público, mas o insigne membro do conselho de sábios do TC, hoje presidente da imaculada corte, sentiu-se ofendido e moveu uma ação criminal contra o colunista.

A defesa de Celso argumentou que apenas houvera exposição crítica de fatos, sem dolo e que o escriba agira escorado no texto constitucional. Debalde. Sua excelência, o Dr. Juiz, ainda que expressasse a sua admiração pelo papel da imprensa na sociedade, condenou o jornalista. Em vão também as reações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná e das associações Nacional de Jornais, Nacional de Editores de Revistas e Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, apontando o “grave equívoco”, o “atentado à democracia” e a grave “ameaça à liberdade de expressão”.

Nada foi capaz de convencer o rigoroso julgador. E o ofendido conselheiro Bonilha teve a sua honra garantida por dez salários mínimos.

Curiosa é a vida: a mesma justiça que confere a liberdade, há quase dez anos, a um elemento que, bêbado, na condução de seu potente veículo, em excesso de velocidade e com carteira de motorista vencida, decepou a cabeça de dois pacíficos jovens, manda para o xadrez, com desusado rigorismo, outro cidadão que apenas exerceu a sua atividade profissional, legalmente garantida.

A liberdade de expressão é coisa velha. Vem pelo menos de 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que em seu artigo XIX, estatui:

“Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.

Quer dizer: qualquer indivíduo tem o direito de manifestar livremente a sua opinião, a sua ideia e o seu pensamento, sem receio de retaliação ou censura por parte de autoridades ou de outros membros da sociedade. Pelo menos era assim até agora.

Pessoalmente, com alguma ingenuidade, por certo, eu comungava da opinião do falecido jornalista Fausto Wolff de que o jornalismo é a profissão mais bonita do mundo porque capaz de dar a oportunidade a um jovem pobre, que tenha amor pelo mundo, pelo país e pelo que acontece a sua volta, de dizer para o povo o que o poder está fazendo.

Como vimos, já não pode. Como afirmei no início deste texto, hoje vivemos tempos sombrios e somente Deus será capaz de saber o que está por vir.

Receba o meu abraço e toda a minha solidariedade, amigo Celso.

P.S. – Não era bem este o texto que eu pretendia escrever às vésperas do Natal. Mas o Menino Jesus há de compreender. Ele, mais do que ninguém, combateu as injustiças, os desmandos e a falta de compreensão entre os homens. Célio Heitor Guimarães

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Agenda

Todo mundo lá!

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