Constatação

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Frases Desfeitas. República dos Bananas

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Vixe!

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Na República de Curitiba…

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

bagdad-cafeDepois de brigar com seu marido e abandoná-lo na estrada, a turista alemã Jasmin (Marianne Sägebrecht) caminha pelo deserto do Arizona até chegar ao posto-motel Bagdad Café. Recebida com aspereza por Brenda (CCH Pounder), a dona do local que acabou de colocar o marido para fora de casa, Jasmin aos poucos se acostuma com os clientes e hóspedes do motel.

Out of Rosenheim, Bagdad Cafe, 1987, Direção de Perci Adlon, EUA, Alemanha.

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Em dezembro, Quinzena Marcos Prado

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Tiro no pé

tiro-no-peRafael Greca, candidato do PNM à Prefeitura de Curitiba. © Pedro Paulo

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‘Vou pedir asilo em Garanhuns’, ironiza Lula

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© Carlos Ezequiel Vannoni|Eleven|FolhaPress

O ex-presidente Lula fez críticas às investigações da Operação Lava Jato em sua passagem pelo Nordeste nesta sexta-feira (23). “O único ‘país’ do mundo para o qual eu pediria asilo seria Garanhuns”, disse o petista em referência à cidade em que nasceu, em Pernambuco, a 230 km de Recife.

Lula havia sido questionado, em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, se sairia do país caso tivesse a prisão decretada. O ex-presidente se tornou réu na Lava Jato nesta semana sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Lula afirmou que defende o Ministério Público, mas que “toda instituição tem gente boa e gente ruim”. “Ninguém pode ser julgado com base em convicção”, disse. “Quando membros de instituições, como Ministério Público, Polícia Federal, Receita Federal, começam a exagerar, a democracia está em risco.”

“Quando a Polícia Federal foi lá em casa, foram levantar meu colchão como seu eu fosse um bandido”, disse Lula. O ex-presidente foi alvo de condução coercitiva em março deste ano. Ele foi levado para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde prestou depoimento à PF.

“Não sei aonde essa gente [da Lava Jato] quer chegar. Você pode fazer investigação sem quebrar as empresas”, disse. “É preciso saber quanto a Lava Jato está arrecadando e quanto eles estão dando de prejuízo ao crescimento desse país.”

Lula afirmou ainda que não está acima da lei, mas que não está tendo seu direito de defesa respeitado. “Hoje as pessoas não precisam mais ter um julgamento, as manchetes é que condenam”, disse o ex-presidente.

O petista também criticou o juiz Sergio Moro, que irá julgar a ação na qual é réu. “Moro tem uma teoria equivocada. Ele construiu, junto com a Globo e a imprensa, a ideia de que não é possível condenar ninguém se não tiver a imprensa em cima do cara todo dia”, afirmou.

Ainda sobre a mídia, Lula defendeu a regulamentação do setor e afirmou que “uma parte da imprensa virou partido político”. “Defendo a democracia, a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. Mas não defendo a liberdade da mentira.”

GUIDO MANTEGA

O ex-presidente voltou a comentar a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e chamou a operação de “boca de urna” por ter ocorrido às vésperas das eleições municipais.

Na noite de quinta (22), em discurso no Recife, Lula classificou a ação como uma “devassa” contra o PT.

“Jamais imaginei assistir uma cena como a de ontem, em que a PF vai dentro do centro cirúrgico prender um cidadão que foi ministro da Fazenda desse país por oito anos”, disse.

“Da forma mais cruel levaram para prisão quando podiam ter intimado ele para prestar quantos depoimentos fossem”, completou. Ainda na quinta, Moro revogou a prisão preventiva devido à saúde da mulher de Mantega, que passava por cirurgia no momento da operação.

Lula afirmou ainda estar “ofendido pessoalmente” com a situação do país, referindo-se ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que chamou de “golpe parlamentar”.

O petista encerrou nesta sexta uma agenda de comícios e passeatas de candidatos do PT no Nordeste. Desde quarta (21), ele passou por sete cidades Barbalha (CE), Crato (CE), Iguatu (CE), Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE) e Ipojuca (PE).

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Conservatório de MPB promove masterclass com Waltel Branco

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© Myskiciewicz

Ícone da música brasileira, Waltel Branco apresenta em outubro masterclass no Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba. O curso voltado a músicos da cidade terá 8 encontros, sendo duas terças-feiras por mês até janeiro de 2017. A inscrição para dois encontros é de R$50, feita diretamente da secretaria do CPMB.

Cada encontro terá a participação ainda de um maestro convidado, regentes dos grupos artísticos do instituto e mediação do contrabaixista da Orquestra À Base de Corda, Rodrigo Marques. Um dos convidados para debater música com Waltel é o maestro João Egashira. “O Waltel fez com primazia tudo o que um músico deve fazer, com uma percepção incrível se destacou conquistando respeito pela qualidade de suas obras. Qualquer contato com artistas que chegam nesse patamar é uma escola! ”, esclarece Egashira.

Além de proporcionar o contato de novos músicos com os experientes artistas, o curso também pret a memória e paralelamente fazer um registro da vida e obra deste compositor paranaense. “É uma oportunidade de conhecer um pouco da história de vida e principalmente musical deste músico tão representativo no Brasil e no mundo”, explica Sandra Dias, coordenadora do Conservatório de MPB.

Segundo o maestro Waltel Branco, na masterclass ele deve apresentar debates pouco discutidos, e que faltam para os novos compositores. “O aluno tem que saber o que é a música, quero começar a falar a partir desse ponto”, explica Waltel Branco. “Não existe música boa ou ruim, existe aluno sem estudo, para se fazer música precisa de estudar muito”, conclui o compositor que também foi arranjador nas gravações: “Azul da Cor do Mar” de Tim Maia, “Bastidores” de Caby Peixoto, “Faz Parte do Show” de Cazuza, e muitos outros sucessos. Também foi o responsável pelos arranjos de trilha sonoras das novelas da Globo, como: “O Bofe”, “Selva de Pedra”, “Escrava Isaura” e “Irmãos Coragem”.

Trajetória

Compositor, regente, arranjador, diretor musical, violonista, guitarrista, contrabaixista, cavaquinista, produtor musical e professor, especialista em trilhas para novelas e cinema, Waltel Branco é um dos principais músicos do Paraná. Consagrado pelo arranjo da trilha sonora da Pantera Cor-de-Rosa, de Henry Mancini. Continue lendo

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Passo em falso

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Bernardo Mello Franco – Folha de São Paulo

A prisão de Guido Mantega deu nova munição a quem aponta excessos na Lava Jato. O ex-ministro foi capturado num hospital, onde esperava a mulher se submeter a uma cirurgia. Se havia alguma dúvida de que a operação deu um passo em falso, ela foi eliminada pelo próprio Sergio Moro. No início da tarde, o juiz revogou a decisão cumprida cinco horas antes pela PF.

No pedido de prisão, a força-tarefa alegou que Mantega representava risco à “garantia da ordem pública”. Os procuradores também disseram que ele ameaçava a “estabilidade econômica”, “mediante a perturbação na circulação livre de bens no mercado”, e poderia combinar versões ou destruir provas do processo.

Pela jurisprudência respeitada no país até a Lava Jato, todo acusado tinha direito a se defender em liberdade. A prisão cautelar, sem julgamento, só deveria ser autorizada em caso de necessidade. Mantega tem endereço conhecido, e o Ministério Público não apontou nenhum indício de que ele planejava destruir provas ou fugir da Justiça. O argumento de ameaça à ordem econômica também não para em pé. O ex-ministro deixou o governo há quase dois anos, e seu partido está na oposição desde abril.

Uma operação capaz de rastrear contas secretas no exterior deveria saber que seu alvo da vez estaria num hospital. Ao revogar a prisão, Moro disse que a situação era “desconhecida” das autoridades. Pode ser verdade, mas não é boa propaganda para a Lava Jato, que afirma não ter viés político e se esforça para projetar uma aura de infalibilidade.

O prende-solta acabou tirando o foco do teor das suspeitas, que são graves e devem ser apuradas com rigor. Numa espécie de delação preventiva, o empresário Eike Batista disse que Mantega lhe pediu R$ 5 milhões para pagar dívidas de campanha do PT. O dinheiro teria sido repassado no exterior, o que reforça o peso da acusação. Se não fosse a batida no hospital, o ex-ministro seria o único com explicações a dar.

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Na esquina o pau não comeu

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© Roberto José da Silva

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Todo dia é dia

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Bike

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© Lina Faria

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De cabeça

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© Ricardo Silva

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Esse viking é uma figura

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Adolfo Aizen, o homem que trouxe os heróis de papel para o Brasil, dizia que quadrinho era coisa de criança. Sempre concordei com o saudoso mestre. Mas necessário se faz um pequeno adendo àquela afirmação: há quadrinhos e quadrinhos. Superman, Batman, Homem-Aranha, Capitão Marvel, O Fantasma, Mandrake, Pato Donald, Tio Patinhas e outros personagens, mascarados ou não, que usem fantasia, voem, tenham chegado de outro planeta, escalem paredes, façam ilusionismo, habitem Patópolis ou morem em cavernas são destinados às crianças. Crianças de todas as idades, ressalve-se.

No entanto, há aquelas figuras desenhadas que ultrapassam o mundo infanto-juvenil e, ainda que também agradem e animem a petizada e os adolescentes, destinam-se aos mais crescidinhos. E não decepcionam. Muito ao contrário. Aí situam-se, entre outros, Spirit, de Eisner; Peanuts, de Schulz; Mafalda, de Quino; Asterix, de Goscinny e Uderzo; Lucky Luke, de Morris e Uderzo; Recruta Zero, de Mort Walker; A Arca de Noé, de Addison (Mort Walker), B.C., de Hart; Zé do Boné (Andy Capp), de Smythe; Os Fradim, de Henfil; e Garfield, de Davis.

Outro personagem exemplar que sempre deu alegria a grandes e pequenos e que andava meio sumido ultimamente era Hagar, o Horrível, tira criada por Dik Browne em 1973 e que chegou a ser distribuída pela King Feature Sindicate para mais de 1.900 jornais, em 58 países e 13 idiomas.

Hagar é um guerreiro viking, saqueador por profissão e prazer. Grande, gorducho, glutão e beberrão, é, na verdade, uma criança crescida, que apenas teme a esposa. Mandona, criativa e inteligente, Helga é o cérebro que falta ao marido. Mas Hagar tem também outras preocupações: o fiel escudeiro Eddie Sortudo, leal a toda prova; o filho Hamlet, de uns 10 anos, limpinho e estudioso, que gosta de cortar o cabelo e é um devorador de livros – a grande decepção do pai; e a filha Honi, 16 anos, terrivelmente dividida entre tornar-se um valkiria e encontrar um marido.

Segundo os filhos Chris e Charce Browne, Dik era o próprio Hagar. “Grande e forte, gordo e barbudo, durão e afetuoso, divertido e esperto, e humano o tempo todo”. O colega artista Mort Walker, pai do Recruta Zero, vai além e afirma que a semelhança física e da barba de Dik e Hagar “é só a ponta do iceberg”. E garante que “a postura de Hagar em relação à vida, seu apetite incontrolável, seu comportamento infantil, seu amor pela diversão, tudo isso é o mais puro Dik Browne”.

Como já começava a ter problemas de visão, Dik preferiu criar uma tira limpa, com traços grossos e de fácil visualização; eliminou os detalhes inúteis e destacou os balões das falas. Quer dizer, a tira “saltava da página aos olhos do leitor”, como bem expressou Brian Walker, fundador do Museum of Cartoon Arte.

Mas o que valia mesmo era a verve de Dik Browne, capaz de em dois ou três quadrinhos produzir um humor refinado, simplesmente irresistível ao leitor. Modesto, creditava a sua inspiração à Mark Twain: “A fonte do secreta do humor não é a alegria, e sim o sofrimento. Não existe humor no paraíso”.

Quando Dik faleceu, em 1989, o filho Chris, que já colaborava com o pai, assumiu o personagem, com idêntico resultado.

Todo esse introito é para comemorar a volta do genial Hagar às livrarias e gibiterias nacionais, graças a uma notável iniciativa da L&PM. A exemplo do que já vem fazendo com Peanuts, com a publicação definitiva da obra completa de Charles M. Schulz, atualmente no oitava volume (anos 1965 e 1966), a editora gaúcha está brindando o grande público com o primeiro volume das tiras diárias completas de Hagar, o Horrível (de 5 de fevereiro 1973 a 8 de junho de 1974), com tradução de Alexandre Boide e edição muito bem cuidada, como de praxe (formato 21 x 16 cm, 224 páginas, R$ 42,90).

A diversão é garantida e proveitosa, como provam as tiras abaixo, aqui reproduzidas a título de divulgação e em homenagem ao autor e à editora.

tira-hagar-2tira-hagar-1Célio Heitor Guimarães

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Fraga

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© Tânia Meinerz

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