Você vai sempre ao supermercado e é bombardeado com novos produtos. Alguns até já se anunciaram, mostrando “qualidades” e o preço. Mas, sem mais nem menos, uma marca aparece não só em um produto, mas numa série deles. Vamos dizer que a marca fosse “TenderDream’. É só suposição, tá? Você pega um suco e ele se chama TenderDream, olha um televisor e ele tem a gloriosa marca TenderDream. Logo ali, a furadeira leva o nome de TenderDream.
O aparelho de som de 500W PMPO ostenta a marca TenderDream. A bermuda da hora é TenderDream. E você vai passeando e enchendo a cabeça com a marca TenderDream. Claro que, normalmente, essa marca “tão importante” tem na etiqueta preços mais baixos do que a concorrência. E o povão vai enchendo o carrinho. Talvez ninguém dê “tratos à bola” pra saber que tanto poder tem essa empresa pra fabricar de tudo. Claro que, na ficha técnica dos produtos vai encontrar um “made in” de cada região do globo terrestre. Apenas o nome guarda-chuva TenderDream abriga tudo. Mas o negócio é que “tá barato” e “não importa se dura um ano ou cinco dias”.
E dá-lhe globalização! Dá-lhe porcaria de tudo quanto é canto do mundo. Este é o poder da globalização: você pode comprar aqui como “fashion” um produto que é de última categoria no país de origem.
Rui Werneck de Capistrano é comprador de sebo e brexó.
BRASÍLIA – Na reta final do impeachment, Dilma Rousseff enfrenta seu último dilema: comparecer ou não ao julgamento do Senado, que começará no próximo dia 25.
A rigor, a decisão deve influir pouco no desfecho do caso. A maioria contra a presidente está consolidada. Os senadores que se diziam indecisos estavam menos interessados em argumentos do que em melancias.
O que está em questão é a forma como Dilma se despedirá do cargo. Numa avaliação realista, ela parece ter duas opções: perder enfrentando os adversários ou perder por W.O.
Se for ao Senado, Dilma será ouvida na condição de ré. Seu plano original era usar a tribuna para atacar o processo de impeachment e o interino Michel Temer, que ela tem chamado de “traidor” e “usurpador”.
O problema é que a petista não será a única a falar. Os 81 senadores terão direito a fazer perguntas ou simplesmente discursar. Ela terá que ouvi-los por horas a fio, num teste de nervos transmitido ao vivo na TV.
Como Dilma é conhecida pelo temperamento explosivo, aliados temem que ela se descontrole diante de tipos como o pastor Magno Malta, que foi seu cabo eleitoral na campanha de 2010, e o ruralista Ronaldo Caiado.
O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, diz que a presidente afastada não tem o que temer. “Se ela for ao Senado, o tratamento será respeitoso. Não haverá nenhum tipo de provocação, mas as perguntas serão feitas com a contundência necessária.”
O líder da minoria, Lindbergh Farias, é um dos petistas que insistem para que Dilma compareça ao julgamento. “Acho que ela tem que ir. É a hora de chamar a atenção do país, e ela cresce muito nos momentos de enfrentamento”, afirma.
Dilma ainda não anunciou uma decisão, mas tem indicado a aliados que pretende ir ao Senado. Os favoráveis à ideia relativizam o risco de um bate-boca diante das câmeras. Se os adversários exagerarem na agressividade, dizem eles, a presidente poderá sair do plenário como vítima.
Dois deputados investigados pela Operação Lava Jato sob suspeita de receber propina do esquema de desvios da Petrobras despertaram reação das autoridades por atrasar as investigações que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal).
Em um inquérito, o oficial de Justiça informou que não consegue localizar o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) para intimação.
Em outro, os peritos da Polícia Federal informaram que o parlamentar Dudu da Fonte (PP-PE) não compareceu a uma exame de voz. As informações são da Folha de S. Paulo.
No inquérito em que Aníbal já foi denunciado pela PGR (Procuradoria Geral da República) por suposto recebimento de R$ 3 milhões em propina, um oficial do STF informou ao ministro relator, Teori Zavascki, a “impossibilidade de localização do denunciado nesta Capital [Brasília]”, e por isso devolveu o mandado de citação sem cumprimento.
Expedido por Zavascki, o documento determinava que Aníbal apresentasse, num prazo de 15 dias, resposta prévia à denúncia da PGR.
O oficial explicou que a seção de Recursos Humanos da Câmara dos Deputados informou que o deputado estava afastado do exercício do cargo “para tratamento de saúde desde o mês de fevereiro”, só devendo retornar ao mandato em setembro.
Dias depois, os advogados de Aníbal Gomes informaram que o deputado estava em Fortaleza (CE) “por força das convenções partidárias” e “com o propósito de dar apoio às bases eleitorais”, com previsão de volta “entre os dias 10 e 12 de agosto”.
Zavascki determinou então “o cumprimento do mandado de notificação a partir da data indicada pelo investigado” de retorno a Brasília.
Entre quarta (10) e sexta (12), contudo, Aníbal permaneceu no Ceará e não havia sido intimado até a conclusão da reportagem. Seu advogado, Gustavo Souto, afirmou à Folha que ele volta na terça (16) e que já combinou com o oficial de Justiça do STF a notificação três dias depois.
“Não existe nenhuma tentativa de não ser citado”, afirmou Souto.
Em outro inquérito, o INC (Instituto Nacional de Criminalística), vinculado à direção geral da PF, informou a Zavascki que, em junho, o deputado Dudu da Fonte “não compareceu neste instituto para realizar o procedimento de coleta de padrão de voz”.
Os peritos explicaram que, a princípio, a coleta fora agendada para o dia 1º de junho no INC, a partir de uma requisição da Polícia Federal.
Um dia antes, porém, “o procurador do deputado”, não citado nominalmente, solicitou a alteração da coleta para o dia 21 de junho. Na data prevista, porém, Dudu da Fonte não apareceu.
A coleta, segundo os investigadores, é necessária para ajudar a confirmar a autenticidade de um vídeo entregue aos investigadores da Lava Jato pelo empresário Marcos Duarte Costa, amigo do delator Fernando Baiano, que registrou uma reunião ocorrida no Rio de Janeiro em 2009 entre Dudu, o então senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), morto em 2014, e executivos da empreiteira Queiroz Galvão.
Na reunião, segundo investigadores e delatores da Lava Jato, foi acertada uma propina de R$ 10 milhões para que o líder do PSDB ajudasse a enterrar a CPI da Petrobras.
Dudu da Fonte também já foi denunciado pela PGR por suposto envolvimento no pedido e recebimento da propina.
A Folha entrou em contato com os advogados dele para uma manifestação sobre a ausência do parlamentar na data prevista para a coleta da voz, mas não conseguiu falar.
Os casos dos deputados guardam semelhanças com o da mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Insatisfeito com as dificuldades para intimar Cláudia Cruz no processo que tramita no Paraná, o juiz federal Sergio Moro determinou, na última sexta-feira (12), que ela apresente imediatamente o endereço em que pode ser encontrada.
O Dragão que velou o Monte Estoril durante nossa estada em Portugal não era certamente chinês ou japonês pois possuía asas. De asas fechadas vigiava a terra, o mar e o céu. Poderia ter vindo das nuvens, célebres fornecedoras destes fantásticos seres conforme observou Shakespeare: “sometimes we see a cloud that’s dragonish”. Porém não tínhamos a certeza se viera das nuvens porque este fabuloso ser provém de infinitos lugares e assume formas diversas, segundo acredita cada povo. Pode ter ou não asas, soltar fogo e fumaça, ser brilhante ou totalmente negro, ter escamas, patas, cavalgar o vento e pode chegar ao céu.
Pode ser visível ou invisível. Alguns têm escamas, outros uma barba, língua longa e dentes afiados. Conrad Gesner (1516-1565) naturalista suíço publicou entre 1551 e 1558 a sua “Historiae animalium”, obra científica, onde não é posta em dúvida a realidade do dragão. Possui vários nomes, dependendo do país onde habita. Em Portugal chama-se Coca, é fêmea e foi contra ela que São Jorge lutou. Perdeu sua força quando o santo guerreiro cortou-lhe uma orelha. O nosso Dragão do Monte Estoril – e digo nosso, pois nos fez companhia durante os quase oito anos em que lá moramos e ainda deve estar por lá a vigiar – provavelmente é aquele que, já não precisando guardar o tesouro fabuloso que durante 300 anos vigiou por volta do século VIII (conforme a saga do Beowulf) emigrou para terras mais amenas. Dissimulado como todo Dragão, conforme a hora do dia poderia ser visto de uma maneira ou de outra. Pela manhã e ao entardecer é que se mostrava na sua melhor forma.
Nem todos o viam e muitos duvidavam de nossa sanidade quando o tentávamos mostrar. Os artistas logo o identificavam na paisagem vista da janela de nossa casa. Fotografei-o para mostrar aos incréus.
Em crítica indireta ao interino, Michel Temer, a presidente afastada Dilma Rousseff deve se comprometer com o Senado a assegurar a independência das investigações da Polícia Federal e a não indicar para a sua equipe de governo condenados por corrupção caso retorne ao cargo.
Segundo relatos de petistas e aliados, com os quais Dilma conversou sobre a carta que enviará nesta semana aos senadores, ela também pretende defender o amplo direito de defesa e irá chamar de “golpe” o seu afastamento.
As estocadas são feitas depois de dois ministros da gestão atual terem deixado os cargos por críticas à Lava Jato.
Após ter adiado a divulgação do documento, a presidente afastada passou o final de semana revisando a carta e ainda pretende fazer ajustes de última hora nesta segunda (15).
No texto, ela pretende reconhecer que a crise atual é grave, mas que somente pode ser superada com alguém que tenha a legitimidade do voto popular.
Com recuos na área econômica e dificuldades no Congresso, o governo interino tem promovido uma ofensiva junto ao setor empresarial com receio de perda de apoio na fase final do processo de impeachment.
Segundo relatos de petistas e aliados, a presidente afastada pretende reconhecer que cometeu erros à frente do Planalto, mas que não praticou nenhuma ilegalidade, e prometerá medidas para a retomada imediata do crescimento e a recuperação do emprego. Para isso, se dispõe a ouvir previamente a sociedade.
Ela ainda deve defender enfaticamente a convocação de um plebiscito para consultar a população sobre uma nova eleição presidencial e sobre uma reforma política. Ela quer deixar claro, contudo, que a prerrogativa é do Congresso, mas que endossará a iniciativa
A ideia inicial era que o texto fosse divulgado na semana passada, quando foi votada a pronúncia, penúltima etapa do processo de impeachment no Senado. O adiamento foi criticado até mesmo por congressistas petistas, segundo os quais a presidente afastada “perdeu o timing”.
Paulina (Dolores Fonzi), 28 anos, largou uma promissora carreira na advocacia para ser professora em uma região problemática da Argentina. Sacrificando o namoro e a confiança do pai, um poderoso juiz (Oscar Martinez), ela sustenta as suas convicções de ensino e política. Entretanto, sua crença é colocada à prova ao ser estuprada por um grupo de alunos.
(1h43min). Direção de Santiago Mitre. Argentina, 2016, La Patota, Espanhol, Guarani
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