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Flagrantes da vida real
Trindade e Giselle Hishida, Dizzy, no frio curitibano. © Maringas Maciel
Meninos, eu vi!
Montagem surpreendente da Ave Lola Trupe de Teatro, direção de Ana Rosa Tezza. Iluminação de Beto Bruel e Rodrigo Ziolkowski, com Evandro Santiago, Helena Tezza, Janine de Campos, Marcelo Rodrigues e Regina Bastos. Músicos: Breno Monte Serrat e Mateus Ferrari (autor da música). Cenário de Fernando Marés, parceiro de trajetória, Mozart Machado. Design gráfico de Mateus Ferrari. Exposição “Um Retrato do Cambodja”, de Max Carlesso. Cabe aqui citar Fernando Pessoa, adaptando: “O ator é um fingidor|finge tão completamente|que chega a fingir que é dor|a dor que deveras sente”.
Solda
De quantos “jucás” o país ainda precisa se ver livre?
© Myskiciewicz
A República de Curitiba continua produzindo estragos. Passada a fase da Operação Lava Jato que alimentou os que lutavam pelo impeachment de Dilma, agora é o governo interino de Michel Temer que tem de lidar com os incômodos causados pela força-tarefa conduzida pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e pelo juiz Sergio Moro.
Ontem, um dos mais reluzentes nomes da equipe presidencial, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi obrigado a pedir licença do cargo que assumira há apenas dez dias. A licença é de mentirinha, como logo confessou: vai mesmo é pedir exoneração e voltar para o Senado.
Tudo porque uma gravação clandestina de conversa que travou com um ex-diretor da Petrobras, ligado ao PMDB, revelou que Jucá também atuava para obstruir as investigações da Lava Jato. Mais do que isto: queria conter rapidamente as investigações para preservar outros nomes importantes, dentre os quais o do senador Aécio Neves, presidente do PSDB. O tom do diálogo, havido em março, um mês antes do impeachment, parecia de desespero.
O caso se assemelha ao do ex-senador Delcídio do Amaral, cassado por ter sido igualmente flagrado em conversas que notoriamente visavam a driblar a Justiça e a libertar réus da Lava Jato. Jucá terá o mesmo destino de Delcídio? Esta pergunta precisa ser respondida com rapidez pelo próprio Senado.
A transcrição da conversa feita na edição de ontem da Folha de São Paulo provocou outro efeito imediato: Temer logo se obrigou a fazer novas juras de amor à operação e a prometer que nada fará para atrapalhá-la.
Menos mal. É certo que ela virou o Brasil pelo avesso; que produziu um efeito dominó que parece não ter fim. Mas por mais que a podridão na política nacional venha sendo exposta, com todos os seus horrores e odores, a Lava Jato está fazendo o necessário. E, portanto, merecendo um status – quase autônomo – de instituição republicana intocável.
Ainda existem muitos “jucás” infiltrados no poder. E o país precisa se ver livre deles
Celso Nascimento – Gazeta do Povo
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Com a tag Celso Nascimento, gazeta do povo, Jagunços, Lava jato
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Tempo
Anos atrás, em Buenos Aires, Lula, que ainda não era o Jararaca, e Cristina Kirchner. © Clarín.
Flagrantes da vida real
Onde está Romero Jucá?
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Sessão da meia-noite no Bacacheri
O cineasta britânico Roland Joffé iniciou sua carreira como diretor teatral em 1968. Cinco anos depois, migrou para a televisão onde, ao longo dos dez anos seguintes, dirigiu diversos programas e documentários. Os Gritos do Silêncio, de 1984, foi seu longa-metragem de estreia no cinema. O roteiro, escrito por Bruce Robinson, é uma adaptação do artigo A Morte e a Vida de Dith Pran, do jornalista Sydney Schanberg, publicado em 1980 na revista do jornal New York Times. A história se passa no Camboja durante o período de domínio do Khmer Vermelho. O correspondente Sydney Schanberg, vivido pelo ator Sam Waterston, conta com a ajuda de seu intérprete, Dith Pran, interpretado pelo médico cambojano Haing S. Ngor. Uma das “filosofias”, se é que podemos chamar assim, do Khmer Vermelho era exterminar qualquer pessoa que tivesse o mínimo de conhecimento em qualquer área. Isso faz com que Pran precise ocultar sua educação para não ser morto. O título original, The Killing Fields, algo como “campos da morte”, faz referência aos milhões de cambojanos assassinados e jogados em valas abertas. Os Gritos do Silêncio tem como foco principal a amizade que se estabelece entre Schanberg e Pran. O diretor mostra o empenho de Schanberg para ajudar Pran e a luta deste para sobreviver naquelas condições. O filme é um relato impactante das atrocidades que uma guerra provoca na vida de um país. O Dr. Haing S. Ngor passou por experiência semelhante à de Pran e toda essa verdade pessoal está presente em sua interpretação, premiada com o Oscar de melhor ator coadjuvante. Além deste prêmio, Os Gritos do Silêncio ganhou nas categorias de fotografia e montagem.
OS GRITOS DO SILÊNCIO (The Killing Fields – Inglaterra 1984). Direção: Roland Joffé. Elenco: Sam Waterston, Haing S. Ngor, Craig T. Nelson, John Malkovich, Julian Sands, Bill Paterson e Athol Fugard. Duração: 142 minutos. Distribuição: Vinny Filmes.
Publicado em Sessão da meia-noite no Bacacheri
Com a tag Chico Nogueira, Sessão da meia-noite no Bacacheri
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Expressionismo
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Com a tag Carlos Castelo, Frases desfeitas, República dos Bananas
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Em conversa, Jucá afirma que ‘caiu a ficha do PSDB’ sobre operação
O senador licenciado e ministro Romero Jucá (PMDB-RO) conversa com o presidente do Senado Renan Calheiros, durante sessao do impeachment da presidente Dilma Rousseff. ©Eduardo Enizelli
Em uma das conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o então senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirma que “caiu a ficha” de líderes do PSDB sobre o potencial de danos que a Operação Lava Jato pode causar em vários partidos.
“Todo mundo na bandeja para ser comido”, diz Jucá.
Sérgio Machado, que foi do PSDB antes de se filiar ao PMDB, afirma que “o primeiro a ser comido vai ser o Aécio [Neves (PSDB-MG)”, e acrescenta: “O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…”.
“É, a gente viveu tudo”, completa Jucá, sem avançar nos detalhes.
Machado tenta refrescar a memória de Jucá: “O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele [Aécio] ser presidente da Câmara?” Não houve resposta de Jucá. Aécio presidiu a Câmara dos Deputados entre 2001 e 2002.
Machado diz que a “situação é grave” porque “eles”, em referência à força tarefa da Lava Jato, “querem pegar todo mundo”.
Jucá concorda, ironizando o plano. “Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura”, afirma.
O atual ministro do Planejamento também confidenciou a Machado as dificuldades que o PMDB vinha enfrentando para “a solução Michel”, que seria a posse do vice-presidente no lugar de Dilma Rousseff. O único empecilho, disse Jucá, era o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
“Só Renan que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha. O Eduardo Cunha está morto, porra”, afirma Jucá no diálogo, que foi gravado.
“O Renan reage à solução do Michel. Porra, o Michel, é uma solução que a gente pode, antes de resolver, negociar como é que vai ser. ‘Michel, vem cá, é isso e isso, isso, vai ser assim, as reformas são essas'”, disse Jucá ao ex-presidente da Transpetro.
‘VOADOR’
O senador disse que Machado deveria alertar Renan porque o colega senador seria “voador”, ou seja, alguém bastante distraído. Machado concordou:
“O Renan é totalmente ‘voador’. Ele ainda não compreendeu que a saída dele é o Michel e o Eduardo. Na hora que cassar o Eduardo, que ele tem ódio, o próximo alvo, principal, é ele [Renan]. Então quanto mais vida, sobrevida, tiver o Eduardo, melhor para ele. Ele não compreendeu isso não”.
Jucá então completa: “Tem que ser um boi de piranha, pegar um cara, e a gente passar e resolver, chegar do outro lado da margem”.
O senador também afirmou a Machado que havia conversado com “generais”, os “comandantes militares”, e que eles haviam dado “garantias” ao PMDB a respeito da transição e estavam “monitorando” o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Após o diálogo entre os peemedebistas, Dilma acabou sendo afastada do cargo devido à abertura do processo de impeachment. As investigações da Lava Jato levaram o STF a afastar Eduardo Cunha da Câmara. (RV)
OUTRO LADO
A assessoria de Aécio Neves (PSDB-MG) afirma que ele “desconhece e estranha os termos dessa conversa”. “Ele foi eleito presidente da Câmara em 2001 por maioria absoluta dos votos em uma disputa que contou com outros nove candidatos, tendo sido essa eleição amplamente acompanhada pela imprensa”.
A assessoria de Renan Calheiros (PMDB-AL) não foi localizado pela Folha.
Banda inglesa The Who virá ao Brasil em 2017 para shows em quatro cidades
Roger Daltrey (esq) e Pete Townshend em show da banda de rock The Who em Nova York, em 2012. © Dave Allocca|Associated Press
Não falta mais. The Who, a banda que criou a ópera-rock “Tommy”, virá ao Brasil no ano que vem para shows em quatro cidades, entre março e abril. A turnê da banda inglesa deve ser oficialmente anunciada quando for resolvida uma questão estratégica: utilizar arenas para 20 mil pessoas ou apostar em estádios?
Projetando a discussão para São Paulo, trata-se de escolher entre Arena Anhembi e Allianz Parque.
Formado em 1964, o Who é o único grande nome do rock de sua geração que ainda não se apresentou no Brasil. Seus contemporâneos já estiveram aqui: Rolling Stones, Bob Dylan, Paul McCartney, Roger Waters, Ringo Starr, David Gilmour, Jimmy Page, Robert Plant, Brian Wilson e John Fogerty.
Pete Townshend e Roger Daltrey, respectivamente guitarra e voz da banda, já se lançaram por três vezes em “turnês de despedida”, mas voltaram atrás da decisão.
Hoje o Who excursiona pelos EUA e participará do megafestival Desert Trip, em outubro, na Califórnia.
Os outros fundadores da banda morreram: o baterista Keith Moon, aos 32 anos, em 1978, e o baixista John Entwistle, aos 57, em 2002.
Folha de São Paulo
Leia-se!
Quem é Wilson Bueno? Quantas faces tem a admiração deslumbrada de sua geração? O menino que se reinventa em texto, linguagem, pura poesia. O diabo devasso feito de angústia e desespero, alimento maldito, pão dos eleitos, em seu exercício espiritual, método de libertação interior. Bueno revela este mundo, cria outro. Ambíguo. Inalcançável. Cada leitura é um novo Wilson, no limite extremo entre poesia e prosa, oração, litania, epifania e quando se mostra nu em pêlo em seu Boleros’s Bar já não é ele, é outro Wilson, personagem que o escreve em exorcismo, esconjuro, magia. Regresso à infância, nostalgia do paraíso, do inferno, do limbo.
Fábio Campana, Travessa dos Editores, 2007
Em São Luiz do Purunã
Fátima Ortiz supervisiona as obras, mãos na cintura, pensando na grandiosa inauguração. © Enéas Lour
Publicado em Sem categoria
Com a tag enéas lour, fátima ortiz, são luiz do purunã
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