Cabu

cabu-by-Sebástian-Cast---Argentina

Jean Cabut, mais conhecido como Cabu (13 de janeiro de 1938|7 de janeiro de 2015), cartunista e caricaturista francês, morto no massacre do Charlie Hebdo. O cantor francês Mano Solo (1963-2010) era seu filho. Desenho de Sebástian Cast|Argentina

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Mural da História

O EX-TADO DO PARANÁ 2

Punição-extra19 de maio, 2009 

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Um irmão chamado Volodya

Volodya-Foto-Dico-Kremer

© Dico Kremer

volodya

Revista Ideias|Janeiro 2016|Travessa dos Editores

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Os apitos da crise

Dilma_Blog

Já tem tanto alarme tocando, que ficou até repetitivo usar essa imagem para falar da crise econômica, mas vamos lá, porque temos um caso de alarme bastante grave. É assustadora a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de uma retração de 3,5%% da economia do Brasil em 2016. Sabemos muito bem que este banco vai sempre procurar amenizar a divulgação de avaliações referentes a qualquer país, devido ao risco de fazer piorar a situação em razão da má notícia antecipada pelos números. Ao contrário do mito que até hoje a esquerda espalha com fervor, não é do interesse do FMI sair quebrando países pelo mundo afora. Em outubro o banco dizia que seria de 1% a retração. Em menos de três meses a previsão negativa caiu desse jeito, o que faz parecer que no ano passado o gato subiu no telhado. E até pode ser que agora o FMI já tenha conclusões piores do que os 3,5%%, mas estejam maneirando para evitar uma situação mais complicada, dando para o governo de Dilma Rousseff ao menos amenizar o estrago.

Bem, aí é que morrem as nossas esperanças de que sejam encaminhadas medidas sérias para consertar o Brasil. Conhecendo bem este governo do PT, sabemos que essa avaliação econômica será alvo de ataques da máquina de comunicação e propaganda dos petistas, que devem inclusive apelar para a velha tática esquerdista de demonização do FMI como inimigo da independência dos povos oprimidos. Sempre foi assim e não temos razão de acreditar que desta vez será diferente. Aliás, já se vê nas redes sociais os petistas fazendo troça da previsão do FMI. Não aceitar opinião divergente é um traço irremovível do caráter petista, defeito que foi até aperfeiçoado. Atualmente eles nem esperam a má noticia chegar. Alvejam o mensageiro de longe. Sobre esta assustadora ameaça de recessão braba, o FMI destaca a “incerteza política” como causa importante do problema. A “incerteza” — e aí sou eu quem está falando — tem nome e este nome é Dilma. E a incerteza política tem origem na arrogância petista já bem antiga que impede que o outro seja ouvido com respeito.

Se eles deixassem de mandar os problemas para o João Santana ou qualquer outro marqueteiro fazer da questão um logotipo novo e uma propaganda cara, talvez ainda desse tempo para fazer alguma coisa, revertendo a previsão do FMI. Mas eles não mudarão nunca. Já se prolongam os anos em que estamos vendo esse pessoal refutar toda crítica e qualquer avaliação que contradiga as tolices em que acreditam. As análises tanto de organismos internacionais quanto de especialistas brasileiros já vêm avisando faz tempo sobre o aumento gradativo do estrago. Isso me lembra de um episódio até engraçado de 2012, quando o ministro da Fazenda que projetou o atual desastre, o incomparável Guido Mantega, desdenhou a previsão do banco Credit Suisse de um crescimento do PIB menor que 1,5% para o ano. Na ocasião, Mantega garantiu que o crescimento seria de 4% e classificou a previsão do banco como uma “piada”. A economia brasileira terminou com apenas 0,9% naquele ano. Certamente o governo do PT vai tratar também como piada esta previsão do FMI. No final, o resultado não terá graça alguma para o Brasil.

José Luiz Pires

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Mural da História

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Ele

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Mulher descartável

Mulher-descartável

© Lina Faria

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Boechat

Ricardo-Boechat

http://bandnewstv.band.uol.com.br/ © Furnaius Rufus

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O que você tem nessa cabeça?

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© Roberto José da Silva

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

que-estranho-chamar-se-Fellini

Ettore Scola retrata a vida e a obra do diretor italiano Federico Fellini no vigésimo aniversário de sua morte. O longa, o primeiro de Scola em 10 anos, depois de declarar sua aposentadoria, mistura ficção e documentário e inclui cenas dos dois diretores quando jovens.

Che Strano Chiamarsi Federico. Documentário. 90 minutos. Ettore Scola. Elenco: Tommaso Lazotti, Vittorio Viviani, Sergio Pierattini, Antonella Attili.

Ettore Scola e Federico Fellini se conheceram ainda jovens, quando Scola se tornou colaborador de um jornal desenhando charges, o mesmo em que Fellini trabalhou um dia exercendo a mesma função. Daí nasceu uma amizade que perdurou por anos, até depois de ambos adentrarem na indústria cinematográfica. Relembrando a vida do falecido amigo, e os bons momentos de sua relação com ele, Scola deu origem ao filme biográfico “Que Estranho Chamar-se Federico” (Che Strano Chiamarsi Federico).

Em um misto de narrativa clássica e documentário, Scola busca contar o início da amizade com o amigo, enquanto se utiliza de imagens de arquivos e de filmes de Fellini para ilustrar a vida do diretor e companheiro. Por vezes, o longa ainda faz alusão a cenários e personagens famosos de Fellini – como a prostituta que lembrar a protagonista de “Noites de Cabíria” (1957), e a aparição da fonte da famosa cena de “A Doce Vida” (1960). Scola trata toda essa homenagem de forma delicada, demonstrando toda sua afeição por Fellini a partir das passagens de um narrador que é quase um personagem na trama, enquanto o filme é todo embalado por uma bela trilha sonora.

Ao tratar da metalinguagem do cinema, com um longa que conta história de um diretor cinematográfico e suas obras fílmicas, Scola busca mostrar para o espectador a todo o momento que o que ele está vendo em tela é um filme. Tal ideia já foi explorada por outros diretores (que se utilizaram desde metáforas narrativas, até à técnica de mostra o rolo do filme em determinadas sequências), mas que é empregada de forma ainda mais justa no filme de Scola, que faz isso hora expondo os cenários montados para a narrativa (como quando a tela em chroma key se apaga exibindo seu fundo branco), hora mostrando o narrador interagindo com os personagens a sua volta. Há também o uso do elemento do preto e do branco para narrar cenas do passado juvenil de Scola e Fellini, enquanto pensamentos e cenas dos dois cineastas mais velhos são coloridas – detalhe que ainda há um belo uso da luz e da fotografia nessas sequências, que escondem o rosto dos velhos Fellini e Scola do espectador, ouvindo-se somente a voz dos dois enquanto a câmera foca em personagens secundários.

Que Estranho Chamar se Federico

Entretanto, é bem verdade que tratar do cinema falando sobre o cinema não é novidade para a Scola. Ele já fez isto em outros filmes, e se pode perceber diversas similaridades entre esta produção e seus trabalhos mais antigos, como “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974). Na verdade, tanto em “Que Estranho Chamar-se Federico”, quanto no longa de 74, tem-se a figura do narrador que interrompe a história na metade para exibir seus pensamentos, assim como o uso da ideia do preto e branco para mostra as diferenças de tempo. Porém, vale ressaltar que, em seu trabalho atual, Scola possui maior liberdade criativa e é auxiliada por sofisticadas técnicas visuais, algo que seria difícil para o diretor fazer em sua juventude.

O único verdadeiro problema do longa é sua curta duração, que deixa a impressão de que poderia ser mostrado muito mais sobre a vida de Fellini e suas produções – e não seria problema nenhum, pois a boa montagem faz com que ele seja bem gostoso de se assistir.

Sendo um tributo poético e inspirador, “Que Estranho Chamar-se Federico” é ainda uma pequena lição de história do cinema, e uma produção imperdível para os fãs de Fellini e do cinema italiano.

Ettore Scola retrata a vida e obra de Federico Fellini. No vigésimo aniversário da morte de Fellini, o filme é uma das homenagens do festival de Veneza para o grande mestre italiano de cinema. Com imagens de arquivo e uma retrospectiva desde a estreia do cineasta em 1939, como jovem designer, até seu quinto Oscar em 1993, o filme é feito de fragmentos, impressões e momentos reconstruídos através da imagem.

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Ettore Scola, adeus

Ettore-Scola

Ettore Scola, um dos maiores nomes do cinema italiano, morre aos 84 anos. Divulgação

Morreu na terça-feira (19) Ettore Scola, um dos maiores nomes do cinema italiano. Desde domingo (17), o diretor de 84 anos estava em coma no departamento cardiológico do hospital Policlino de Roma. De acordo com familiares, seu coração parou por “cansaço”.

Scola nasceu em Trevico, uma pequena cidade de mil habitantes na província italiana de Avellino, em 10 de maio de 1931. Antes de virar cineasta, estudou direito em Roma, passando também pelo jornalismo e pelo rádio.

Estreou no cinema em 1964, com a comédia “Fala-se de Mulheres”. Em 1974, ganhou o prêmio César de melhor filme estrangeiro com “Nós que nos Amávamos Tanto” e, dois anos depois, venceu o prêmio de melhor diretor em Cannes por “Feios, Sujos e Malvados”.

Em 1984, ganhou o Urso de Prata no festival de Berlim por “O Baile”. Outras de suas obras mais conhecidas são “Aquele Que Sabe Viver” (1962), “O Jantar” (1998) e “Um Dia Muito Especial (1977)”, que rendeu uma indicação ao Oscar de melhor ator para Marcello Mastroiani.

O cineasta deixa a mulher, a roteirista Gigliola Scola, e as filhas Paola Scola e Silvia Scola, que também seguiram carreira no cinema italiano e fizeram parcerias com o pai.

Sua morte “deixa um enorme vazio na cultura italiana”, afirmou o primeiro-ministro Matteo Renzi. O premiê disse ainda que Scola dominava a “incrível capacidade de leitura da Itália, desde sua sociedade até suas mutações, sentimentos ao longo do tempo e consciência social”.

Já o ministro italiano para os Bens Culturais e Turismo, Dario Franceschini, lembrou o vigor do cineasta. “Um grande professor, um homem extraordinário, jovem até o último dia de sua vida”, comentou no Twitter.

Também na rede social lamentou Juan José Campanella, diretor argentino que levou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010 por “O Segredo dos Seus Olhos”: “Ettore Scola, obrigado por mudar minha vida”, escreveu.

ÚLTIMO TRABALHO

Seu último filme foi “Que Estranho Chamar-se Federico”, de 2013, em que homenageia o amigo e conterrâneo Federico Fellini (1920 – 1993). Destaque no festival de Veneza, o filme conta não só a trajetória de Fellini, mas retrata seu universo e reconstrói a amizade emocionante entre os dois mestres do cinema italiano.

“Precisamos mesmo de outra bela guerra”, diz um dos personagens de “O Terraço”. Roteirista de comédias em crise de criação, revoltado com o neoconformismo de uma Itália americanizada e o capitulacionismo dos companheiros de geração, esse personagem, vivido por Jean-Louis Trintignant, é dos mais autobiográficos de sua obra.Intelectual da esquerda italiana, Scola idealizava o potencial de crítica social da comédia, tendo como mestres Mario Monicelli, Totó e Dino Risi. Em “Feios, Sujos e Malvados”, satiriza a antiga cultura popular solapada pela miséria.

Folha.com

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Não sou eu quem me navega

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© Roberto José da Silva

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Mural da História

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O Brasil que dá certo fica escondido

Os jovens que disputam a Olimpíada de Matemática continuam ensinando ao Brasil a força de sua gente. No ano passado, soube-se da história das trigêmeas Loterio, de 15 anos, que viviam numa casa sem internet, a 21 quilômetros da escola, na zona rural de Santa Leopoldina (ES). Elas conseguiram os três primeiros lugares na classificação de seu Estado. Matriculadas no ensino médio, voltaram à Olimpíada e conseguiram uma medalha de prata (Fabiele) e duas de bronze (Fábia e Fabíola). Esse era um caso de dedicação ajudado pelo estímulo de uma professora, Andréia Biasutti. Conseguiram isso num município assolado por roubalheiras de políticos e empresários.

Pouco depois, soube-se do caso de Lucy Maria Degli Espositi Pereira, de 27 anos. Ex-freira, ela voltara ao colégio, em Bom Jesus do Itabapoana (RJ), e conseguiu uma medalha de ouro na Olimpíada de 2014. Em agosto, Lucy completou dois meses sem aulas porque uma greve de motoristas suspendera o transporte escolar. Para quem frequentava o curso noturno, pois durante o dia ajudava o pai em serviços de pedreiro, era um tiro na testa. Engano. Ela participou da prova de 2015 e repetiu o ouro. Se pararem de atrapalhar a vida de Lucy, ela continuará trabalhando na construção civil, como engenheira.

Pela sabedoria convencional, Lucy e as trigêmeas Loterio caíram numa das armadilhas da sociedade. Uma ficou sem aulas e as outras viviam numa área isolada. Elas sacudiram a poeira e deram a volta por cima. Se não existisse a Olimpíada de Matemática, seriam boas alunas anônimas em cidades do interior. Graças a essa simples iniciativa, a cada ano o Brasil é surpreendido pela força do seu povo.

Quem quiser ver o discurso de Barack Obama na sessão de reabertura do Congresso americano poderá perceber que a fala do governante da nação mais poderosa do mundo pouco tem a ver com o blá-blá-blá de seus similares nacionais. O companheiro mostrou a força de sua gente. Num costume inaugurado por Ronald Reagan em 1982, todo ano o presidente americano convida um pequeno grupo de cidadãos para ouvi-lo, sentando-os na galeria e mencionando-os no discurso. Neste ano, Obama levou um casal que atravessou a recessão, formou-se num colégio comunitário e aprumou sua vida. Em 1997, Bill Clinton convidou dois estudantes que venceram competições internacionais de ciência e matemática. Eles estudavam no mesmo colégio, e o convite de Clinton foi estendido à professora.

Uma rara boa notícia, para hoje e amanhã

Numa época em que só se colhem notícias ruins, aconteceu uma coisa boa no mercado do café. As exportações vão bem e o consumo interno cresceu 0,9%. Não é nada, mas é alguma coisa.

A melhor notícia relaciona-se com o futuro. O consumo de café no mundo passa pela revolução tecnológica das cápsulas. Em menos de um minuto, produzem um cafezinho, não sujam e dão ao freguês uma inédita variedade de escolhas. O consumo de café em cápsulas tem 25% do mercado francês, mas no Brasil ainda é desprezível (0,6%).

Essa revolução começou há décadas, e o Brasil estava numa situação vexaminosa, importando algum café torrado da Suíça e da França, onde não há um só pé da fruta. Medidas espertas do governo, liberando a importação de máquinas para os lares, e investimentos da iniciativa privada, a construção de duas fábricas de cápsulas, colocam o Brasil numa boa posição, saindo de um atraso que vem do século 19.

Em vez de exportar sobretudo café verde, poderá exportar cápsulas. O grão puro e simples vale R$ 10 por quilo, o café das cápsulas rende R$ 300 pelo mesmo quilo.

Os bons cafezais brasileiros produzem tipos de grãos capazes de competir com quaisquer sabores de outros países. Se ninguém atrapalhar, dá certo.

Boa ideia

O governador Geraldo Alckmin brilha quando honra a plateia com suas platitudes. Na semana passada, ele saiu da banalidade e reclamou da mobilização da rua.

Disse o seguinte:

“O que se verifica é vandalismo, e ainda um vandalismo meio seletivo, porque a correção da tarifa em São Paulo é menor do que a inflação. E é estranho, a energia elétrica aumentou 70% e não teve nenhum vandalismo.”

Noves fora que nem todo manifestante é vândalo, fica a impressão que o doutor quer mais manifestações, sobretudo contra as tarifas de energia. Boa ideia.

Cerveró 1954

O depoimento de Nestor Cerveró na Lava Jato cai como uma luva na piada do sujeito que matou a mulher na manhã de 24 de agosto de 1954 e seu advogado disse à polícia que havia relação entre aquele crime e o suicídio de Getúlio Vargas, que acabava de ser anunciado.

Faz tempo que a defesa da turma das petrorroubalheiras trabalha com a ideia de tumultuar o inquérito para reduzir as condenações do juiz Moro nas instâncias de Brasília.

Depoimentos conflitantes de pessoas que colaboram com a Justiça para reduzir suas penas são trufas para o risoto dos comissários e dos empreiteiros.

Mein Kampf

É pura perda de tempo a discussão em torno da legalidade da publicação do Mein Kampf, de Adolf Hitler. A íntegra do “Minha Luta” está na internet, em todos os idiomas, de graça.

Numa época em que o Estado Islâmico tem uma produtora de vídeos mostrando suas barbaridades, o livro de Hitler é apenas um documento ilustrativo do antissemitismo nos anos 20 do século passado.

Madame Natasha

Madame Natasha concedeu mais uma de suas bolsas de estudo ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, pela seguinte charada, incluída na carta que enviou ao ministro da Fazenda sobre o estouro da meta da inflação:

“O Banco Central entende que o processo de ajuste macroeconômico em curso, intensificado por eventos não econômicos, contribuirá para uma dinâmica menos pressionada da inflação, ao auxiliar na quebra da resiliência de preços. Em termos do conjunto de indicadores de ociosidade da economia, nota que medidas convencionais de hiato do produto encontram-se em território desinflacionário, em linha com a evolução recente da atividade –menores que as estimativas de crescimento potencial da economia.”

O doutor não tinha o que dizer e nada disse. Natasha sabe que o estilo críptico dos bancos centrais foi levado às últimas consequências por Alan Greenspan, presidente do Fed americano de 1987 a 2006. Greenspan é incapaz de se expressar com clareza até em conversas pessoais, como na hora de propor casamento à namorada.

O hermetismo do Banco Central brasileiro é um truque destinado a blindar hierarcas e confundir a plateia. O Fed emite notas crípticas, mas a cada cinco anos divulga a transcrição das fitas onde estão gravadas as discussões do seu comitê de politica monetária, documentando a responsabilidade de cada participante da reunião. Em Pindorama isso não acontece, porque responsabilidade é coisa estranha a Brasília.

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Elio Gaspari – Folha de São Paulo

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Flagrantes da vida real

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Na parede, as mulatas de Iara Teixeira. © Maringas Maciel

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