Arquivos da Ditadura

Desenho de Douglas Mayer, década de 1970

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Mural da História – 2011

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Charge publicada em algum lugar do passado. Eu já havia sido defenestrado d’O Estado do Paraná, craro, cróvis.

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Aos mestres, com carinho (e tristeza)

Se, em uma enquete, me perguntassem qual a figura mais importante do mundo, eu não teria dúvida ao responder: o professor! (assim mesmo, como exclamação). Especialmente o (ou a) professor(a) de primeiro grau ou ensino fundamental, sei lá como estão sendo chamados agora aqueles que transformam meninos e meninas em cidadãos. Por isso, a rigor, professor nem é profissão. É vocação e oferecimento de amor. Para Rubem Alves, que dedicou a vida à educação, não existe coisa mais bela que ser um educador.

Domingo, dia 15 de outubro, foi o Dia do Professor. Houve quem comemorasse? A imprensa, talvez, cumprindo a sua obrigação. Ou os governante, de maneira falsa e calhorda. Os mestres certamente não. Não têm motivo para isso. No Brasil varonil, de riquezas mil, o professor é a figura mais aviltada, incluindo no adjetivo os sinônimos desrespeitada, desprezada, desvalorizada, desonrada e todos mais os des aplicáveis. É uma vergonha o que se faz com o professor neste país! Particularmente os governos, em suas variadas graduações.

Quanto ganha um desembargador, um procurador do Estado, um delegado de polícia, um conselheiro do Tribunal de Contas, um deputado, um senador, um governador, um prefeito de Capital, o presidente? Em torno de R$ 40 mil, fora o “alho”, que aqui quer dizer o “por fora” sem o mau sentido, ou seja, as vantagens indiretas, como auxílio-moradia, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio-saúde, verba de gabinete, verba de representação, verba indenizatória e o diabo que o parta. No total pode passar de R$ 100 mil.

Quanto ganha um executivo, um empresário de sucesso, um advogado com boa banca, um arquiteto/decorador que atende às madames em ascensão social ou um médico sem vínculo com planos de saúde? Quantias impossíveis de ser calculadas pelo cidadão comum.

E qual é o salário de um professor? Dá até vergonha responder. Segundo o “doutor Google”, no Brasil, o salário mínimo vigente de um professor de educação básica da rede pública de ensino é de R$ 2.886,24. Mas há muito Estado que não cumpre nem esse mínimo legal. Aqui no Paraná, a média salarial é de R$ 3.622,00, mas a maioria dos mestres da educação infantil recebe pouco mais de R$ 2.000,00 mensais. Na implementação de recente reajuste, o governador afirmou que a remuneração inicial do Quadro Próprio do Magistério chegaria a R$ 3.903,32, podendo ultrapassar os R$ 6.000,00, se englobados o vale-transporte e gratificação. Não é verdade. Minha mulher, aposentada depois de 25 anos de atividade, com estágios realizados e regência de classe, recebe hoje exatos R$ 2.628,46.

Os docentes de instituições particulares percebem um pouco mais, assim como os do ensino superior, com mestrado e doutorado – algo em torno de R$ 6.600 a R$ 12 mil. Quer dizer, é de chorar!

No Brasil da igualdade social pretendida pelo companheiro-presidente e no Paraná da valorização do ensino (!) pelo (in)ativo governador Rato Júnior, os professores têm de lutar por centavos para sobreviver. Tendo em mente uma certeza indiscutível: sem eles, os humilhados e mal remunerados mestres, não haveriam desembargadores, procuradores, delegados, conselheiros do TC, deputados, senadores, executivos, advogados, engenheiros, decoradores, médicos, tampouco presidentes ou o governadores. Algo está errado aí.

Professor não é uma atividade importante, repito. É essencial. Sem ela o mundo não existiria. Por isso, ao beijar em casa minha mulher – que foi doce normalista, “vestida de azul e branco, trazendo um sorriso franco no rostinho encantador”, como flagrou o poeta, e que dedicou anos de sua vida às salas de aula, transmitindo conhecimento, sonhos e amor, para fazer jus, hoje, a pouco mais de dois mil reais por mês, pagos pelo generoso governo do Estado –, estou homenageando com carinho todos os mestres deste país, certo de que não existe missão mais nobre do que ensinar, porque a educação é o alicerce da civilização e o educador é um apaixonado pelo ser humano.

Só os que mandam não sabem disso. Certamente não foram também bons alunos.

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A dupla Maringas & Lina

Maringas Maciel e Lina Faria, em algum lugar do passado. © DayLuiza Fotografia

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Líder da oposição a Netanyahu critica imprensa por acreditar no Hamas

Yair Lapid questionou jornalistas estrangeiros se acham que grupos terroristas que massacram mulheres e crianças têm problema em mentir

Yair Lapid, líder da oposição ao governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou a jornalistas estrangeiros nesta quinta-feira, 19, o que chamou de “método” de propagação de mentiras por parte do Hamas e criticou a maioria da imprensa por acreditar nelas.

“Vocês acham que uma organização que não tem problemas em massacrar bebês, massacrar mulheres grávidas e massacrar uma menina autista de 13 anos com sua avó de 80 anos tem problema em mentir?”, questionou Lapid, que foi jornalista até 2012, quando fundou seu partido Yesh Atid (em hebraico: “Há futuro”).

Para ele, “é interessante e chocante o quão rápido o mundo seguiu em frente: Israel mal ganhou uma semana de simpatia e perplexidade global, e depois o mundo voltou a nos atacar por nos defendermos”.

“De todas as distorções da cobertura da imprensa nestes últimos dias, a pior é o ‘equilíbrio’. Uma grande parte da mídia está oferencendo a seus leitores e espectadores um quadro ‘equilibrado’, eles estão apresentando ambos os lados igualmente: a história contada por um país democrático que está protegendo a vida e a história contada por uma organização assassina e terrorista que odeia a vida”, comparou Lapid, que, assim como o governo israelense, busca igualar o Hamas ao Estado Islâmico (Isis, na sigla em inglês) e à Al-Qaeda.

“O Hamas mente como método. Eles matam nossos filhos e dizem que a culpa é nossa, matam os filhos deles e dizem que a culpa é nossa. Eles usam pessoas como escudos humanos, disparam contra elas se elas tentam escapar, e acobertam isso com com sua grande quantidade de notícias falsas”, afirmou o opositor.

“Quando vocês sabem que há um lado que está mentindo e outro que está fazendo todos os esforços para verificar os fatos, o mínimo que pode ser exigido é que vocês não dêem uma plataforma ilimitada às mentiras. Desconfiem, tenham cuidado, dêem-nos uma chance justa e um tempo razoável para verificar os fatos”, cobrou Lapid.

O líder da oposição reiterou que “os terroristas sequestraram um número particularmente grande de mulheres jovens” e que “os horrores de 7 de outubro nada têm a ver com o conflito Israel-Palestina”.

“Eles mataram 260 pessoas que foram a um festival musical, porque o Hamas não gosta de música, eles amam apenas morte e derramamento de sangue”, declarou.

Lapid já havia dito, após o massacre de 7 de outubro, que “este é o pior dia para o povo judeu desde o Holocausto”, que a prioridade de Israel é “eliminar todas as capacidades terroristas que o Hamas possui” e que “o resultado final é que não haverá Hamas em Gaza”.

As críticas, dentro e fora de Israel, à cobertura midiática dos ataques terroristas e da reação militar israelense aumentaram depois que os principais veículos internacionais, inclusive brasileiros, apressaram-se em legitimar a versão do Hamas na terça-feira, 17, de que um bombardeio israelense contra um hospital em Gaza deixou 500 mortos. Na quarta, 18, todos os veículos recuaram em suas manchetes.

Uma explosão, na verdade, ocorreu no estacionamento do hospital, incendiando os veículos ali parados, sem destruir os edifícios. Israel apresentou imagens de satélite, além do áudio de uma conversa entre terroristas, para reforçar sua posição de que um foguete errante da Jihad Islâmica, disparado das proximidades, caiu no local. Não há confirmação oficial de número de mortos e feridos. Além da Inteligência dos Estados Unidos, citada pelo presidente Joe Biden, pareceres preliminares de analistas de dados legitimam a posição de Israel e indicam uma impossibilidade de terem havido centenas de vítimas.

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A vida tira as pessoas de Itararé, mas nada tira Itararé das pessoas

Foto de Maria Inez Furlani.

Itararé situa-se em uma área conhecida como Campos de São Pedro, que vai do rio Verde até o rio Itararé, que dá o nome ao município. Itararé em tupi-guarani significa “pedra que o rio cavou”, pois o rio Itararé corre em um leito rochoso que foi sendo desgastado pela correnteza formando altos paredões, grandes cachoeiras e belas grutas.

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Bolsonaro faz campanha

O ex-presidente Jair Bolsonaro aderiu de vez à candidatura de Javier Milei a presidente da Argentina. Nesta terça, Milei divulgou em suas redes sociais um vídeo em que Bolsonaro agradece ter recebido um livro e pede aos argentinos que votem no candidato no dia 22, quando ocorre o primeiro turno.

A adesão de Bolsonaro era esperada. É claro que seu peso para obter votos para Milei é limitado; seu apoio e seu pedido de votos funcionam mais como a confirmação da linha que Milei segue. Vários apoiadores juntam Milei com Bolsonaro e Donald Trump. Não há nenhuma aproximação da frente partidária de Milei com o PL, partido de Bolsonaro.

A comparação está longe de ser exata, mas pode-se dizer que Milei é o Bolsonaro argentino. Assim como o brasileiro em 2018, o argentino fala mais sobre o que vai destruir do que sobre o pretende construir. Economista, é um ultraradical do liberalismo e da direita, que defende praticamente o fim do estado e do governo na Argentina. É contra tudo, inclusive o Mercosul.

Por isso, Milei é o pesadelo do governo Lula no momento. Caso ele vença as eleições, são enormes as chances de abandonar o Mercosul, que considera inútil para a Argentina. Isso tiraria enorme força do Brasil como líder regional e reduziria seu poder de negociador no cenário internacional.

O Brasil tem ajudado o candidato do governo, Sergio Massa, hoje o principal concorrente de Milei: deu um empurrão para a Argentina conseguir um empréstimo e mandou uma equipe de marqueteiros do PT para trabalhar na campanha. Com o governo Lula de um lado, é natural que Bolsonaro esteja de outro na eleição argentina.

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Sempre!

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Um modelo para Ratinho

Ao governador falta aquele assessor maduro, que sabe das coisas, que conhece a história desta república tanto nos fatos quanto nos fastos – e olhe que isto não é currículo para o escrevinhador conseguir emprego, pois ficará a semirrelento em 40 dias; além disso, os dois santos, o de Ponta Grossa e o de Jandaia, não se cruzam. Mas voltando à vaca fria, o governador é criticado porque não molhou os pés e sujou-se de barro nas cidades atingidas pelas enchentes. Ora, se ele mandou assessor, passa, sempre foi assim em seu governo quando a televisão não cobre o evento. Vá lá, o governador bem que podia sobrevoar e documentar o passeio; todos fazem e fizeram nos governos do Brasil. Então volto ao assessor que falta a Ratinho, que sabe menos que eu, que não quero ser esse assessor.

Segue o exemplo republicano, vindo de Luís Eduardo Magalhães, deputado baiano, presidente da câmara dos deputados, filho de ACM e por este destinado a ser sucessor de FHC, que muito dependia dele politicamente. Quando Luís Eduardo visitava eleitores no interior da Bahia, se tivesse que atravessar riacho, poça d’água ou pinguela, ele não se permitia molhar os sapatos e sujar as imaculadas calças de dândi. Simplesmente o fazia na garupa de assessor; afinal, essa gente faz de tudo, até ficar de quatro pelo chefe. Depois que Fernando Collor caiu em desgraça, LFM morreu e João Dória aparece de cuecas brincando na cama em suposto suruba, Ratinho Júnior é o único dândi na política brasileira. Pois bem, considero realizado meu último serviço pelo governo do Paraná. E lambam os beiços.

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Fumando, espero

© Eric Weeks

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Depois do ódio ao Bis, conservadores boicotam outras marcas de doce

Enquanto extrema direita prega o boicote, come o chocolate escondida, assim como come outras tantas coisas

Bolsonaristas e integrantes da extrema direita brasileira lançaram um movimento, no início da semana, para boicotar uma marca de chocolates.

O chamado “hate” começou após a marca contratar o youtuber Felipe Neto, famoso por seu posicionamento contrário a Bolsonaro, para se tornar o seu novo garoto-propaganda.

Pela hashtag “bisnuncamais” no X, o antigo Twitter, os internautas anunciaram que nunca mais comeriam o produto e convocaram o público a adotar a mesma medida.

Alguns chegaram a publicar vídeos consumindo o produto concorrente. Quando descobriram que a marca já havia feito uma campanha de apoio à comunidade LGBTQIAPN+, apagaram o conteúdo e incluíram o produto na lista de vetos.

Mesmo com o movimento, as ações da Lacta apresentaram alta, um sinal de que, enquanto pregavam o boicote, os conservadores comiam o chocolate escondido, assim como comem outras tantas coisas.

Marqueteiros se surpreenderam com o movimento. A marca sempre deu sinais de que é progressista, com slogans como “não dá para comer só um” e “quem come um pede Bis”, típicos da “esquerda surubeira”.

Para dar prejuízo às empresas com ideais pouco conservadores, a extrema direita lançou uma relação de chocolates que devem ser boicotados.

Por apresentar as mesmas cores usadas pelo comunismo, a marca Suflair está no topo da lista. Afinal, como dizem os patriotas, “nossa bandeira nunca será vermelha”.

O chocolate Garoto também entrou para a lista de boicote porque, segundo os mais conservadores, comer criancinha é coisa de comunista.

Mesmo após a sua falência, a marca Pan também foi vetada pelos conservadores, pois “pan” é uma orientação sexual de quem só comete pecado.

Por ser uma homenagem a um cantor irlandês comunista, o biscoito Bono também foi proibido pelos conservadores.

A marca de chocolate Laka foi proibida porque, segundo a direita, lembra o nome da cachorra enviada ao espaço pela União Soviética.

O bombom Caribe também deve ser evitado porque, além de ser horrível, remete ao mar que banha Cuba e Venezuela. Assim como a marca Havanna.

Os chocolates Batom foram vetados porque, depois do Batom, o menino vai querer usar blusa cropped, nécessaire e sair beijando outros meninos.

Em breve voltamos aqui com as novas marcas boicotadas.

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Salão Virtual

Atendendo a milhares de pedidos, sugestões e ameaças, o jornal +Humor promove seu primeiro Salão Virtual. O objetivo primeiro do certame é promover o Cartum, esse prejudicado!

– Tema único e inescapável: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL;

– Participação: todos poderão participar, desde que tenham mais de dois neurônios funcionando e disponíveis. Poderão ser enviados até 03 trabalhos por autor. Não adianta mandar trezentos na esperança de pelo menos um entrar. Estamos de olho em você…

– Inscrições: somente pelo e-mail maishumorjornal@gmail.com. Na mensagem coloque nome completo, pseudônimo, endereço, e-mail e telefone.

– Envio: poderão ser enviados trabalhos no tamanho A4 (21X29,7cm), com o mínimo de 300 dpis nos formatos .JPG, .PNG, .PDF. Se chegar truncado e não conseguirmos abrir, já era.

– Seleção dos trabalhos: será escolhido o melhor cartum pelo júri formado pelos cartunistas Mayrink, Dil Márcio, Fausto, Luís Pimentel, Ykenga, Ulisses Amorim e André Brown. Não adianta alegar amizade com qualquer um dos membros do júri para entrar na seleção. A maioria do júri tem mais de 40 anos de profissão e conhece todo mundo. Aliás, por conhecer, é que não adianta pedir.

– Exibição: além do trabalho premiado, serão escolhidos 30 cartuns que serão expostos na página https://www.instagram.com/jornalmaishumor/ (ahhh, por isso o ‘virtual”…)

– Prazos: o prazo de inscrição vai de 20 de outubro a 20 de novembro.  O vencedor será conhecido em 25 de novembro de 2023.

– Premiação:  o cartum classificado em 1° lugar receberá em casa pacote de livros ofertada pela Editora Myrrha, com os seguintes títulos: Coleção Piadas de Sacanear (seis volumes); HQ Aconteceu na Lapa — novela carioca em Quadrinhos; além das antologias ilustradas Contos e Crônicas de Humor e Contos e Causos de Futebol, além do volume de cartuns “Humor a la carte”, de Ykenga. A organização do concurso oferece também o envio!

É o que podemos oferecer! E lambam!! Pegar ou largar!! Aproveite e inscreva-se na nossa Newsletter semanal

© Amorim

https://maishumorjornal.substack.com/

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Mural da História – 1979

E o nosso Barão voltou. Até que enfim. E volta atacando da Alemanha, Heimut Schmidt, de Rischbieter e de coisas de Santa Catarina. Começa pelo bar do Kim e dá um pulo na confeitaria Blumenau. Ali na São Francisco. Experimente.

Foi uma pena que o chanceler Helmuth Schmidt não tivesse vindo a Curitiba. Pena, porque se isso tivesse acontecido, ele certamente teria vindo acompanhado pelo ministro Karlos Rischbieter. Então, com a conivência da Dra. Franchete, faria chegar até eles um bilhetinho contando que no n° 6609 da avenida Sete de Setembro, lá pelas bandas do Los Angeles, há uma ótima petiscaria chamada Kim E que o forte da casa é um prato chamado Gerauchter Fish, isto é, peixe defumado, Em resumo, trata-se de um filé de anchova defumado, deste tamanho, por um processo que só a turma de Santa Catarina sabe e não conta. E de Camboriú que vem o acepipe.

Tenho certeza que Helmuth e Karlos iriam até lá num final de tarde e, após rápida indecisão entre a cervejota e o vinho branco (optariam pelo vinho branco), os dois se poriam a comer o tal peixe defumado. E tanto gostariam que após alguns cálices já teriam concordado em substituir o acordo atômico por uma orquestra sinfônica paranaense, que é o que estamos precisando. E que até poderia emprestar o Von Karajan para jogar no time da casa. Não deixariam de lado, também, algumas casquinhas de siri e bons bocados de bucho à milanesa, genial criação do Edmundo Stromberg, lá do Bar do Edmundo, no Bacacheri.

Se ficassem alguns dias, a gente também poderia se encontrar na Confeitaria Blumenau, na rua São Francisco 43. Enquanto a nova Schaffer não vem, é uma das melhores pedidas da cidade para lanche. Tem um sanduíche de broa com salamito que é glorioso. A broa é de fabricação caseira e o salamito é de Blumenau mesmo. Há a indefectível coalhada, coisa boa de se manjar. O atendimento é simpático, feito por garçonetes, e tem o sistema de pagamento mais estranho que já vi. Seguinte: você é servido e recebe uma senha. De posse da senha você vai ao caixa e paga. Seria simples, se não houvesse fila para pagar. Essa eu não entendi. Enfim, vá lá uma tarde destas. Você vai gostar.

Barão de Tibagy|1979

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