Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, quinta, 19 de outubro. Dia de começar a rezar para Michelle Bolsonaro não se tornar senadora pelo Paraná.

Mortalidade infantil

Ontem os deputados do Paraná passaram o dia dando um sabão nos bolsonaristas. O motivo era justo: ninguém mais aguenta os caras subindo na tribuna para falar de Lula, do “ex-presidiário”, do Hamas como suposto aliado do PT… Vários discursaram dizendo que talvez fosse hora de cuidar de coisas reais que acontecem aqui no Paraná.

Pois bem, uma coisa bem real e que está acontecendo bem debaixo dos narizes dos deputados é um aumento na taxa de mortalidade infantil no Paraná. Aqui, no nosso quintal, também tem gente morrendo e sofrendo. E os números foram apresentados na própria Assembleia pelo governo, mas com repercussão quase zero.

A repórter Angieli Maros resgatou alguns números e mostra o tamanho do problema. Seria fundamental que a classe política parasse de ver comunistas debaixo da cama e tratasse disso.

Leia mais aqui.

Faltam três dias pro Festival Tutano, do super gente fina Beto Madalosso. Vai ser no MON e o Plural estará por lá.

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Mural da História – 2008

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Reveses e versos: Cervantes

Lope de Veja, grande dramaturgo espanhol, em carta de 14 de agosto de 1604, comentou que não havia na Espanha poeta ‘tan malo como Cervantes’. E o próprio Cervantes reconhecia ser mais versado em reveses da vida do que em versos. Porém, o que ninguém sabia é que ele já trabalhava há tempos, durante uma de suas prisões inclusive, no Dom Quixote. Vivia em desesperada pobreza e total desesperança. “Dom Quixote é a história de um louco manso contada por um cínico delicado.” – escreveram Henry Thomas e Anna Lee Thomas no livro de biografias de grandes escritores.

Assim, já no ano seguinte, 1605, aos 58 anos, Cervantes deu à luz a primeira parte do Dom Quixote. O escritor acumulava desgraças pessoais e familiares sem conta. Porém, Dom Quixote aventurou-se derrubando moinhos, combatendo meliantes imaginários, sonhando com Dulcinéia del Toboso e fazendo leitores do mundo inteiro rirem a mais não poder.

Assim Cervantes se descrevia: “Um homem de barba prateada, grande bigode, boca pequena, dentes sem importância – apenas seis e estes em más condições e ainda pior dispostos porque os de cima não jogam com os de baixo”.

Nos dez anos seguintes, ele não escreveu mais nada de grande valor (apenas peças teatrais nunca encenadas e uma coleção de contos). Pode ser comparado ao nosso Macunaíma que vivia dizendo “ai que preguiça!”

A segunda parte do Dom Quixote (“Mistura de uma descabelada loucura com uma sabedoria sóbria.”) pedia para ser escrita, mas encontramos Cervantes miserável, vacilante e preguiçoso. Ele talvez nunca a tivesse concluído se não houvesse aparecido a continuação – obra de um impostor que se assinava Avellaneda. Apressando o burrico, Cervantes deu a nós a segunda parte em 1615. E foi no ano seguinte que ele saiu de cena. Foi combater moinhos de ventos lá nos píncaros do céu.

*Rui Werneck de Capistrano é construtor de moinhos de vento.

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Fraga

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Fraga

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Céu Pela Janela

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Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, quarta, 18 de outubro. Athletico e Coxa voltam a campo (Paranito não, hihihi). Tem um show lindo de Dom La Nena à noite. Quatro dias pro vestibular. E olha só: o Simepar diz que hoje não chove!

Cadê os 12%

Olhando os números apresentados pela Secretaria da Saúde nesta terça na Assembleia, o deputado Arilson Chiorato percebeu: o governo não está gastando os 12% que a Constituição exige para a área. Até junho, foram colocados na saúde 10,83% da receita.

Esse dinheiro (a diferença de 1,17%) faz falta para quem está precisando de cirurgias, de remédios, de ambulâncias. Mas o diretor-geral da Secretaria, César Neves, garante que as coisas nunca foram tão boas. E que só estão segurando o dinheiro porque pode sempre ser que a receita seja menor – e nesse caso não é preciso tanto dinheiro para chegar aos 12%.

Para completar, Arilson mostrou que o governo Ratinho tem hoje em caixa R$ 723 milhões em repasses do Ministério da Saúde. Em caixa, entesourados. Como se fossem uma poupança…

Leia mais aqui.

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O terror de parte a parte

Numa única palavra, meu amigo Dallagassa define o atual conflito no Oriente Médio, entre Israel e o movimento de resistência islâmica Hamas, como “insensatez”. Prefiro insanidade, um absurdo que, além de trucidar crianças e civis inocentes, coloca em risco toda a humanidade. Não há mocinhos nesse trágico embate; só bandidos.

Judeus e palestinos são águas da mesma fonte. Mas, estupidamente, se odeiam por motivos religiosos e territoriais. Um quer exterminar o outro e o ódio sem limites ultrapassa fronteiras e se expande por todo o mundo.

O grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou em 7 de outubro um ataque surpresa a Israel, matando ao menos 1.400 pessoas e capturando reféns de todas as nacionalidades, incluindo brasileiros. Israel reagiu com bombardeios que já mataram mais de 3.000 seres humanos. Uma carnificina terrível e perigosa.

Os EUA apoiam Israel e já deslocaram para a região porta-aviões, jatos e armamento; povos muçulmanos, como a Jordânia, Irã e Líbano, tendem a apoiar o Hamas. Arábia Saudita, Turquia, Síria e demais nações periféricas estão de olho e aguardam. E nós, que, em princípio, nada teríamos a ver com isso, trememos.

Não vou fazer juízo de valor sobre o tema. Até porque, como dito acima, não há inocentes no campo de batalha. Só os pobres civis desarmados, desamparados, aturdidos e chacinados.

Aliás, como diz outro amigo meu, se Deus existe e se foi ele que criou o ser humano, deve estar amargando um bruto arrependimento.

Por fim, justiça seja feita a Lula e ao Itamaraty, que resgataram, de pronto, os brasileiros presentes à zona de conflito. Agiram rápido, muito antes das demais nações (e sem cobrar nada, como estão fazendo outras nações), trazendo de volta ao Brasil perto de mil viventes, utilizando aviões da FAB e da própria Presidência da República. Às vezes, as coisas funcionam neste país.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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Até o PT reclama

A insatisfação com o governo federal vai além dos partidos aliados que esperam a nomeação de indicados para estatais e a liberação de verbas.

O próprio PT, em especial senadores e deputados de menor expressão, não poupa a articulação política de críticas.

Os alvos são quase sempre os mesmos: os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja.

“Quem não tem a benção dela, o Lula não recebe”, disse ao Bastidor um petista.

As críticas alcançam ainda os líderes do partido e do governo no Senado, Fabiano Contarato e Jaques Wagner. O primeiro por se manifestar pouco publicamente sobre questões caras ao partido e o segundo por alguns vacilos, como a não atuação na articulação na CPI das ONGs, onde a oposição é maioria.

Há, também, reclamações em relação a indicações a cargos de segundo e terceiro escalões em órgãos públicos e empresas estatais.

Um exemplo sempre citado é o dos Correios. Comandada por Fabiano Silva, ligado ao grupo Prerrogativas, próximo do PT, a empresa tem cargos nas mãos do Centrão, já que vinculada ao Ministério das Comunicações, de Juscelino Filho (União Brasil-MA). “Está uma bagunça”, disse ao Bastidor um petista sobre a estatal. 

Publicado em O Bastidor | Deixar um comentário
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Para Não Morrer

Nena Inoue em “Para Não Morrer”, Miniauditório Glauco Flores de Sá Brito, Amintas de Barros, 70, Teatro Guaíra. © Elenize Deszgeniski. Link ingressos: https://www.diskingressos.com.br/event/5567

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Flagrantes da vida real

Na parede, desenho do cartunista que vos digita, em algum lugar da cidade. © Maringas Maciel

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O assédio à filha de Bolsonaro

Antibolsonaristas utilizam as mesmas ferramentas de ódio que seus opositores

O nome da filha do ex-presidente Jair Bolsonaro foi parar nos trending topics do ex-Twitter. Para quem não é letrado nos paranauês das redes sociais, significa que era um dos assuntos mais comentados, nesta segunda (16). O mundo de cabeça para baixo e uma menina vira pauta. Não recorro aqui ao erro de milhares de pessoas que expuseram uma adolescente de 13 anos, por isso não a trato pelo nome. Erro, não, pura maldade na maioria dos casos, crime em alguns.

Num vídeo em que ela aparece rodeada pelo pais, na comemoração de seu aniversário, a garota se mostra da mesma forma que a vimos desde a primeira vez, quando ainda era criança: retraída. O seu comportamento pode ser qualquer coisa, timidez, aversão a fotos e vídeos, mau humor por causa da celebração. Não importa.

Trata-se de uma menina que, diferentemente de milhares que por escolha própria usam as redes para postar o look do dia ou a dancinha do momento, vive uma exposição à revelia. Mas vira alvo de opositores de Bolsonaro, que não poupam a vulnerabilidade de sua filha, chamada de coitada, feia, rabugenta, sapatão. Os mesmos que promovem cancelamentos contra quem consideram assediadores, machistas, homofóbicos.

Comportamento torpe que viola uma meia dúzia de artigos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), como aquele que diz ser dever da sociedade assegurar a dignidade e o respeito ou outro que aponta a necessidade de preservação de imagem e de identidade, que proíbe qualquer tratamento vexatório ou constrangedor de menores de idade. Nada disso foi garantido a uma menina que viu seu nome sair dos teclados dos animais direto para os holofotes da internet.

É desolador que parte da esquerda antibolsonarista utilize da mesmas ferramentas de ódio que seus opositores. Mas não surpreende, não é de hoje que esses extremos andam de mãos dadas. Aos amigos, justiça social. Aos inimigos, machismo, racismo, homofobia, assédio.

Publicado em Mariliz Pereira Jorge - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Emílio de Meneses

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