Morre filha de brasileira que estava entre os sequestrados pelo Hamas

Tchelet Fishbein, 18, israelense e filha de brasileira que constava na lista de sequestrados por terroristas do Hamas, foi encontrada morta, disseram autoridades à família da vítima. A informação foi confirmada nesta terça-feira (17) pela tia da adolescente, Flora Rosenbaum.

Tchelet vivia no kibutz de Be’eri, ao sul de Israel, onde trabalhava cuidando de crianças. Ela e o namorado estavam na região no último dia 7, quando terroristas lançaram o pior ataque contra o país em 50 anos. Segundo o jornal The Times of Israel, o kibutz foi invadido e atingido severamente. A estrutura do local foi reduzida a escombros, e os moradores, assassinados ou sequestrados.

A adolescente e o namorado estavam desaparecidos desde o ataque. Nos últimos dias, a família de Tchelet buscava informações sobre o paradeiro do casal em hospitais e centros de informação.

“No começo, pensamos que a Tchelet pudesse estar dentro de um esconderijo. Muitas pessoas ficaram dentro dos bunkers esperando serem resgatadas. Mas então soubemos que ela estava na lista dos sequestrados. No caso dela, não acharam nenhum DNA, dela ou do namorado, no kibutz”, disse no domingo (15) Rinat Balazs, prima de terceiro grau de Tchelet.

Flora Rosenbaum, a mãe de Rinat, chegou a gravar um vídeo pedindo ajuda para que Tchelet fosse localizada. Na filmagem, ela diz que a adolescente foi ferida há 12 anos por um foguete disparado de Gaza —ela ainda tinha estilhaços do projétil no corpo.

“Ela já tinha esse trauma anterior, já fazia tratamento. Imagina como não está agora… Eu imploro que alguém interceda por ela. A gente não sabe mais a quem recorrer”, disse Flora na gravação.

As autoridades israelenses não informaram onde ou como o corpo de Tchelet foi recuperado. O Exército de Israel disse nesta segunda (16) que os terroristas do Hamas capturaram 199 reféns durante o mega-ataque do dia 7. Já o porta-voz das Brigadas al-Qassam, braço armado da facção radical, afirmou que há de 200 a 250 vítimas sequestradas na Faixa de Gaza.

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Pessoas móveis e encontradiças ou pensamentos atrelados ao vento


Existem centenas de variedades de livros que abrigam Sentenças, Pensamentos, Apotegmas, Máximas e Raciocínios Rápidos. Antigamente, os torneios de linguagem eram do gosto dos leitores. Pareciam vir de pessoas educadas. Como diz W. S. Maugham o tempo tornou exasperadora essa maneira de escrever. Imagine a frase: Afastai os olhos de certos jornais; não vedes como pululam neles as moscas negras da adulação e da baixeza? São a entrada de uma cloaca? São um pântano? São isso e muito mais; é ali que as libélulas miseráveis da inveja ensaiam seus voos letárgicos sobre charcos tornassóis dessa literatura putrefacta; se não sois um crítico ou um escravo, fugi desse reino de larvas em putrefação.

Ela é apenas risível, hoje. Mas já teve força de mudar a cabeça de algumas pessoas. Um dia pensei em escrever uma peça de teatro que começaria com pessoas num bar falando a mais ‘pura’ linguagem hiphop, que se pode abreviar por M*F* (do inglês Motherfucker). A evolução da peça seria a ‘involução’ da linguagem (da atual pra mais antiga).

Basicamente, a relação de um casal que a fala M*F* e vai ‘regredindo’ pra linguagem antiga. Não tão antiga quanto a da frase acima, mas aquela que abriu a escritura moderna, a literatura moderna. Acredito que daria pra fazer uma peça bem interessante. Já te contei que num período negro, de vacas esqueléticas, eu fazia revisão de textos? Um senhor bem idoso me chamou e pediu que revisasse cuidadosamente seus textos. Ele ia fazer apostilas. Levei e comecei a ler. A linguagem era ‘escorreita’, num português ‘castiço’. Frases labirínticas, torneadas e virguladas ao extremo. Me assustei. Revisei como pude. Só depois de algum tempo ele foi se abrindo comigo e disse que eram apostilas pra curso de iniciação ao Espiritismo. Imaginei que as pessoas a quem ele queria atingir eram ‘iniciadas’ naquela linguagem.

Mas, me enganei. Ele contou que havia feito um ‘folder’ e distribuído cinco mil nas redondezas. Apenas uma pessoa ligou pra saber o que era aquilo. Uma só. Como publicitário, vi o erro logo de cara. Era a linguagem. Parecia Dom Quixote falando. Não tinha erros de português, mas de ‘approach’. Pensei em fazer um folheto pra ele. Pensei em me enfronhar no assunto. Mas vi que seria cansativo e improdutivo. Ele já estava na idade em que não mudaria mais a cabeça. E eu teria que acreditar na proposta dele pra entrar de cabeça nela. Não deu pé. O incrível é que ainda existem milhares de pessoas que escrevem numa linguagem antiga. E, talvez, pensem assim.

*É pesquisador de linguagem e linguajar

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Que país foi este?

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Emmanuelle

Emmanuelle Riva – Paulette Germaine Riva – 1927/2017 –  atriz francesa,  um dos símbolos do amor da Nouvelle vague. É conhecida por suas atuações nos filmes Hiroshima mon amour, e Amour. Em 2013, foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz pela sua atuação em Amour. Foi a atriz mais idosa a receber uma indicação ao Oscar, nessa categoria. © LePress

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Foto de Alberto Melo Viana, o Baiano.

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Playboy|1970

1973|Ruthy Ross. Playboy Playmate of The Month

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Vírus eterno

Em cerimônia na PM/Rota de São Paulo nesta semana, Jair Bolsonaro foi celebrado como “eterno presidente” pelo governador do Estado, pelo secretário de Segurança e pelo comandante da corporação. O ex-presidente é o queridinho de fardados e soldados, inclusive a Rota, o segmento da PM que mais mata no Brasil Com a indevida vênia, se o título cabe a alguém esse é Lula, com seus três mandatos e mais os dois nos quais elegeu Dilma. Bolsonaro só teve um mandato, graças a Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, a Operação Lava Jato e a ajuda hoje envergonhada e falsamente penitente do STF. O Mito não teve o segundo mandato porque Deus interrompeu suas férias em Fernando de Noronha para impedir o desastre. Mas nada é impossível, até um Bolsonaro eterno, depois que os cientistas descobriram o vírus que estava há 50 mil anos em estado de latência. Sim, porque Bolsonaro sempre será um vírus, o mais letal à democracia brasileira.

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Mural da História – 2010

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Mural da História – Criação da Rodoferroviária de Curitiba

Foto de quem estava lá, claro, Clóvis.

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Flagrantes da vida real

© Maringas Maciel

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Entre Israel e Palestina, quem está certo?

Há uma linha mínima de humanidade que, se violada, acaba com qualquer pretensão de justiça

Bilhões de pessoas depositam em Israel as esperanças e medos apocalípticos de suas tradições religiosas. No centro dela está Jerusalém, onde um dia já funcionou o Templo de Salomão, até ser destruído pelo Império Romano. Nessa mesma cidade Jesus pregou, morreu e —acreditam os cristãos— ressuscitou. É ela também um lugar sagrado para muçulmanos, lembrando que Maomé honrava os profetas judeus e cristãos e inicialmente rezava com seus seguidores não voltado a Meca, e sim a Jerusalém.

É por essa razão que ela sempre ocupou o centro das atenções de reinos e impérios muçulmanos e cristãos (dos cruzados medievais ao Império Britânico e EUA) e da diáspora judaica.

Trazendo para o plano secular, a criação de Israel em 1947 respondeu a uma demanda histórica de judeus, que sofriam perseguição onde quer que morassem, até culminar no crime monstruoso do Holocausto. Não havia um país árabe no território, que fora parte do Império Turco-Otomano e, depois da Primeira Guerra, mandato imperial britânico. Mas havia povo. E centenas de milhares de árabes foram desalojados e expulsos para que a nova nação se consolidasse.

Ao mesmo tempo, não faz sentido tratar os israelenses judeus como colonizadores, representantes do poder de alguma metrópole que lá os mandou. Em sua maioria (e fora os que já moravam na região antes do Estado de Israel), vieram fugindo da perseguição que sofriam. Cerca de metade de sua população, aliás, é —ou descende— de judeus que foram expulsos de países árabes e do Irã e que morreriam caso tentassem “voltar” para suas terras de origem.

Enfatizar mais um lado ou outro —israelenses ou palestinos— é compreensível. Dito isso, há uma linha mínima de humanidade que, se violada, acaba com qualquer pretensão de justiça. O Hamas está em um nível diferente do Estado de Israel e da Autoridade Palestina. É uma organização cujo objetivo é o genocídio e cujo meio é o terrorismo. Deveria ser tratado igual ao Estado Islâmico —uma entidade espúria com a qual não cabe diálogo, apenas o combate sem trégua.

Se porventura o governo de Israel der uma guinada ainda mais extremista e mirar o extermínio do povo palestino, buscando aumentar e não reduzir as mortes de civis, daí sim será equivalente ao Hamas. Não é o que ocorre hoje. Essas distinções são importantes, pois mesmo na guerra existe o aceitável e o desumano.

Dentro do minimamente humano, quem negará que é justa a demanda dos israelenses por proteger seu país e não serem exterminados? E quem negará que também é justa a reivindicação de milhares de palestinos cujos ancestrais foram desalojados e que hoje vivem diversas formas de opressão?

Enquanto discutimos quem tem razão, chegam a nós os vídeos de meninas implorando por suas vidas em Israel e na Palestina. Vemos pais que perderam seus filhos, corpos de bebês e de idosos que não traziam perigo algum, judeus e árabes. Subitamente, todos os mitos e justificativas parecem tão pequenos, e mesmo as distinções morais parecem secundárias perto do imperativo de acabar com a tragédia.

Não há acordo possível, dizia Hobbes, sobre qual é o bem supremo. A condição humana é variável, bem como as culturas, as histórias e os temperamentos. Quanto ao mal supremo, contudo, aí sim há acordo. Ele está ali, nessas fotos e vídeos: o horror da morte violenta. Essa repulsa à morte generalizada pode e deve fazer arrefecer as crenças em mitos apocalípticos e ideais puros de justiça, em nome da única coisa que permitirá a vida: o compromisso pragmático. É nossa única esperança.

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Haikai

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Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, terça, 17 de outubro. Curitiba começa o dia com 34 bairros sem água. Cinco dias para o vestibular da UFPR. Dia de tirar as vacinas do atraso.

Racismo explícito

O autointitulado empresário Marcelo Francisco da Silva virou notícia em todos os veículos de imprensa de Curitiba no fim de semana. O motivo foi o chilique racista que ele teve num posto de combustíveis no Boqueirão: chamou o frentista de macaco, nordestino dos infernos e neguinho.

A reação foi muito maior do que em outros casos igualmente graves de racismo registrados pelo Plural. Há explicações. Primeiro, o vídeo é muito explícito e não há como negar o que aconteceu. Depois, o autor das ofensas deu azar de tudo vir à tona num fim de semana sem futebol, quando os sites estavam ávidos por uma notícia que desse cliques.

E assim o caso virou tema até na Câmara, onde apesar de tudo houve gente tentando dizer que Curitiba não é racista. Para o pastor Osias, trata-se apenas de um caso isolado. Osias, claro, é branco.

© Benett

Assembleia: Traiano pede cassação de Renato Freitas

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Elas

© Jan Saudek

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