Haiku

Poetry Ancient & Modern – An anthology compiled by Jackie Hardy. MQP – Published by MO Publications Ltd., 12 The Ivories, 6-8 Northampton Street, London, N1, 2HY.

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Édouard Louis relembra infância e adolescência ao lado da mãe

‘Lutas e Metamorfoses de uma Mulher’ traz honestidade transparente, sem firulas

Antes da existência dos celulares e antes mesmo do nascimento do filho, a mãe do autor francês Édouard Louis (a quem interessar, atualmente meu escritor favorito), então com 20 anos de idade, enquadrou seu rosto segurando uma máquina fotográfica ao contrário e fez o que hoje chamamos de selfie.

Na foto, ela aparece com a cabeça inclinada, sorrindo, “como se quisesse seduzir”. E tudo, segundo o autor, evoca liberdade e “uma infinidade de possibilidades à sua frente”.

Fascinado pela imagem, que retrata um tempo em que a mãe devia ter sido “forçosamente jovem e cheia de sonhos”, Louis contrasta, em um pungente e corajoso relato, o que aconteceu com a vida dela a partir de então. Poucos anos depois, estaria cheia de filhos, sem nenhum diploma e casada com um marido que ela detestava. Sem emprego, carteira de motorista ou amigos, o único sonho que aparentemente lhe restava, segundo o autor, “era voltar para trás”.

Olhar para o próprio passado, lembrando cenas terríveis e ternas da infância e da adolescência ao lado dessa mãe, é outro exercício proposto por Louis —ainda que o escritor saiba dos furos da sua investigação, castrada já de saída, e se pergunte: “Será que sou capaz de entender a vida dela se essa vida foi especificamente marcada por uma condição de mulher?”.

Como é de costume em todas as obras do autor, também neste “Lutas e Metamorfoses de uma Mulher” Louis situa o leitor na condição social de seu tempo e entorno (“ao contrário do que se possa imaginar, quanto maior a proximidade física, como no interior, mais rígidas são as fronteiras de classe”) e rememora anos de autoembate contra seus “trejeitos de menina” e toda a violência que sofreu advinda de tantos que o condenavam e o chamavam de anormal.

Édouard não queria que a mãe soubesse que, desde muito novo, ele já “conhecia o gosto da melancolia e do desespero” e diz que as primeiras páginas do livro poderiam se chamar “luta de um filho para não se tornar filho”. Conta ter se sentido vitorioso ao ouvir da mãe que a principal lembrança que ela tinha da infância do filho era a de um garoto que sorria o tempo todo.

Levando uma vida paupérrima com seus pais e irmãos, o autor relata quando pôde ter, graças ao empenho obsessivo da mãe e à ajuda de uma assistente social, férias nas montanhas. Antes de viajarem, a mãe soprou no ouvido do filho: “Enfim vou ser feliz”.

Mas Édouard não suportava as raríssimas vezes em que via a mãe assim, ouvindo música, assoviando, sorrindo e sendo feliz: “Era tão comum vê-la infeliz em casa, a felicidade em seu rosto me parecia um escândalo, uma enganação, uma mentira que era preciso desmascarar o mais rápido possível”.

A mãe falava sem parar, contando “histórias de famílias e vizinhos” a fim de preencher o tédio e “suportar o peso da sua existência”. Louis se lembra de reclamar bastante desse falatório, cortando-a sempre que podia, muitas vezes sem nem sequer ouvi-la. Hoje, justamente para lidar com esses anos em que a mãe sofreu tanto, é o autor quem precisa contar suas histórias.

Assim como Annie Ernaux em seu aclamado “O Lugar”, Louis sentiu a solidão e o não pertencimento logo que começou sua trajetória acadêmica: “aprendia novas palavras no liceu e essas palavras se tornavam o símbolo da minha nova vida” e, ainda, “a distância social tinha contaminado de tal modo nossa relação que você só me via como instrumento de uma agressão de classe, e essa situação quase me matou”.

Ele, embora tenha também se percebido em certa medida cruel e vingativo, “queria usar minha nova vida como uma vingança contra a minha infância”. Continue lendo

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Toots Hibbert

© Island Records

Toots In Memphis. Toots Hibbert é anterior à explosão do reggae, antes mesmo de Bob Marley. Essencialmente um cantor de blues, Toots foi o criador da expressão “reggae”, quando gravou em um EP a canção “Do The Reggae”. Criança, frequentava a igreja, onde fazia parte do coral.

Este CD da Mango (Island Records) produzido por Jim Dickinson, de 1988, inclui grande sucessos de Toots, aqui sem The Maytals. 1-I’ve got dreams to remember; 2-Knock on wood; 3-Love and happiness; 4-Love atack; 5-Hard to handle; 6-Love the rain; 7-It’s a shame; 8-Precious, precious; 9-Freedom Train e 10- See it my way. Toots Hibbert, vocals; Sly Dunbar, drums; Robbie Shaespeare, bass; Mikey Chung, guitar & Kaway eletric piano; Teenie Hodges, guitar; Eddie Hinton, guitar; Larry McDonald, percussion, Jim Dickinson, hammond m100 & roland d50; Andrew Love, alto & tenor saxophone solos; Joe Mulherin, trumpet; Jim Spake; saxophone; Gary Topper, baritone saxophone; William Brown, background vocals; Zabú, background vocals; Debra Hall, background vocals.

Dedicated to the memory of Joel Webber and the future of Mabon Hudges III and Hopeton Hibbert.

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Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, terça, 19 de setembro. Aniversário de Paulo Freire, que já foi visto como perigoso comunista, mas que hoje sabemos ser autor da frase: “Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas”.

Chega de Traiano?

Um dos mistérios da humanidade é saber como esse oceano de carisma chamado Ademare Traiano conseguiu se eleger cinco vezes consecutivas para a presidência da Assembleia Legislativa do Paraná. E ainda pode vir a sexta por aí.

O Supremo decidiu que as reeleições nas Assembleias são ilegais, mas agora tem uma discussão para saber se isso já vale para a próxima disputa ou se só na seguinte. Numa dessas Traiano consegue emplacar 12 anos seguidos no cargo.

Até agora, Xandão e Cármen Lúcia deram votos que proibiriam a permanência de Traiano. Mas só se forma maioria com seis ministros, então não tem nada decidido.

Curiosidade: se Traiano não puder, o novo presidente quase com certeza será Alexandre Curi, herdeiro de outro multipresidente, Aníbal Khoury.

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São Luiz do Purunã

O cartunista que vos digita, Tiago Recchia, Casto José Pereira, Francisco Camargo (Pancho) e Cristovão Tezza, em São Luiz do Purunã.  © Lina Faria

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© Jan Saudek

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Mural da História

Morte do generalíssimo Franco. Desenho de Jayme Leão, contracapa do jornal Scaps, outubro de 1975 — Curitiba.

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Tempo

Marcel Duchamp e Man Ray|Paris|1968. © Henri Cartier-Bresson

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As Novelhas, ontem

A Farsa – 19h50|Demóstenes recusa a pizza e é mal interpretado por Olívia, que se retira do velório. Olegário chega em casa e não encontra ninguém. Mora sozinho. O mistério aumenta quando descobre um bilhete em cima da cômoda. Não há cômoda na casa.

As prostitutas que haviam sequestrado Libório devolvem o corpo, mas sem a parte de baixo, atrapalhando as investigações. Jô Soares se desvencilha de um regime e é visto engordando numa churrascaria do Alto da Glória. Dias Gomes e Glória Magadan passeiam pelo Parque Barigui. Dalton Trevisan os observa. Ronnie Cord é abatido a sorvetadas pelo fã-clube de Orlando Alvarado. A policia é obrigada a intervir.

Veruska entrega o ouro para os bandidos. É ouro falso. Os bandidos são falsos. Veruska é falsa. A farsa prossegue. Costinha assiste a tudo, de longe.

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No filme

PhotoSight RussianGirls

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My Florence

© Art Shay

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Já foi pra Academia hoje?

absolut-ernaniErnani Buchmann. 

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Flagrantes da vida real

Segura no alicate que eu vou tirar a escada! © Maringas Maciel

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Teatro de Ocupação

Cansei de existir
Mas estudo, trabalho, luto para não
Repetir
A dose.
Morrer é passar de ano?

Luto para não me ferir
Mais do que me fere a existência
De ser
Um homem.
Viver é reparar dano?

Existo para inquirir
O nojo, o horror da vida, a cruz
Do medo
Da fome.
Escrever é baixar o pano?

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Mural da História – 2004

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