A Farsa – 19h50|Demóstenes recusa a pizza e é mal interpretado por Olívia, que se retira do velório. Olegário chega em casa e não encontra ninguém. Mora sozinho. O mistério aumenta quando descobre um bilhete em cima da cômoda. Não há cômoda na casa.
As prostitutas que haviam sequestrado Libório devolvem o corpo, mas sem a parte de baixo, atrapalhando as investigações. Jô Soares se desvencilha de um regime e é visto engordando numa churrascaria do Alto da Glória. Dias Gomes e Glória Magadan passeiam pelo Parque Barigui. Dalton Trevisan os observa. Ronnie Cord é abatido a sorvetadas pelo fã-clube de Orlando Alvarado. A policia é obrigada a intervir.
Veruska entrega o ouro para os bandidos. É ouro falso. Os bandidos são falsos. Veruska é falsa. A farsa prossegue. Costinha assiste a tudo, de longe.
Sanha persecutória sobre uso de palavras revela autoritarismo e ignorância sobre dinâmica linguística
A professora Jan Alyne, da Universidade Federal da Bahia, está sendo acusada de transfobia por ter dito que a aluna Liz Reis parecia estar “chateado”. Liz nasceu homem e se identifica como mulher, mas não possui marcadores visíveis do sexo feminino. Ademais, era a primeira vez que ia à aula da disciplina, que teve início um mês antes do episódio.
O termo transfobia designa medo, intolerância, rejeição, aversão, ódio ou discriminação contra pessoas transgêneros. Basta um mínimo de sensatez para perceber que o termo “chateado” direcionado a uma mulher trans está muito longe disso.
Trata-se de um dos graves problemas do movimento identitário, que se baseia na ideia de uma rede difusa de poder que age a partir de cada indivíduo por meio dos usos inconscientes da linguagem. Essa ideia de que a opressão está contida em toda interação, o que gera politização paranoica sobre cada faceta da vida, assume ares de religião puritana.
Cada palavra ou ato do cotidiano é ocasião para dar glórias a uma causa política e, também, para apontar o pecado dos hereges. O de Jan Alyne foi usar um adjetivo no masculino, o suficiente para que fiéis desencadeassem um processo inquisitório.
Entretanto o ambiente universitário não combina com dogmas. Alunos e professores precisam se sentir livres para se expressarem, sem medo de macularem a fé alheia.
Assim como no caso da demanda pelo pronome neutro, usa-se sempre o argumento de que a língua é viva, logo, mutável. Mas as mudanças ocorrem paulatinamente ao longo do tempo pelo trabalho de escritores e, principalmente, pela dinâmica popular, que consagra determinados termos e construções gramaticais através do uso disseminado.
Alterações na língua, portanto, não podem ser impostas goela abaixo. Caso contrário, trata-se de autoritarismo com laivos puritanos, e quem se diz defensor de liberdades individuais —como a sexual e a de gênero, por exemplo— não pode aceitar esse mecanismo persecutório sem cair em flagrante contradição.
Carlos Alberto Pessoa (Nego Pessoa) (1942-2017) – De Irati, onde nasceu, tornou-se um personagem de Curitiba. Foi cronista de jornais, revistas, rádios e TVs. Apaixonado por futebol, deixou diversas obras sobre o tema: era um apaixonado torcedor do Fluminense. Publicou também Modos & Modas e Travessas & Travessias, este último em parceria, sobre as ruas em que circulava a pé todos os dias.
Dezenas de autores, todos já falecidos, não demonstraram interesse em participar da Academia Paranaense de Letraspor diversos motivos: porque achavam que a entidade não os representava (por motivos estéticos, ideológicos ou por diferenças pessoais com acadêmicos), por proibição estatutária (caso da presença feminina), por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas. Sem esquecer que o limite de 40 membros sempre se mostrou um permanente limitador. Entre esses, selecionamos dezenas de nomes que fizeram parte da vida científica e cultural do Paraná, sem passar pela nossa instituição. Exceto Júlia Wanderley, autora de artigos e textos diversos, mas sem obra em volume, os demais tiveram livros publicados. Outros nomes podem ser sugeridos.
Um amigo conseguiu um Apotegma por preço bem razoável. Disse-me que já estava procurando faz tempo. Só havia encontrado Sofismas em liquidação, mas estavam com péssimo aspecto. Muito pior do que qualquer Estultice de primeira linha. Não há razão, ele me segredou, para que não se procure Sandices nestas feiras de roupas de inverno. Elas são fabricadas em cidades frias do Sul e, geralmente, se fazem acompanhar de Escólios, Apodos e Tergiversações. Nunca vi ninguém comprando tudo junto. É necessário que se examine os tecidos, os padrões, os estilos. Leviandades casam bem com Ponderações, embora alguns torçam o nariz. Acham que Subterfúgios cabem melhor na receita, mesmo não sabendo explicar.
Aí, justamente, se abre um leque de feelings: Hipérboles, Jactâncias, Preponderâncias, Postulações e, em menor grau, Suscetibilidades. Posso dizer que já fui grande consumidor de Sicofantismo e Tonitruações. A diferença é que vivia num clima temperado e a safra deles era sempre farta e com preço correto. Hoje prefiro Salamaleques em molho de Simulacros que, frise-se, não são muito fáceis de se obter. Acontece que refinei o paladar e os anos de estrada aconselham não tentar Tresvarios com Lisonjas, queijos, vinhos e mulheres. Sempre haverá alguém para nos lembrar do nível de Remoques em que chegamos. Teremos que engolir Blasonarias, Deambulatórios, Embelecadores, Garabulhas e Imiscibilidades. Melhor eu ficar falando de Pirilampos — insetos da ordem dos coleópteros que apresentam órgãos fosforescentes na parte inferior dos segmentos abdominais.
Ah, que belos nomes eles têm! Vaga-lume, caga-lume, caga-fogo, cudelume, luzecu, luze-luze, lampíride, lampírio, lumeeira, mosca-de-fogo, noctiluz, pirífora, salta-martin, uauá.
*Rui Werneck de Capistrano vai de bazófia e blasonarias
Orçamento duplamente secreto. Com articulação do general Braga Neto, o governo de Jair Bolsonaro usou ao menos R$ 1 bilhão do caixa do Ministério da Defesa, em 2021 e 2022, para irrigar o apoio de aliados no Congresso. Os parlamentares beneficiados direcionaram as verbas a seus redutos eleitorais por meio do Calha Norte, programa que faz repasses para obras de infraestrutura no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Braga Neto fez a gestão de um mecanismo que driblou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar o orçamento secreto, considerado inconstitucional. Entenda a manobra.
O senador Davi Alcolumbre, articulador do orçamento secreto, foi o maior beneficiado na lista que inclui 24 senadores e deputados do centrão. Segundo levantamento com base em uma tabela da Defesa à qual o UOL teve acesso via LAI (Lei de Acesso à Informação), Alcolumbre indicou R$ 264 milhões em verbas do Ministério da Defesa (26% do total) a seus redutos eleitorais. O senador afirmou que apoia os investimentos da pasta “segundo os critérios legais e transparentes”.
Queda de avião no Amazonas mata 14 pessoas. O piloto que comandava o avião que caiu em Barcelos, no Amazonas, no sábado (16), tinha grande experiência no trajeto e também no uso da aeronave. O relato é da irmã de Leandro Costa de Souza, a médica Leidiane Costa Nobles.
Piloto, copiloto e 12 passageiros morreram na queda, durante o pouso no aeroporto de Barcelos. Chovia muito na hora. Segundo Leidiane, o piloto somava mais de 6 mil horas de voo naquele tipo de aeronave, e fazia a rota várias vezes por mês.
Bandido e refém com filhos caem no choro. No centro do Rio, Adriana Correia, 41 anos, planeja voltar ao trabalho nesta semana após viver uma experiência traumática de sequestro em fábrica de resistências elétricas. Um grupo armado havia invadido um banco ali perto e, na fuga, um dos homens fez Adriana refém.
“Ele disse para eu não correr, que ele me matava. E os policiais pediam o tempo todo para ele me deixar sair. Eu senti como se eu fosse morrer, tive um pressentimento de morte, só pensava na minha filha de 13 anos, que poderia ficar sozinha se acontecesse algo comigo.” Segundo a Polícia Militar, três assaltantes foram presos. Leia aqui.
Bolsa Família chega hoje para as vítimas do ciclone. O governo federal abriu uma exceção e antecipou o pagamento do Bolsa Família para as milhares de vítimas de chuvas e inundações do Rio Grande do Sul. As famílias que são beneficiárias do auxílio em 97 cidades gaúchas atingidas pela catástrofe ambiental já podem movimentar os valores a partir desta segunda (18) pelo aplicativo do programa.
Nos demais estados, o calendário de pagamento do Bolsa Família começa hoje e segue até o dia 29, em cronograma de acordo com o NIS (Número de Identificação Social). O programa é composto por seis diferentes tipos de benefícios. Veja o calendário.
Museu no Rio muda a vida de apenados. O Museu Memorial Pretos Novos, no Rio de Janeiro, foi incluído pelo Tribunal de Justiça na lista dos locais que recebem apenados cumprindo serviços comunitários. Dez meses depois da decisão, percebe-se que este lugar especial, cercado de cultura e respeito, beneficia quem cumpre penas com novos conhecimentos e ferramentas para a vida.
Reportagem de Ecoa conta quatro histórias de ressocialização, entre elas a de Ana Paula, vendedora que faz ali mais horas do que as cinco combinadas, semanalmente. Porque ela gosta de estar no refúgio. Um jovem apenado achou que varreria a rua no museu, mas foi convidado para fazer um curso de arqueologia.
Tênis de mesa leva o Brasil às Olimpíadas. Em Cuba, jogando no Campeonato Pan-Americano, as equipes brasileiras de tênis de mesa masculino e feminino conquistaram no domingo (17) as vagas para os Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano.
No masculino, a fase final do torneio teve a participação de Brasil, Estados Unidos, Canadá e Chile. Na equipe feminina, a conquista das vagas foi sofrida, escreve Demétrio Vecchioli.
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