Fraga

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Fome de viver

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Músico e ouvinte

Autorretrato de Ricardo Silva, o Zé do Fole.

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Vida urbana

© Vivian Maier

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Darcie Dolce. © Zishy

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Experimente pensar só nisso: sai Ana Moser, entra Fufuca!

Lula comparou sua penúltima reforma ministerial a uma partida de futebol. “O técnico entra com um time em campo. No decorrer do jogo, dependendo da tática do adversário, ele vai mudando.” No Ministério dos Esportes, saiu Ana Moser. Entrou André Fufuca. Pense só nisso por um instante. Esqueça todo o resto.

O brasileiro já se habituou a ler ou ouvir frases como “o partido tal ganhou o ministério X”. Ou “a legenda de fulano levou a estatal Y”. São comentários tão frequentes que passam despercebidos. Mas experimente colocar a troca de uma medalhista olímpica por um zagueiro do centrão nas suas circunstâncias.

Pense na conversa em que Janja deve ter feito ponderações a Lula, na intimidade do Alvorada: “Quem sabe na Ana Moser a gente não mexe! Pode pegar mal junto às mulheres.” Lula deve ter toureado a primeira-dama com a mesma lábia que usou na live de terça-feira.

“É sempre muito difícil você chamar alguém para dizer que vai precisar de um ministério porque fiz acordo com partido político, mas essa é a política”, declarou Lula. Foi como se desejasse realçar, com outras palavras, uma expressão repetida desde a chegada das caravelas: “É normal!.”

Antes da escalação de Fufuca para a vaga de Ana Moser, o PP travou com o Planalto uma controvérsia sobre o peso da substituição em moedas. Muito ou pouco? Pouquíssimo, avaliou o partido, arrastando para a caixa registradora dos Esportes a coleta que virá da futura tributação dos games. Coisa de R$ 12 bilhões por ano.

Além do tributo, virão as emendas orçamentárias que os parlamentares do centrão planejam enfiar dentro das arcas do ministério. A conquista política se converte rapidamente em ganho financeiro. Conviria perguntar: O dinheiro será aplicado tendo em vista os benefícios eleitorais que pode render ao partido? Serão premiados os apaniguados? Deseja-se roubar?

Embora sejam incontornáveis, as indagações são apenas sussurradas. Nem os jornalistas se arriscam a perguntar em voz alta. Todos têm medo de parecer ingênuos. Nada é tratado como anormal, exceto a impressão de que “nada” já se tornou um vocábulo que ultrapassa “tudo”.

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O mundo não começou quando você nasceu

As frases feitas podem até mesmo ser interessantes em alguns casos, mas não é raro que escondam uma visão simplista do mundo. No mundo pré-Facebook, acontecia de alguém comentar a respeito de um livro ou artigo de jornal e perguntar se os que participavam do papo haviam lido.

Como se vê, era um mundo diferente. As pessoas participavam de papos ao ar livre, geralmente em calçadas, sendo que algumas delas liam livros e os colocavam em discussão com os amigos. Mas sempre havia na roda um tipo posudo, metido a leitor, que, enquanto os demais respondiam se haviam lido ou não, se emplumava e dizia: – Já vi, sim. Já viu? Como assim? eu perguntava, pois já nessa época eu era dado a perguntas impertinentes.

Ocorre que o tipo não aceitava dizer que não lera, mas também não podia se comprometer dizendo que lera, pois poderia se ver desafiado a falar sobre o livro. Então, despistava. E, como era comum na época, acendia um cigarro e jogava a fumaça para o alto, desfazendo da conversa.

Hoje, lamento informar, a coisa continua a mesma, apesar das diferenças de época. É o caso do famigerado “curtir” que acompanha textos e fotos no Facebook. Foi postado, por exemplo, um texto ou um comentário sobre um livro, discutindo tal assunto, e lá está o ícone salvador: curti. Basta aproximar o mouse e clicar. Pronto, curtiu. Não leu, é claro, embora alguns leiam. Não tem nada a acrescentar, mas faz de conta que está por dentro. Portanto, viu.

Sei de sujeitos que colecionam curtidas. Dizem:- Meu post recebeu tantas curtidas. E dizem isso com orgulho evidente. No mundo da rede é comum encontrarmos sites que tiveram curtidas na casa dos milhares e milhões. Claro, normalmente a respeito de bobagens. Questões mais sérias ou textos mais robustos não merecem tantas curtidas.

Assim segue o mundo. Dizem que Marx – o Karl, não o Groucho – ao ler as tragédias gregas, se surpreendeu com o fato de que, dois mil anos depois, tendo sido escritas em uma sociedade com estrutura e organização social completamente diferentes, ainda fossem inteligíveis, ainda sábias, ainda divertidas, capazes de nos comover, de nos levar ao riso ou ao choro.

Embora suas próprias teorias o impedissem de achar uma resposta, Marx humildemente reconhecia valor e sensibilidade rara nos escritores da Grécia clássica. Já os habitantes do século XXI, internautas entre eles, descartam a questão e fulminam o passado: – Isso não é do meu tempo.
Trata-se de uma ignorância bestial. Para essas criaturas, o mundo iniciou no dia em que elas nasceram.

É por isso que para elas basta curtir. Por exemplo: o sujeito curte uma foto – mas a foto é de um incêndio ocorrido em Portugal ou de um vulcão que explodiu na Guatemala. Isso significaria que curtiu o incêndio devastador, a desgraça havida, a arte do fotógrafo, ou apenas deixou um recado: “estive aqui”? Creio que se trata do último caso. A ligeireza com que os olhos sobrevoam fotos e textos na internet, misturando datas e nomes ou aproximando ideias e conceitos irreconciliáveis como se fizessem parte da mesma lógica, é espantosa.

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Belém (Alagoas)

© Ricardo Silva

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  © Jan Saudek

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Mural da História – 2009

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Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 1927 – Recife 2014)  © Jorge Bispo

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Mea maxima culpa

O ministro Dias Toffoli não conseguiu que Lula nomeasse seu antigo assessor, candidato a ministro do STJ. Mesmo depois de absolver Lula. De nada adiantou o investimento a fundo perdido de anular provas e chamar de ‘armação’ a prisão do então ex-presidente, de quem foi ministro chefe da AGU e que o nomeou para o STF. O sapo barbudo tem entalado na garganta o ministro que lhe negou a ida ao enterro do irmão. Toffoli não tem traquejo para pedir perdão. Tentou fazê-lo em cerimônia oficial, quando puxou Lula de lado para o mea culpa. Lula o descartou com um lacônico “depois a gente fala disso”. Até hoje não falaram. O perdão vaga no éter Praça dos Três Poderes.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Após grandes fortunas, governo tributa grandes infortúnios

Primeira ação é taxar qualquer super-rico que faça comparação descabida com o nazismo

Uma medida provisória anunciada no início da semana prevê a taxação dos chamados “super-ricos“.

São fundos exclusivos, com investimentos de, no mínimo, R$ 10 milhões, taxas de manutenção altíssimas e impostos baixíssimos.

Apenas 2.500 brasileiros têm recursos aplicados nesses fundos. Quando ouvimos que uma festa reuniu o PIB do país, não é exagero. Mesmo porque os super-ricos andam juntos.

Parece evidente que quem tem muito dinheiro deve pagar impostos como nós, cidadãos comuns; mas muitos tentam defender o indefensável.

O empresário João Camargo, presidente da Esfera Brasil —que promove encontros entre empresários e políticos— diz, em artigo nesta Folha, que o brasileiro com patrimônio deve ser admirado e protegido por suas conquistas e por gerar empregos.

Outro investidor comparou o fim das brechas de tributação dos fundos exclusivos ao holocausto (!). Com os protestos dos endinheirados, o governo, em vez de afrouxar os impostos, decidiu tributar ainda mais.

Após a taxação das grandes fortunas, vai taxar tudo o que incomoda os brasileiros. É a tributação sobre grandes infortúnios.

A primeira medida será tributar qualquer super-rico que faça comparação descabida ao nazismo. Também vai cobrar imposto de lobista de milionário fajuto que diz que super-ricos devem ser recompensados.

Mas a tributação não será restrita aos ricos. Qualquer cidadão que mandar mensagem de áudio de mais de dois minutos será taxado. Áudios de dois segundos com “sim” e “ok” também serão tributados.

Também pagará impostos qualquer estabelecimento que se defina como “instagramável”. Assim como eventos que usam o termo “vivência”, como “vivência de dança”, “vivência de bebês” e “vivência do sagrado feminino”.

Churrasqueiros que furam a linguiça com garfo, salgam a carne antes do tempo e recheiam picanha com queijo serão punidos com altas tributações.

Também serão taxados banhistas que levam caixa de som para a praia, profissionais que chamam mãe de “mãezinha”, supermercado que toca MPB sussurrada, Dinner in the Sky, quem fala “eu pago meus impostos”, racistas que falam “eu não sou racista, mas…” e obituários de jornal.

Por último, será tributado o super-rico que disser coisas como “eu pago todos os meus impostos”, “eu gero empregos” e “se sou rico é porque eu mereci”.

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