Playboy – Anos 50

Joan Staley. Foto sem crédito

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Solda

Do blog do Fábio Campana

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Meu tipo inesquecível

Amy Winehouse, Adegão. Foto Grosby Group

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Cores e flores no Alto da XV

“A Casa está aberta e os vasos estão floridos” é o nome da exposição individual da artista plástica Josi Forbeci que acontece a partir de hoje, dia 23, às 19 horas, no espaço cultural Original Beto Batata (R. Professor Brandão, 678 – Alto da XV). Na ocasião serão apresentadas ao público dez obras, em diversos tamanhos, nas técnicas de óleo sobre papel e óleo sobre tela, que traz as flores como tema predominante. Os trabalhos, de várias fases da artista, estabelecem um pequeno painel cronológico de sua produção desde 1998 até hoje.

Josi Forbeci formou-se em pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Nos últimos anos seus trabalhos em tela retratam ambientes imaginários da cultura popular brasileira observando padrões têxteis. Existe um espaço tridimensional (paredes e chão) como o fragmento de uma casinha de madeira singela perdida em algum canto da memória. Os espaços são preenchidos com estampas, cores, vasos de flores, janelas, quadros e retratos numa criação de padrões de tecidos.

Sua abordagem do tema nos leva a espaços oníricos, construídos com o uso de estampas e padronagens inspirados na experiência da própria artista, além de elementos recorrentes como vasos e janelas. A cor, não tem compromisso com efeitos de luz e sombra ou perspectiva. E esta é a principal característica da própria artista: o uso de espaço capaz de criar uma sensação agradável ao observador.

Atualmente a artista une duas vertentes pesquisando moda e arte onde em paralelo com a pintura desenvolve desenho de estamparias em tecido e confecciona bolsas artesanais para as quais transfere toda sua arte e criatividade.

O restaurateur Robert Amorim, o Beto Batata, conta que essa exposição vem ao encontro da linguagem que seu Espaço Cultural tem oferecido aos artistas do Paraná. “Eles sabem que aqui existe um porto seguro para a música e as artes plásticas”.

Serviço: Exposição de pinturas A Casa está aberta e os vasos estão floridos de Josi Forbeci. Abertura hoje, dia 23, às 19 horas no Espaço Cultural Beto Batata (R. Professor Brandão, 678 – Alto da XV ). Horário de visitação: de terça a domingo, das 19 às 24 horas. Entrada franca. A mostra permanece até o 21 de setembro.


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Os Irmãos Brothers

Zé Beto e Zé do Fole.

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A primeira vez que eu me lembro de estar dentro de um cinema foi no Rio de Janeiro, com seis anos, talvez, assistindo Meu Tio (Mon Oncle) de Jacques Tati. Uma experiência constantemente revisitada na minha memória. Voluntáriamente, lembro-me da madeira dos braços da cadeira onde sentei, um pouco à direita e a frente do cinema. Lembro da cópia também, um pouco azulada e cinza. Estar ali, levado pela mão de minha mãe, percebendo o assimilável àquele estágio de minha vida mas, ainda assim, sendo conquistado para sempre é, definitivamente, uma das histórias mais importantes da minha vida.

Você pode imaginar a minha excitação infantil quando ao caminhar entre o 10˚ e o 12˚ arrondissement de Paris, ao longo do Canal de Saint-Martin, vindo de uma outra visita cinematográfica ao bar do Hôtel Du Nord, cheguei na cinemateca francesa e entrei na exposição Deux Temps Trois Mouvements sobre a obra de Jacques Tati: Cenários, objetos usados pelo personagem Monsieur Hulot, impressões visuais e sonoras de seus filmes, desenhos originais de Pierre Etaix, instalações inspiradas em suas obras, entrevistas com personalidades influenciadas pelo cinema de Tati, como Michel Gondry, David Lynch, Wes Anderson, Jean-Claude Carriere entre outros. Lá estavam expostos o peixe-chafariz do jardim da casa da família Arpel de Mon Oncle, a bicicleta!, o célebre cachimbo, o guarda chuva e o sobretudo de Sr. Hulot, a raquete de tênis de suas férias, partes dos cenários e dos objetos construídos para o filme Playtime batizados “Tativille”: os chapéus decorados, o painel de controle e interfone, a poltrona sonora, o sinal de neon da entrada do restaurante.

Ainda nessa exposição consegui minha cópia de “Tati Sonorama!”: uma completa coleção das trilhas sonoras dos filmes de Jacques Tati. Existem outras três edições, mas nenhuma completa e remasterizada a partir das fitas originais. A edição limitada de Sonorama! ainda contém uma seleção dos clássicos efeitos sonoros de seus filmes (trânsito, cães latindo, crianças brincando, aeroportos, repartições) e um encarte cuidadosamente compilado, repleto de informações sobre os fabulosos criadores dessas trilhas. Textos sobre Francis Lemarque (criador da brilhante trilha do filme Playtime) e do polonês Alain Romans (Mon Oncle e Les Vacances de Monsieur Hulot), parceiro de Django Reinhardt e Josephine Baker.

Os filmes de Jacques Tati são frutos de uma profunda análise das questões do mundo moderno ocidental. A indústria, a arquitetura, o design, a moda, a tecnologia, a superficialidade das relações sociais; nada fugiu da observação cômica do mestre francês. Jacques Tatischeff era filho de pai Russo. Ganhou certa notoriedade trabalhando como clown em cabarés de Paris no final da década de 30 e durante a guerra. Seu primeiro filme Jour de Fête ainda não apresentava o seu mais famoso personagem. A partir de Les Vacances de Monsieur Hulot (As Férias do Sr. Hulot), filme de 1953, Tati edificou uma história clássica construída com um repertório de poucos filmes. Nestes filmes, poucos diálogos e muitas gags visuais e sonoras, elaboradas com muito virtuosismo e emoção.

Tati gastou quase uma década para filmar, em 70mm, o seu projeto mais ambicioso: Playtime. Gastou também suas economias e boa parte de sua saúde. Truffaut definiu Playtime como um filme de outro planeta. O fracasso comercial desta obra-prima quebrou financeiramente Jacques Tati e o levou a uma profunda depressão que o acompanhou até sua morte no início da década de 80. Tati ainda realizou mais dois filmes. Entre eles, o não menos genial, Traffic. Antes deste, planejou uma colaboração com os irmãos Mael da banda Sparks, brilhantes criadores dos discos Kimono My House e Propaganda. A ficção futurista chamaria Confusion, mas não foi realizada. Sylvain Chomet, criador de As Bicicletas de Belleville, lançou em 2010 o filme de animação O Ilusionista, baseado em um roteiro não produzido por Tati, escrito no auge de sua força no período entre Mon Oncle e Playtime. O polêmico roteiro é aparentemente dedicado à sua primeira filha, abandonada durante a segunda guerra, embora a nova produção não admita isto.

No início do ano passado, recebi uma ligação comovida de Daniela Thomas que acabara de ver a restauração da cópia de 70mm de Playtime no Festival de Berlim de Cinema. Mais de quarenta anos depois, o festival justificava, intelectualmente, a condição de Jacques Tati de ver sua obra-prima projetada por equipamentos 70mm (Tati não gostava de planos fechados), parte do motivo de sua ruina. Foi ele também que educou nossos sentidos para as suas cores. O preto, o branco, o verde acizentado, o castor, a madeira, o eventual vermelho e aquele azul impossível que vi na tela, naquele dia, em Mon Oncle.

Felipe Hirsch (O Globo)

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Poluicéia Desvairada!

Punhos cerrados em frente à Praça Buenos Aires. Foto de Lee Swain

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A propósito do aniversário do amigo Solda

No estúdio de um fotógrafo japonês que havia em Itararé, 1953, por aí.

Há algum tempo fui ver uma exposição na OCA em São Paulo, uma retrospectiva de Picasso. A exposição era em ordem cronológica, isto é, começava com um quadro que ele pintou aos 14 anos – um bispo em sua vestimenta púrpura. Obra academicamente perfeita e acabada. Já mostrava a genialidade que viria. A exposição, muito bem montada, apresentava as diferentes fases do artista e as suas inclusões na cerâmica, no ferro, em esculturas, papel e colagem. Terminava de modo maravilhoso quase que desconstruindo a sua arte.

Recentemente, visitei uma exposição muito bem montada sobre os cartuns do Solda, na Sociedade Duque de Caxias. A sensação foi a mesma, pois ambos os artistas mostraram a coerência das suas vidas e, dentro dessas vivências, a qualidade incontestável dos seus traços e inteligência. Ver o conjunto do trabalho do cartunista reforçou-me a frase de outro mestre, o Akira Kurosawa: “Todo artista deve ser intransigente com a sua arte”.

O nosso amigo Solda sempre foi assim. Não se dobrou a modismos e às exigências da publicidade e do marketing e graças a esse proceder foi ao longo do tempo refinando o traço, a picardia e lapidando a sua já apurada ironia. Solda faz aniversário hoje, que faça sempre muitos aniversários, que nos brinde cada vez mais com suas frases, desenhos e seu refinado senso de humor. Solda, é muito bom tê-lo como amigo.

Eloi Zanetti

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Terezona: revista digital e colaborativa

Thiago E/Validuaté na Terezona: poesia e música também são destaques

“Um revistaço que esbanja idéias sem desperdiçar papel. Uma iniciativa cultural sem fins lucrativos, só criativos”. Essa definição feita por Fraga – um dos colaboradores da publicação – resume bem o espírito da Terezona, uma revista digital, grátis, publicada somente na internet. É o que diz Pecê Lopes, jornalista que divide a realização da revista com o músico e publicitário Mirton de Paula. O jornalista acrescenta que o “grande frasista Fraga entendeu muito bem o objetivo da revista, assim como os inúmeros colaboradores que enviaram poemas, artigos, fotografias e muita arte para a primeira edição”.

Sobre o caráter colaborativo da revista, os realizadores reforçam que essa é uma das grandes características da Terezona. São colaborações enviadas de várias cidades, estados, e até de fora do país. E é isso que faz da revista uma edição com caráter mundial. Sobre esses parceiros, o idealizador da revista, Mirton de Paula, disse: “para o primeiro número, escolhi  Pecê pela experiência em cultura e o teor jornalístico para a desenvolver a parceria do projeto. As colaborações posteriores vieram de forma espontânea e a gente foi moldando a revista”.

E nesse molde entrou artes plásticas, ilustrações, poemas, música, cinema, culinária, artigos e muita arte de colaboradores de Teresina, São Luiz, São Paulo, Curitiba, Chicago e até da Rússia. Diversidade que agradou, pois a Terezona colecionou elogios nas redes sociais. Essa boa recepção foi comentada por Mirton de Paula. “Uma grata e bela surpresa. Quase um viral. Muita gente entendendo a proposta. Como a revista foi focada pra internet, as imagens devem falar mais alto primeiro, então, o primeiro ponto pensado foi esse. Segundo, um texto com uma tipografia que proporcionasse leitura simples e direta em todas as plataformas (de netbooks a super monitores de ‘X’ polegadas). As pessoas estão respondendo à altura e é isso que interessa. A revista, como todo conteúdo dela, foi feita pra ser compartilhada. E tem sido assim desde a sua publicação”, diz Mirton.

Ele finaliza agradecendo “a todos  essa ‘quebra do mito’ que só notícia ruim que se espalha rápido, a Terezona é um exemplo de bom conteúdo que tem se espalhado muito rápido, pelo Brasil e pelos brasileiros no exterior também. E acho que somos a 1º revista gratuita e exclusivamente digital do Piauí. Menos papel e tinta na natureza e mais acesso cultural a todos”. TereZona

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Playboy – Anos 60

Suzan Denberg. Foto sem crédito

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Solda

Do blog do Fábio Campana

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Chopnchange_041

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Cyrk

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55

Dani, será que conseguiremos o impossível de novo?

(…) a cidade era muito pobre naquele tempo, não me lembro bem por quê, mas nos jornais dizia-se que estava falida. O prefeito era um velho judeu simpático e desleixado cuja maior conquista foi escrever nas placas da 5th Ave “Don’t even think of parking here”. Os homeless eram os donos das calçadas e dos sinais de trânsito, com suas águas sujas, lavando vidros for a quarter. Num incêndio uma vez, no dormitório dos mendigos na East 3rd St., vi saírem mendigos que não viam a luz do dia há uma década, praticamente homens da caverna, nus, enrolados em cobertores fétidos… A violência comia solta. Vi um homem ser esfaqueado na barriga a um metro de mim. Vi também a polícia chegar para acudi-lo antes mesmo que eu pudesse piscar. Os poloneses e ucranianos dominavam a paisagem e eram donos de todos os apartamentos da vizinhança.

Basquiat e Haring grafitavam os prédios dos vizinhos, os meninos do Bronx faziam demonstrações de break dance na Washington Sq., o Spalding se apresentava em teatros esquálidos, o Serra destruía a galeria do Leo Castelli com suas esculturas monumentais, eu comia no food do Matta-Clark sem mesmo saber que era dele. E apesar de viver sempre com muito medo do dia seguinte: dura, eu sorvia a cidade. Fiquei tempo suficiente para ver as ondas de dinheiro transformarem o espaço físico e humano das vizinhanças: a destruição do Soho e do West Village, a reconstrução do Upper West Side, com a expulsão dos porto-riquenhos que tinham feito do bairro seu feudo por quase 30 anos, e o início da gentrificação do próprio East Village: o fim dos coffee shops dos gregos, substituídos por Starbucks. Mas tenho imensa fé em Nova York, que acredito ser o torso de um dinossauro adormecido, e as ondas vêm e vão, o dinheiro tenta desfigurá-la com avidez, mas ela lhe escapa pelas bordas…or so I dream. bjs, Dani

Vi “Pull my daisy” nesses dias. Eu e a Mariana. Temos lido muito sobre Kerouac e Ginsberg depois que ela me mandou uma foto linda (a mais linda que já vi ) do Francis Bacon abraçado com o Burroughs andando por Londres. Adorei saber que você leu por lá, quando saiu “Just kids”. O livro de fotos da Judy Linn é demais. Ontem, ouvindo Cohen percebi uma frase que nunca havia notado: “There is a crack in everything, that’s how the light gets in”.

Como você sabe também muito bem, eu ADORO ser sua parceira e acho que juntos a gente arrebenta. Espero que ainda venhamos a explodir muitos palcos e telas por aí.

Dani, será que conseguiremos o impossível de novo?

Você é minha querida, amada, parceira. A mulher mais corajosa do oeste. Essa tempestade não é nada na rota da nossa longa viagem.

Tenho descansado bastante, conversado com meus filhos, olhando nos olhos deles, prestando atenção. Coisa que não fazia há muito tempo.

Mas à noite sonho intensamente com as filmagens. Especialmente com uma cena em que eu/a câmera nos movimentamos na superfície de um lago escuro. Saudades

Então… são 3 da tarde e o dia virou noite e uma tempestade de raios tomou conta da cidade. eu poderia estar no avião, voltando para São Paulo.

Seremos sempre capazes de reverter expectativas? Dar sentido ao verbo experimentar? Fizemos 20 espetáculos juntos. Em todos, a preocupação conceitual, o desenvolvimento da ideia, a busca da forma e da linguagem. Adoecemos quando sentimos no ar qualquer traço de afrouxamento da dignidade artística.

Hoje, quando acabei de assistir à cabine de “Insolação”, me encolhi no chão e chorei por 5 minutos, de tanta emoção. Dani

Você está acordado?

ATENDE O TELEFONE!!!!!!

Nosso hotel em Veneza me lembrou uma frase do meu amigo Fabio Cardoso: “Um dia eu almoço no Mássimo, outro dia no máximo eu almoço”.

A cena fica assim, Dani

Você acha que não vai esquecer? Mas, vai…

Aí, você vai encontrar um papel, e vai pensar:

Qual foi o sentido daquilo? Você vai conhecer outra pessoa,

Não vai dar certo.

Você vai perceber — perto do fim — que um certo tipo de tênis está de volta.

O mundo vai parecer menor do que nunca,

O amor imenso.

Fui na Pina ontem. “Cafe Mueller” não envelheceu um dia sequer. Ainda é a coisa mais poderosa feita num palco desde que foi feita pela primeira vez. Eu estava tomada de emoção.

(…) no gala opening da season do Met, no final da ópera, os cantores foram ovacionados. Entram no palco os criadores: são unissonamente vaiados. O público ilustrado, embecado, enjoalhado de Nova York vaiou por dez minutos RICHARD PEDUZZI!!!!!!!!!!! Meu ídolo máximo. Estamos, meu querido, definitivamente, irremediavelmente fudidos. beijo, Dani

“Rigoletto” estreia dia 12 no Theatro Municipal de São Paulo. Estou reensaiando a Fernanda. Conversamos nos intervalos sobre tantas coisas. Nosso tempo juntos não é o bastante. Hoje só ensaiamos falar sobre McLuhan. Daniela Thomas, ou está em Pequim ou já voltou, eu não sei. Recentemente liguei pra ela e combinamos nosso segundo filme. Um dia ele acontece. Antes disso viajo pela Califórnia por dois meses. Não conheço a City Lights Bookstore. Quero ver onde o uivo de Ginsberg foi dado.

Felipe Hirsch (O Globo)

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