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Flagrantes da vida real
Beto Bruel, José Basso, Plinio Taques e o cartunista que vos digita, no Teatro José Maria Santos, na Mostra Fátima Ortiz. © Maringas Maciel
Bom dia, do Plural Curitiba
©Dico Kremer
Hoje, quinta, 24 de agosto. Dia do suicídio de Getulio. Aniversário de 79 anos de Paulo Leminski. Slimani começa a salvar o Coxa.
Quero que pobre se exploda
Justo Verissimo era um personagem icônico do velho Chico Anysio. Era um político que nos bastidores se permitia falar com toda clareza o que ele pensava de seus eleitores. “De pobre eu quero é só o voto. Quero mais é que o pobre se exploda.” Lógico que é uma caricatura. Jamais você ia encontrar um prefeito que, em público, admitisse que sente horror a cheiro de pobre, não é mesmo? Opa, pera… Parece que teve isso sim. Mas então, justamente na prefeitura de Greca a presidente da FAS foi pega mandando usarem a Guarda Municipal para tirarem pobre da rua. Porque, segundo ela, francamente, aquilo ali estava um horror…
O áudio de Maria Alice Erthal publicado pelo Plural, num lugar sério, causaria demissão imediata da presidente da FAS e uma retratação do prefeito. Faça a si mesmo um favor e leia a reportagem da Angieli Maros aqui.
Restaure-se a parentalidade
Durante a anarquia Bolsonaro, o filho 02, Carluxo, sem cargo no Planalto, abria a porta do gabinete ou da sala de reuniões e interrompia conversas do presidente com ministros e gritava: “Pai, depois quero falar com você” (nada republicano, do vocativo à conclusão). Agora, nos tribunais em geral, a partir da decisão do STF sobre parentes de ministros advogando nos tribunais em geral e STF em particular, filhos, sobrinhos, irmãos, cunhados advogados não irão endereçar suas petições ao ‘exmo. sr. magistrado’. Será ao ‘querido tio, pai, mano.
Apesar do corridão no golpismo bolsonarista, o STF, na arrogância do poder que se põe acima da crítica, opta restaurar a parentalidade. Ao lixo os sociólogos como Raymundo Faoro que apontam o patrimonialismo como uma de nossas maiores deformações institucionais. Não há como vencer algo que nasceu no Descobrimento, consolidou-se no império e pereniza-se na república. Ainda que sob a desculpa de uma transparência que não se restaura por decreto, o STF consolida o patrimonialismo com os advogados parentes dos ministros.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Tempo – 1998
Solda: em Florianópolis, a artista plástica Andréa Ramos e o jornalista, escritor e poeta Fernando Alexandre, 1998. Leila Pugnaloni, que também fez a foto.
O STF não é mais aquele
Aprendi na faculdade de Direito que decisão judicial não se discute; cumpre-se. A vida, porém, ensinou-me que uma decisão judicial deve, sim, ser cumprida, mas pode ser também discutida. Nos autos do processo ou fora deles. Afinal, como instituição pública, o Poder Judiciário está sujeito, como todas as demais, a críticas e polêmicas.
Aprendi, também, que ao Supremo Tribunal Federal, a mais elevada corte de Justiça do país, cabe defender a Constituição Federal e julgar questões de constitucionalidade e inconstitucionalidade, em última instância de julgamento. É o consta da Constituição Federal da República.
No entanto, como, segundo o ex-ministro Marco Aurélio de Mello, do próprio STF, vivemos tempos estranhos, às vezes, tenho me surpreendido com decisões do chamado excelso pretório, que, de um tempo para cá, passou a legislar, usar poder de polícia e ditar regras de comportamento. Além de proferir decisões no mínimo controversas.
A mais recente delas, ao liberar juízes para atuarem em causas de escritórios de parentes, foi de doer. Quer dizer, aquilo que já acontecia na surdina, por debaixo dos panos, passou a ser oficialmente permitido. Um absurdo! Segundo se anuncia, a questão foi levada ao STF pela Associação dos Magistrados Brasileiros para quem o veto feria o princípio da proporcionalidade. Votaram pela mudança da regra os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Kássio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Não por acaso, Zanin tem a mulher advogada, com quem dividia, até bem pouco tempo, o escritório; outros têm também a mulher ou filhos na advocacia. Casos de Gilmar, Toffoli, Moraes, Fux, Luís Barroso e Edson Facchin. Votaram contra Barroso, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Edson Facchin.
A AMB alega que a vedação estabelecida pelo Código de Processo Civil “peca” por falta de razoabilidade ou de proporcionalidade ao exigir dos magistrados “uma conduta impossível de ser observada”.
Então, em nome da razoabilidade e da proporcionalidade, os magistrados passam a atropelar outros princípios constitucionais, como o da moralidade, da imparcialidade e da impessoalidade, e incentivam o tráfico de influência no âmbito processual. Coisa de dar arrepio.
Vale registrar que tanto a Procuradoria Geral da República quanto a Advocacia-Geral da União manifestaram-se pela constitucionalidade do dispositivo. O ministro Edson Facchin, relator da ação, já votara, em 2020, pela constitucionalidade, juntamente com Rosa Weber, Cármen Lúcia e Barroso, este com exceções.
O processo, aliás, começou a tramitar no STF em 2018 e o julgamento chegou a ser iniciado em 2020. Mas aí, um significativo pedido de vista – por quem?!. Claro, por Gilmar Mendes, interrompeu a tramitação. E levou três anos para “melhor estudo”…
Que mais dizer? Talvez que a Suprema Corte que, oficialmente, continua sendo a guardiã da Constituição, com a alta responsabilidade de garantir a autoridade da norma constitucional em todo o país e dar a última palavra em matéria de interpretação dos princípios e regras estatuídas pela Carta Magna, não é mais aquela – como tanta coisa neste país.
Nem por isso, no entanto, deve fechar as portas e encerrar as suas atividades, como sonha o bolsonarismo e os seus aloprados criminosos tentaram fazer em 8 de janeiro.
Publicado em Célio Heitor Guimarães
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Mural da História – 2014
Teresina, novembro
Publicado em Sem categoria
Com a tag Cada Louco é Um Exército, soy loco por teresina, tempo
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Plakat
Sára Saudková – Fotografie. Malá galerie Chodovské tvrze.
Flagrantes da vida real
Salvador Calvo Barbeta, em rápidas pinceladas. © Maringas Maciel