Wassef diz nunca ter vendido joias: “Total armação”

Segundo a PF, o advogado da família Bolsonaro teria recomprado Rolex em março, após caso chegar ao TCU

Alvo da Operação Lucas 12:2, na sexta-feira (11), o advogado Frederick Wassef (foto) negou que tenha participado do esquema de venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Jair Bolsonaro. Em nota, Wassef afirmou estar “sofrendo uma campanha de Fake News e mentiras de todos os tipos”.

“Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isto é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação”, acrescentou.

Segundo a Polícia Federal, o advogado recomprou o Rolex saudita vendido ilegalmente por assessores de Bolsonaro após o caso das joias sauditas chegar ao Tribunal de Contas da União.

Wassef, que representa a família Bolsonaro, teria recuperado a joia nos Estados Unidos em 14 de março, segundo as investigações.

Naquela época, o TCU já havia determinado o congelamento das joias do segundo pacote. A defesa de Bolsonaro prometeu devolver esse kit no dia 13.

A operação de sexta integra o inquérito da milícias digitais e foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Dentre os alvos, além de Wassef e Mauro Cid, está o general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens, e o tenente Osmar Crivelatti, outro assessor de Bolsonaro.

Leia a íntegra da nota de Wassef:

“Como advogado de Jair Messias Bolsonaro, venho informar que, uma vez mais, estou sofrendo uma campanha de Fake News e mentiras de todos os tipos, além de informações contraditórias e fora de contexto. Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isto é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação.

A primeira vez que tomei conhecimento da existência das joias foi no início deste ano de 2023 pela imprensa, quando liguei para Jair Bolsonaro e ele me autorizou como seu advogado a dar entrevistas e fazer uma nota à imprensa. Antes disso, jamais soube da existência de joias ou quaisquer outros presentes recebidos. Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, e nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta ou indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda.

A Polícia Federal efetuou busca em minha residência no Morumbi em SP e não encontrou nada de irregular ou ilegal não tendo apreendido nenhum objeto, joias ou dinheiro. Fui exposto em toda televisão com graves mentiras e calúnias.”

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Antagonista. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.