Beleléu

Itamar Assumpção (1949 – 2003)Francisco José Itamar de Assumpção nasceu em Tietê (SP) e faleceu em São Paulo. Foi ator, compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical. Viveu por muitos anos em Arapongas, no Norte do Paraná, e começou sua carreira artística em Londrina, nos anos 1970, como ator de teatro e como parceiro de Arrigo Barnabé, na música. Destacou-se na cena independente e alternativa de São Paulo nos anos 1980 e 1990.

Dezenas de autores, todos já falecidos, não demonstraram interesse em participar da Academia Paranaense de Letras, por diversos motivos: porque achavam que a entidade não os representava (por motivos estéticos, ideológicos ou por diferenças pessoais com acadêmicos), por proibição estatutária (caso da presença feminina), por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas. Sem esquecer que o limite de 40 membros sempre se mostrou um permanente limitador. Entre esses, selecionamos dezenas de nomes que fizeram parte da vida científica e cultural do Paraná, sem passar pela nossa instituição. Exceto Júlia Wanderley, autora de artigos e textos diversos, mas sem obra em volume, os demais tiveram livros publicados. Outros nomes podem ser sugeridos.

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Tempo – 2008. Eu, prefeito

Hoje, gentil leitor, último dia da anticampanha da nossa anticandidatura à prefeitura de Curitiba. Como anticandidato a vice, na mesma chapa, o escritor Dalton Trevisan, também chamado por muitos, inclusive por ele mesmo, de Vampiro. À frente de tudo, do nunca assaz louvado Partido da Utopia, o multimídia da troça e da pilhéria, nosso insopitável Dante Mendonça.

Próximo domingo, certos de nossa antivitória já no primeiro turno, aqui tudo são loas e agradecimentos, a você, que além de eleitor também é leitor. E que, ao longo de nossa sonhadora campanha, sempre esteve aí, não só disposto ao voto, como paciente o bastante para nos aturar as tintas da galhofa e da melancolia.

Ninguém melhor que você, portanto, para acolher essa nossa despedida, triunfantes anti-candidatos de uma campanha desde já marcada pela antivitória o que não é, claro, uma confissão de derrota.

Antes vitória mesmo, senhores, a mais altissonante, posto embalada pelo grau mínimo da utopia que é o sonho e sonhar deveria ser a matéria de todo eleitor que se preze.

Falou nosso presidente, em crônica recente, no direito exclusivo que temos, os curitibanos, das quatro estações do ano num mesmo dia. Pois advogo o retorno urgente de que elas ocorram, sim, mas de agora em diante, numa só tarde.

Melhor assim: a gente deixa tudo no carro – da sunga para o mergulho nas cavas ao sobretudo para as súbitas nevascas nos locais mais altos da cidade. Um blazerzinho meia-estação para eventuais primaveras e um cachecol para os ventos, sempre gelados, do outono. Tudo isso, repito, numa só tarde!

Que negócio é esse, Sérgio da Costa Ramos, de Floripa nos usurpar tão singular ambiência metereológica? Não, não e não! Isso é coisa nossa, e não abrimos. Seria o mesmo que os catarinenses quisessem trocar Jurerê por Matinhos. Não é justo, Matinhos é mais linda e suas águas mais azuis que a do mar catarina. Né mesmo, Vinicius Alves?

Outra: nosso presidente ficou tão transtornado com nos tirarem as quatro estações diárias que, enfurnado em seu estúdio da Augusto Stellfeld, se atrapalhou. Este escriba já foi editor de tudo, menos da revista Quatro Estações!

Mas não tem a menor importância. Tudo para um anticandidato, já vitorioso, é o amor à cidade que o abriga desde quando aqui chegou, aos 7 anos, vindo do sertão profundo. Jaguapitã é apenas um retrato na parede, mas o retrato que dói mais é o do Passeio Público, a foto mambembe: eu, meu irmão, meu pai, minha mãe. A Curitiba, e a família, que o vento levou…

E se alguém perguntar, ao me ver todo fatiotado para a posse, “Sois prefeito?”, responderei de pronto: “Não, agora eu sois rei!”.

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Contwitters de alguém que nem pia

Se os animais falassem, iriam rir de nós.
Estes grafiteiros querem apenas se fazer de Deus assinando
a obra inteira da Terra.
No Ano-Novo todos nos desejam boas entradas, quando o que queremos
é encontrar uma saída qualquer.
Estou de realidade até o último fio de telefone celular.
O leilão de cargos públicos é pago em rabo preso.
A defesa da honra com unhas e dentes faz a fortuna de salões de beleza
e consultórios odontológicos.
Todos acertam sobre como os outros são — desde que não
se aproximem muito.
O mundo está em decadência e eu em plena ascensão
dentro dele.
O cérebro tem ideias de jerico, mas o corpo é que carrega
a carga.
Em terra de cegos, toupeira é guia.
Macrobiótica, pra mim, é um bife bem grande.
Não tinha onde cair morto — enforcou-se.
Conheço este cara como a palma da minha mão. Epa!
O que é este caroço aqui no dedo?!
Quis fazer voto de pobreza, mas não tive nenhum eleitor.
Quando se tenta agarrar um minuto, lá se foram duas horas.
Quando se tenta agarrar um século, lá se foi a vida.
Teoria é um caminho no pântano, quando se quer é chegar à praia.
No guichê da Viagem no Tempo, Jonas pediu passagem para
as duas horas porque tinha que chegar em casa às três do dia anterior.
 
*Rui Werneck de Capistrano não pia, no corruchia nem titila.

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Vale a pena ver de novo

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(d’aprés Rogerio Distéfano) – © Pilar Olivares|Reuters

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Roots of reggae

© Watts Matthew

Aproveitar o tempo, se divertir: “Jollyfication” é como chamam na Jamaica. E é sobre o que o Jolly Boys (aka Jah-lly) se trata. Música alegre largamente inspirada na rica cultura musical do interior jamaicano. Seu som distinto é o resultado da síntese criativa do Roots. Talvez melhor descrito como “reggae acústico”, eletrificante sem ser eletrificado.

O que temos aqui é uma feliz mistura do velho e do novo. O repertório do Jolly Boys consiste desde versões novas de velhos sons de escavação – um jeito ritmado dos trabalhadores rurais cooperarem e coordenarem seus movimentos juntos – a deliciosas versões modernas de mento que rivalizam com o melhor calypso de Trinidad. Musicalmente, os Jolly Boys levam uma carga grande do Mento, um estilo próximo do calypso: enquanto o calypso se originou em Trinidad e espalho daquela parte para o resto do Caribe, o mento tem seu berço na Jamaica. Apesar de ter passado por várias transformações pelos anos, continua totalmente Jamaica. Adiciona um toque dos ritmos tradicionais Rastafari, uma dose de reggae e um pouquinho da pegada calypso à la Trinidad e você tem a musica dos Jolly – um maravilhoso repetório caribenho que agrada aos ouvidos e alegra a alma. Música irie.

Mas os Jolly Boys oferecem mais do que só boa música. Entre eles estão dois grandes compositores, Donald Davidson e Fitz Ramus, ambos com muito à dizer. Fitz escreve a música mais típica dos caribenhos, exemplificado pelo “Sarah” ou a “Fat Wife”. E num outro lado, Donald escreve música consciente, social e politicada, assim como os Roots produzidos na época. Testemunhe o comentário político em “thousands of Children”, o protesto implícito em “Crackdown” e a mensagem espiritual de Joy Bells.

Então, mesmo os Jolly Boys sendo em primeira estância artistas (tendo já tocado para diversos turistas americanos em clubes), é óbvio que eles tem um senso sócio-político surgido pós independência. Ouvintes então tem de dar atenção as letras e não só ao ritmo contagiante – pois os Jolly Boys falam o que pensam.

Nuff Said. Ouça este cd e aprecie a mistura especial do roots acústico dos pioneiros Jolly Boys, como dizem na Jamaica, “Mek we have some jollification”

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A caminhada de um mestre

Romeu Felipe Bacellar Filho. Eis aí um cidadão digno de respeito e admiração, que reúne cultura (não apenas jurídica), competência, trabalho e caráter. Fomos colegas no velho Tribunal de Justiça do Estado; depois, fui seu aluno na militância da advocacia. Com Romeu, tenho algumas afinidades de pensamento e comportamento. Por exemplo, ambos casamos (ele com Elizabeth; eu com Cleonice, prima dele) muito jovens e fomos obrigados de ter quatro empregos cada um (além da faculdade de Direito), ao mesmo tempo, para enfrentar as despesas. Descobrimos que trabalhar não dói e, apesar do esforço, prepara-nos para vida. E enche-nos de orgulho quando a vitória acontece.

Dos campinhos de futebol da “Galícia”, no alto do Bigorrilho/Champagnat, ao serviço público, Romeu levou menos de 13 anos, quando foi admitido como tarefeiro, extranumerário do Tribunal Regional Eleitoral. Em seguida, aos 15 anos, evoluiu para office-boy, no escritório do advogado e professor José Munhoz de Mello. Dali para frente, ninguém segurou o nosso Felipe (como era então chamado na intimidade, para não ser confundido com o pai). Colégio Santa Maria, Faculdade de Direito de Curitiba, Tribunal de Justiça do Estado, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, magistério… As mais de três décadas de TJ/PR e a admiração pelo professor Manoel de Oliveira Franco Sobrinho solidificaram a caminhada de Romeu Filho pelo Direito Administrativo.

No Tribunal de Justiça, ingressou, por concurso, aos 18 anos, como Oficial Judiciário, galgando todos os degraus de uma vitoriosa jornada, que culminou com o exercício do cargo de Diretor-Secretário, o cume da carreira funcional no TJ – o mesmo ocupado, durante muito tempo, pelo seu saudoso pai.

Ao aposentar-se, Romeu pode, enfim, dedicar-se de corpo e alma, sem os impedimentos do serviço público, à vida acadêmica, que sempre almejou. E assim consagrou-se, definitivamente, nas salas de aula, nos congressos internacionais e cruzou o Brasil (e parte das Américas) de Norte a Sul, às vezes à bordo de ônibus desengonçados sobre estradas de péssimas condições, em memoráveis conferências e palestras. Jamais recusou um convite. E foi aplaudido em todas as ocasiões.

Mestre e Doutor em Direito do Estado pela UFPR (sempre com a nota máxima), lecionou na graduação e pós-graduação das três principais faculdades de Direito do Paraná, foi presidente da Associação Iberoamericana de Derecho Administrativo, da Associação de Direito Público do Mercosul, do Instituto Brasileiro de Direito Administrativo e do Instituto Paranaense de Direito Administrativo, do qual é um dos fundadores. Fundou também e dirigiu o Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar, assim nomeado em homenagem a seu pai. Dirige ainda a A&C – Revista de Direito Administrativo & Constitucional e foi conselheiro federal da OAB.

Na Unibrasil, deu o nome a uma das salas de aula da Faculdade de Direito, cujo centro acadêmico tem o nome de seu pai.

No exercício da advocacia, que avalia, “paradoxalmente, fascinante e frustrante”, Romeu afirma que é de um tempo em que o advogado era significativamente mais valorizado, em que os juízes e os Tribunais demonstravam mais apreço pela busca da verdade material do que pelas estatísticas”. Ainda assim, foi acolhido, primeiramente, no escritório de Jaime Stivelberg e Telmo Cherem. Foi quando deslanchou na nova atividade; eram poucos, então, os profissionais na especialidade. Romeu logo assumiu a ponta e nunca mais a deixou. Da pequena sala no escritório de Jaime passou para a metade do 4º andar do Edifício José Loureiro, na Praça Zacarias, até chegar ao atual endereço, na Rua Eurípides Garcez do Nascimento, no bairro Ahú, já então tendo como sócio o multitalentoso e bravo companheiro de todos os momentos Renato Andrade.

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Bloody Mary

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Instalação

© Vera Solda

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Caminhante, não há caminho

O Uol traz dessas reportagens sobre saúde, hoje sobre os benefícios da caminhada. Das longas, fique claro, da perspectiva sempre relativa do caminhar muito e do caminhar pouco. O pouco parte dos quatro mil passos; a contagem sobe até os vinte mil passos, a cada medida com os proveitos para os órgãos, coração, pulmões, cérebro, sono, até a higidez mental. Concordo em gênero, número e nos degraus de que desabo nas caminhadas. Quem nasce pobre em Ponta Grossa, sacode antes e depois do parto. Se, adulto, migra para Curitiba, continua a enfrentar lançantes, pirambeiras e equivalentes. Quando ganha uns trocados e decide conhecer o mundo, continua a caminhar, dada a dificuldade no pedir informações, entender roteiros de ônibus, metrôs e conversar com taxistas: resultado, continua a caminhar, a melhor maneira de conhecer o mundo.

Vivo cercado de caminhantes, gente com a carga genética de cruzar o mar Vermelho e aportar em Canaã depois de quarenta dias pelo deserto a pão seco sem fermento, engolido com água de chuva. Já cheguei aos vinte mil passos quando bem menos velho e muito mais afoito. É bom, muito bom, mas ao fim da caminhada acaba o dia, pois corpo deixa de responder, é sentar, abrir a cerveja, ligar a televisão e dormir sentado. Estou conformado com a rotina dos quatro mil passos diários, duas voltas e meia pelo Passeio Público, sob a atmosfera do bosque, a desviar o cocô das garças. Acima de tudo, muito acima de tudo, quatro mil passos diários previnem a demência, o mal que me assusta e que não raro me acomete neste blog. Em tempo, se você não quer se perder contando os passos, tem relógio digital próprio para isso e os telefones digitais vêm com o aplicativo.

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Como seria sua morte na Folha?

Obituários no jornal são campanha para mulheres se manterem vivas

Nesta terça-feira, dia 8, o Brasil perdeu a atriz Aracy Balabanian, rainha do teatro e ícone do humor brasileiro. Dona de papéis inesquecíveis em filmes e novelas.

No entanto, para esta Folha, a vida de Aracy foi marcada por um aborto, por não se casar e por não ter filhos.

Sim, ela não teve maridos nem teve filhos. Quem iria trocar uma carreira maravilhosa e cheia de recompensas pela vida cruel que a maternidade —um trabalho exaustivo e solitário— e o casamento podem proporcionar a uma mulher?

Mas, segundo um dos destaques da cobertura de sua morte no jornal, não adianta abdicarmos da maternidade. Seremos lembradas pelos filhos que não tivemos.

Não é de hoje que grandes mulheres, ao morrer, são citadas por detalhes em vida, muitas vezes com toques de moralismo.

Rita Lee, após sua morte, foi citada por sua relação com “drogas e discos voadores”. Após lerem a nota, inúmeras mulheres desejaram embarcar em um óvni e fugir da Terra.

O mesmo aconteceu com Gloria Maria, lembrada por esconder a idade. Marília Mendonça, em seu obituário, foi “homenageada” pela luta com a balança.

A falta de sensibilidade com morte de mulheres não é exclusividade da Folha. A revista Veja resumiu Elis Regina, em sua capa, à “Tragédia da Cocaína”. Fez o mesmo com Cássia Eller, motivo pelo qual foi processada pela família.

O jornalista Tiago Leifert, em malabarismo intelectual, culpou a torcedora Gabriela Anelli por sua morte na porta do Allianz Parque.

A reação da imprensa com mortes de mulheres nos faz pensar que, se a nossa vida já é difícil, fica pior quando morremos.

Chegamos até a ter um momento existencial, pensando: “Se eu morrer, como serei lembrada pela imprensa?”.

Você fez uma pesquisa que salvou vidas? Não se preocupe. O destaque será: “Macumbeira, ela se casou cinco vezes”.

Ganhou um Oscar e conquistou o EGOT? Vai ganhar o título: “Abortista, tinha péssimo gosto para tatuagens”.

Até pensei no meu: “Mãe de merda, deixou o filho comer purpurina enquanto tomava vinho barato”.

Talvez seja parte de uma campanha para aumentar a expectativa de vida das mulheres. Nunca desejamos tanto nos manter vivas.

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Flagrantes da vida real

“Arte é intriga” (Millôr Fernandes).  © Maringas Maciel

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Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, quinta, 10 de agosto. Diz que é o Dia Internacional da Preguiça. Gostamos.

Sem a Copel, Paraná perde até R$ 1 bilhão por ano

Um dia alguém vai entender a lógica de vender uma empresa superavitária que distribui bilhões em lucros e que só vem melhorando de desempenho. Claro, será tarde demais: desde já a Copel não é mais nossa (e para falar a verdade ainda nem sabemos de quem é…). Mas a História está aí para isso.

Teve anos em que a Copel chegou a pagar R$ 1 bilhão só para o governo do estado, seu maior acionista. Ou seja: o governador que assumir daqui a quatro anos vai ter um furo no caixa gigantesco. E os R$ 4,5 bilhões que a privatização rendeu certamente serão torrados pelo atual governo – esse pessoal não é de deixar pedra sobre pedra.

A desculpa esfarrapada exige muita ignorância ou benevolência do ouvinte. Dizem que estão nos livrando desse fardo bilionário porque a Copel não seria mais competitiva. Como um monopólio não compete com nada, o argumento é só uma farsa mesmo. Triste o momento em que esse governo foi eleito.

Leia mais aqui

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