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© Tiago Recchia
Publicado em Tiago Recchia
Com a tag Charge Tiago Recchia, corrupçao, tiago recchia
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Faça propaganda e não reclame
Most Offensive, Banned and Rejected Ads. Bacardi – Canada – Banned as it “objectified and demeaned women” (ASC).
Publicado em Faça propaganda e não reclame
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Bolsonaro, o influencer
A despeito das eventuais repercussões dos “rolos” de Carla Zambelli (PL-SP) com o hacker Walter Delgatti e de sua inelegibilidade, Jair Bolsonaro está certo de que chegará a 2026 politicamente forte e como o principal influenciador das eleições presidenciais. Acha que não “vai colar nenhuma tentativa de atingi-lo”, referindo-se ao caso do Rolex que tenente-coronel Mauro Cid tentou vender.
Segundo fontes inteiradas da conversa entre o ex-presidente, o governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, e o prefeito Ricardo Nunes, do MDB, nesta segunda (7), Bolsonaro afirmou que não abrirá mão de definir quem será o candidato a presidente de seu campo político. Disse que é cedo para definir.
O ex-presidente, no entanto, sabe quem não quer: Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais. Disse que ele é inexperiente, não sabe fazer política e que só esteve ao seu lado na última eleição presidencial porque “não tinha para onde ir”. O adversário de Zema, Alexandre Kalil (PSD), tinha o apoio do PT.
O ex-presidente também acha que a discussão sobre drogas no Supremo Tribunal Federal deve beneficiar a direita e parabenizou o governador de São Paulo pela ação da polícia no litoral paulista. Na ocasião, 16 pessoas morreram.
Publicado em O Bastidor
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Contestado: o documentário
O filme revela que o mais sangrento conflito social da história do Brasil aconteceu no Paraná… e só no Paraná… e apenas com paranaenses.
A guerra não foi por disputa de território entre Paraná e Santa Catarina como querem fazer crer alguns “doutos”, que torcem a bandeja para o lado catarinense. Os atores da guerra foram caboclos, índios, posseiros, fazendeiros paranaenses, imigrantes polacos, rutenos e italianos recém assentados, na então região Sul do Paraná.
A divisa do Estado paranaense com o Rio Grande do Sul, no rio Uruguai, existiu até 1917. Quem contestava (daí o porquê da palavra “Contestado”) a faixa de 30 km de largura, que atravessou os Campos Gerais do Paraná e que foi dada em concessão pelo governo federal para o norte-americano Percival Farquhar, eram os habitantes paranaenses. Nunca foram, os catarinenses que contestavam.
A guerra foi sim, entre os paranaenses daquelas terras (que hoje se chama Oeste Catarinense) contra o Exército brasileiro e a Polícia Militar do Paraná. Forças que dizimaram milhares de paranaenses para defender interesses do milionário dos Estados Unidos.
Foi a primeira vez que a invenção de Santos Dumont foi usada numa guerra. Fato que causou enorme tristeza no inventor.
Não houve batalhas entre paranaenses e catarinenses pelas terras entre os rios Iguaçu e Uruguai. Encerrada a guerra, as terras paranaenses foram cedidas pelo governador do Paraná e advogado de Farquhar (contra os posseiros e fazendeiros paranaenses), o guarapuavano Afonso Alves de Camargo ao governo de Florianópolis. E não foram cedidas por causa da guerra, ou disputa de território, mas para favorecer a Lumber (maior devastadora da mata mais rica em madeiras nobres do Sul do Brasil), empresa do norte-americano.
Publicado em Sem categoria
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A loura foi presa numa cela em frente à de uma leprosa. Dia após dia, ela observava a leprosa cuidando de suas feridas. Até que, certa vez, caiu um dedo da leprosa. Esta o pegou e o atirou pela janela. Uma semana depois, caiu outro dedo e a leprosa atirou-o pela janela. Algum tempo depois, caiu uma orelha, a leprosa atirou-a pela janela. Uma semana depois, caiu o pé, a leprosa atirou-o pela janela. Aí, a loura não aguentou mais e pediu uma audiência com o Diretor.
– Olha, senhor diretor, eu não quero ser chamada de dedo duro, mas a moça que está na cela em frente à minha está fugindo aos pouquinhos!
Publicado em Sem categoria
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Na agenda
Todo mundo lá!
Covid & balaços
Jair Bolsonaro considera a deputada Carla Zambelli responsável pela sua derrota para Lula. O motivo: Zambelli perseguiu um homem pobre, negro e desarmado pelas ruas de São Paulo às vésperas da eleição. Fanática bolsonarista, a deputada não entendeu o espírito da coisa. Devia ter deixado a execução para depois da posse, no segundo mandato do Mito. Seria a vítima 700.001 do bolsonarismo, somados covid e balaços.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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A menina de Caicó
Publicado em Assionara Souza
Com a tag A menina de Caicó, Assionara Souza - 1969|2018
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Dezessete anos
O maior dos traumas da autora foi jamais ter podido falar sobre o aborto
Em 1984, a jornalista e escritora francesa Colombe Schneck, então com 17 anos, vivia livremente sua sexualidade e seus anseios intelectuais. Sob preceitos de um feminismo que ela acreditava ser um direito adquirido para todas as mulheres (“a luta de minha mãe me parece concluída”), a autora acreditava ser a garota mais feliz do mundo “sentada entre meus pais no grande sofá de couro confortável e macio”. Foi quando engravidou de um namorado e fez um aborto.
Seus pais, progressistas, a auxiliaram de forma muito prática, mas jamais voltaram a tocar no assunto. Schneck, que a partir daquele dia sentiu que tinha entrado sem querer no mundo dos adultos, nunca falou sobre o aborto nem com amigos próximos, mantendo por décadas uma dolorosa conversa mental apenas com o filho que nunca existiu.
Em “Dezessete“, publicado em 2015 na França (é seu primeiro livro a ser lançado no Brasil), Schneck resolveu, como tantos autores autobiográficos, escancarar e organizar suas tormentas e seus não ditos, claramente como uma via de cura.
A partir do ponto de vista de escritora reconhecida e mãe dedicada, narra a experiência desse aborto —e o importante impacto psíquico que isso representou durante toda a sua vida— como se a estivesse contando para a escritora de autoficção Annie Ernaux, ganhadora do Nobel de Literatura em 2022 e autora do celebrado “O Acontecimento”, que trata de um aborto clandestino. Ernaux disse em uma entrevista que, na época, procurou avidamente em bibliotecas livros nos quais alguma heroína desejasse abortar. Não encontrou nenhum.
Colombe Schneck, que antes da gravidez indesejada só se angustiava tentando decifrar sua mãe depressiva, solitária e “sem prazeres”, de repente se sente “traída pelo próprio corpo, que lhe roubou a liberdade” e a expulsou de sua rotina idílica de adolescente: “Entro num mundo distinto, um mundo coercitivo no qual não se trata mais de fazer dever de casa, ver filmes, convidar ou não certas amigas. Trata-se de vida e de morte, da minha vida, do meu futuro, da minha liberdade, daquilo que acontece no meu corpo e que pode ser a vida ou nada e pela qual sou responsável”.
Interessante pensar que uma jovem feminista, branca, de família abastada, com pais intelectualizados, na Paris pós-Lei Veil (que legalizou o aborto), sofre tanto com a interrupção de uma gravidez indesejada a ponto de se calar (ou sofre justamente porque se calou): “Carrego uma espécie de mancha em mim, feita de sangue, de excrementos, dessa terra que jogamos sobre os caixões”.
Ao longo do livro, que como todo relato pessoal funciona ao próprio autor como uma forma de assentar e estruturar o passado, Schneck parece concluir que o maior de seus traumas foi jamais ter podido conversar sobre essa dor (ou qualquer dor) com sua mãe. “Minha mãe não diz nada a sua filha de dezessete anos que abortou”, e assim trata o fato como “algo banal, fácil e esquecido logo após de se realizar”.
Depois daquele dia, houve “outros garotos, a morte do meu pai, a solidão, o casamento, a morte de minha mãe, dois filhos, a solidão de novo, outros homens”, mas durante todo esse tempo a autora diz que nunca parou de pensar e conversar com aquele “filho que não tive e que não tem nome”. O que lhe diria? “Talvez sua presença não tivesse me impedido tanto assim de viver.”
Sincera, pungente e profunda, como uma obra autobiográfica marcante deve ser, esse é um livro sobre liberdade e feminismo, mas também sobre a dor de nossas escolhas. Sobre não silenciar e enfrentar a angústia de ser um ser desejante. Porque a vida é sempre mais complexa que uma hashtag progressista.
“Não me sinto culpada por ter te negligenciado, fico apenas triste quando penso em você.”
Publicado em Tati Bernardi - Folha de São Paulo
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