Mal de Alzheimer

O Alzheimer, doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer, é uma doença degenerativa atualmente incurável mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família. Foi descrita, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome.

É a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos no Brasil e em Portugal, sendo cerca de duas vezes mais comum que a demência vascular, sendo que em 15% dos casos ocorrem simultaneamente. Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos mas sua prevalência aumenta exponencialmente com os anos sendo de 6% aos 70, 30% aos 80 anos e mais de 60% depois dos 90 anos.

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Fraga

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© Jan Saudek

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Mural da História – Cúpula do Clima|2020

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Dvojakt – 1930

© Alois Zych

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O simbolismo e os limites da toga

Concordo em número, gênero e grau com a opinião da jornalista Dora Kramer, titulada “Toga requer recato” e publicada na Folha de S.Paulo. Ela estranha a conduta de juízes que extrapolam limites do cargo, e tem absoluta razão. Juiz não faz comentários políticos; julga. Juiz não legisla; decide.

Dora observa que, ao contrário do que simboliza o próprio cargo de ocupam e as funções que exercem, juízes hoje “transitam por festividades brasilienses, frequentam eventos patrocinados, opinam fora dos autos, utilizam-se em sessões de linguagem imprópria, vão e vêm como celebridades”.

“Celebridades”! É isso aí. Grande parte da magistratura nacional acha-se e comporta-se como celebridades. Não são. Ocupam cargos de elevada importância na vida pública nacional. São imprescindíveis e merecem o apoio e o respeito da população. Mas, para que isso aconteça, devem limitar a sua atuação aos seus gabinetes e aos processos que lhe são submetidos a julgamento. Na Corte Suprema do país, a missão dos senhores togados é defender a Constituição e fazê-la ser cumprida. Ou seja, assegurar a higidez do Estado de Direito. Caso contrário, a coisa se complica.

Dora Kramer, assim como todos nós, reconhece “a posição corajosa e o combate permanente dos tribunais superiores aos arreganhos autoritários”, sem os quais “o Brasil poderia ter sido vítima, talvez não de um clássico golpe de Estado, mas de um retrocesso institucional cujas consequências são previsíveis num país que já viveu os males da ditadura”.

Pois isso, pontua a articulista, causa estranheza a conduta de magistrados que vão além dos limites de seus cargos e de suas funções. Não devem nem podem agir como políticos. É o mínimo que se espera do decoro exigido pela toga.

Já tratei disso aqui anteriormente. Ao promover a justiça, sanar conflitos e zelar pelo cumprimento da lei, é admirável e digna de louvor a função do Poder Judiciário. No entanto, ele não é divinizado nem se compõe de semideuses, como imaginam alguns.

Na qualidade de filho de promotor de justiça, neto de escrivão, bisneto, sobrinho, primo e genro de magistrados e, sobretudo por haver servido por trinta e cinco anos ao poder togado, posso garantir que os homens de toga são seres humanos como outros quaisquer. E, como tais, sujeitos a defeitos, erros, tentações e malfeitos. A atividade confere a seus integrantes certas prerrogativas, mas em razão do cargo e não por dádiva dos céus, e por isso não são eles imunes à responsabilidade e punição.

E, em assim sendo, devem, sobretudo, conter a língua publicamente.

O recente episódio envolvendo o ministro do STF Luís Roberto Barroso é um exemplo disso. Barroso esteve presente numa reunião de estudantes e ali, tomado de forte emoção, fez um discurso como se estivesse num comício político. E, ante a reação contrária de parte da plateia, saiu-se com essa pérola: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.

O “nós” aí é muita gente, excelência. Sobretudo em se tratando de integrante da mais alta corte de justiça do país. Eu até poderia ter dito isso, porque sou um simples cidadão eleitor. Vossa Excelência não.

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Faça propaganda e não reclame

apple-laranja-e-maçã

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“Versos Íntimos” de Augusto

É o soneto mais conhecido de Augusto dos Anjos e um dos mais populares de nossa língua. Não é um soneto impecável como os dos parnasianos. Como toda obra de Augusto, é o registro sismográfico de emoções intensas e idéias espantosas. Vai, num salto, do abismo ao Everest, e volta, e vai de novo. O primeiro quarteto, por exemplo. Nada me tira da cabeça que Augusto primeiro imaginou dizer: “Ninguém assistiu ao formidável enterro…” Mas o verso estava quebrado. Faltava uma sílaba. Ele poderia ter colocado um rípio (palavra “tapa-buraco”) qualquer e ter dito: “Se ninguém assistiu…” ou “Pois ninguém assistiu…” Mas optou pelo: “Vês?” E conseguiu muito mais impacto.

Em geral, quem faz versos rimados prepara primeiro os últimos. Augusto queria dizer: “Somente a ingratidão – esta pantera – / foi tua companheira inseparável!”. Usou como preparação “formidável” (adjetivo supérfluo, pouco enriquecedor) para efeito de rima. Mas rimar “pantera” com “quimera”, monstro real e monstro imaginário (neste caso um sinônimo de “sonho, fantasia”) é um belo achado.

Eu acho que “Acostuma-te à lama que te espera!” é um dos maiores decassílabos (e um dos mais amargos conselhos) da poesia brasileira. Por mim o soneto acabava aí. Felizmente ele prossegue e nos derruba ao chão com outra verdade de 200 toneladas: “O Homem, que, nesta terra miserável, vive entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”. A “fera” é uma rima além-do-sonoro para a dupla “pantera/quimera” do quarteto anterior. E essa repetição monótona de sufixos em adjetivos grandiloquentes (“Formidável! Inseparável! Miserável! Inevitável!”) acaba nos impondo, pelo exagero, a sensação de verdades definitivas, esmagadoras.

O verso do cigarro no primeiro terceto parece ter entrado apenas para rimar com o “escarro” que Augusto planejou para o verso seguinte. Mas… dêem uma geral, vejam como cigarros e fósforos aparecem em toda a obra do poeta, que nem sei se fumava ou se apenas se maravilhava com esses pequenos e mortais milagres químicos. E o “toma” (como o “Vês?” inicial) restaura o tom coloquial, “íntimo”, que o poeta tanto empregou, para desconforto dos puristas do seu tempo. O desfecho do soneto, então, pode não ser impecável (o verso “Se a alguém causa inda pena a tua chaga” é mera preparação), mas é inesquecível, com seus pares complementares e/ou opostos: mão/boca, beija-escarra, afaga-apedreja.

A poesia de Augusto, reconhecidamente difícil, tem seus momentos fáceis, como este. Não digo “fáceis” com desdém. Fácil porque cheio de imagens vívidas, que o leitor assimila no mesmo instante. Imagens com poder de choque, de comunicar verdades poderosas e sofridas. Um desabafo de revolta e de autoafirmação nietzschiana, que ainda hoje, cem anos depois, é recitado em mesas de bar por motoristas, mecânicos de oficina, comerciários, bêbados anônimos cujas mãos e bocas acendem o mesmo fósforo e fumam o mesmo cigarro.

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Ella Knox . © Zishy

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Para fazer parte da Confraria do Rollmops, basta ser membro da Academia Paranaense de Letraset.

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O veto do MDB ao PP na Caixa

PT e MDB se uniram contra a ida do PP para o comando da Caixa Econômica Federal, como querem Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PI), presidente do partido.

Liderado por Renan Calheiros (MDB-AL), mas não apenas, o grupo está certo de que pode convencer o presidente Lula de que entregar o banco público a novos aliados será não apenas um desprestígio para com os aliados de primeira hora, como atrapalhará o próprio governo.

A Caixa é considerada estratégica. O banco é responsável por financiar políticas públicas das mais diversas, desde projetos de infraestrutura até a habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida. É um poder que muitos aliados antigos não têm.

Outro ponto é que o banco atua muito próximo dos ministérios das Cidades e dos Transportes, ocupados pelo MDB. A avaliação é que, se o banco for para o PP de Arthur Lira, vai haver ruído no andamento das políticas públicas. Tradução: o PP de Lira sabotaria os ministérios, um deles ocupado pelo filho de Renan.

Renan Calheiros e Lira são adversários figadais em Alagoas. E, com o argumento, os petistas do Senado levaram a preocupação ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e pretendem levar também a Lula.

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MON promove encontro para educadores na obra de Delson Uchôa

© Kraw Penas

A edição de julho do programa MON na Escola, realizado pelo Museu Oscar Niemeyer, será no dia 26, com sessões às 9h30 e às 14h. A atividade é voltada para estudantes, professores do ensino público e privado e profissionais de mediação cultural.

O tema deste mês será a exposição “Pintura Vingada”, do artista contemporâneo Delson Uchôa, em cartaz na Sala 1. Haverá uma visita mediada na mostra e, em seguida, uma oficina.

A exposição

Com curadoria de Moacir dos Anjos e curadoria-adjunta de Steve Coimbra, “Pintura Vingada” conta com obras que transitam por todo o processo criativo do artista.

Seu trabalho reúne pinturas e objetos de arte com escalas elevadas e variados suportes, como tecido, couro, resina, borracha e lona. A exposição ainda inclui fotografias de autoria do artista.

Segundo o curador Moacir dos Anjos, a pintura de Delson Uchôa é matéria viva, uma experiência que transforma o olhar. “Suas pinturas são clarões: primeiro cegam e só depois iluminam. Em todas, há uma cor quente que domina o espaço pintado – quase sempre de grandes dimensões – e seu entorno próximo, provocando o estímulo alongado da retina”, diz.

Integrante da “Geração 80”, Uchôa reúne na mostra um pouco de sua extensa trajetória, que inclui passagens nas bienais de Veneza, São Paulo, Havana e Cairo. Suas obras também integram coleções de instituições diversas, confirmando a importância de seu trabalho.

O programa MON na Escola é direcionado a professores do ensino público e privado, alunos de licenciatura e outros profissionais da área de mediação cultural. Os encontros são mensais e gratuitos, com emissão de declaração de participação. É necessário realizar inscrição prévia.

SOBRE O MON 

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço: MON na Escola|Sobre a exposição “Pintura Vingada”|26 de julho|Sessão 1: 9h30 às 11h30|Sessão 2: 14h às 16h|Espaço de Oficinas

Link para inscrição:  bit.ly/MONnaEscolaProfessoresJulho

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O rio

O rio é uma correnteza que começa mínima num local chamado nascente, onde haja um manancial. No início, por haver menos resíduos nas redondezas da fonte, ele segue como um córrego, carregando as poucas impurezas que encontra, largadas ocasionalmente por gente que sobe até onde ele nasce. Depois, à medida que vai descendo, recebe mais porcarias e restos e sobras das pessoas que vivem junto ao seu curso. Aí, com um volume maior de coisas atiradas nele, vira riacho. Continua a descida, atravessa vilarejos, se aproxima das cidades.

Aqui e ali, tenta uma corredeira mas é sempre alcançado pela sujeira. Então circunda instalações industriais, que despejam nele grande fluxo de detritos. Assim, em seu trajeto de dejetos, avança manso e triste, já é um rio pleno de nojeiras borbulhantes, com seus afluentes de detergentes. Mais adiante, já largo e coalhado de insalubridades, passa a ser abastecido por correntes contínuas de esgoto vindas de todos os lados. Corrosivo, rasga lentamente a crosta de podridão para seguir rumo ao estuário. Na foz, cercado de monturos fedorentos e pestilentos, tenta vencer as últimas barreiras insalubres, na ânsia de encontrar o alívio final, para o qual correm todos os rios. Sem forças nem para marolas, deságua suas toneladas de sacos plásticos num infinito depósito de imundícies. O rio chegou, enfim, ao maior lixão do planeta: o mar.

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Assim caminha a humanidade

Ariosto Mastruço – Em 1950, ao sair do Maracanã em prantos, Ariosto Mastruço inventou a expressão “a rosa no cume nasce”, como higiene mental para homens de negócios obscuros e divertimentos para pelancudas que recebem convidados para jantares americanos.

A expressão foi rapidamente assimilada pela população e atualmente, embora um pouco distorcida, a máxima de Mastruço ainda é pronunciada em coquetéis, feijoadas, churrascos e chás de panela. Como se vê, a rosa continua no cume nascendo.

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