O veto do MDB ao PP na Caixa

PT e MDB se uniram contra a ida do PP para o comando da Caixa Econômica Federal, como querem Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PI), presidente do partido.

Liderado por Renan Calheiros (MDB-AL), mas não apenas, o grupo está certo de que pode convencer o presidente Lula de que entregar o banco público a novos aliados será não apenas um desprestígio para com os aliados de primeira hora, como atrapalhará o próprio governo.

A Caixa é considerada estratégica. O banco é responsável por financiar políticas públicas das mais diversas, desde projetos de infraestrutura até a habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida. É um poder que muitos aliados antigos não têm.

Outro ponto é que o banco atua muito próximo dos ministérios das Cidades e dos Transportes, ocupados pelo MDB. A avaliação é que, se o banco for para o PP de Arthur Lira, vai haver ruído no andamento das políticas públicas. Tradução: o PP de Lira sabotaria os ministérios, um deles ocupado pelo filho de Renan.

Renan Calheiros e Lira são adversários figadais em Alagoas. E, com o argumento, os petistas do Senado levaram a preocupação ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e pretendem levar também a Lula.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em O Bastidor. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.