Bélico não é belo

O governador do Paraná dobra a aposta e amplia os colégios cívico-militares. Ganha uma paçoquinha quem decifrar se ele quer mostrar que os militares são cívicos, que os civis tornam-se cívicos quando militarizados, ou, o que é trágico, que os militares são mais cidadãos que os civis, sem guerras para comprovar o axioma. Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina – onde os recém nascidos vêm da maternidade com cueiros da Wehrmacht – ainda reeditam as forças armadas estaduais da primeira república, que tinham generais e até força aérea.

A ditadura do Estado Novo cortou o barato autonomista e bélico desse pessoal, que agora cria a juventude bélica.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Registro

Scarlet Rivera e Bob Dylan, backstage.  © Ken Rega

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Jean Wyllys destoa do governo

Uma das promessas de Lula era de acabar com o ódio promovido por seu antecessor

O ex-deputado Jean Wyllys destoa do novo governo, ignora o zeitgeist atual. Sua atitude bélica e histriônica contra o governador do Rio Grande do Sul é datada, ficou em 2022, junto com arruaceiros que hostilizam ministros em aeroportos. A vitória de Lula, amparada por um espectro político plural, foi um sinal importante de que os verdadeiros democratas entenderam que o tempo é de diálogo.

Wyllys prefere o caminho do antagonismo agressivo, comportamento típico de radicais, observado numa parte embolorada da esquerda e abraçado com louvor pelo bolsonarismo. Segue o modelo de gente odiosa, como o deputado Nikolas Ferreira, que ataca e esperneia, incapaz de se relacionar com adversários políticos.

A eleição de 2022 não foi apenas uma resposta pela democracia, mas também pela civilidade contra a barbárie que havia ocupado o poder. Metade do país não aguentava mais um presidente boquirroto, ministros encrenqueiros, apoiadores selvagens. Uma das promessas de Lula era de acabar com o ódio promovido por seu antecessor.

Fez isso na composição de chapa com antigos oponentes, na formação do governo com partidos variados. Um exemplo dessa diplomacia foi a visita ao Palácio Piratini, quando ele e Janja foram recebidos para um almoço por Eduardo Leite e seu namorado, Thalis Bolzan.

O primeiro ato de Jean Wyllys, depois do anúncio de sua nomeação para sabe-se lá o quê, na Secom, foi atacar Leite. O acusa de homofobia por manter as escolas cívico-militares, dando uma declaração homofóbica ao relacionar uma decisão política a “fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”.

Há inúmeros argumentos para rebater a decisão de Leite e a de outros quase 20 governadores que foram poupados por Wyllys. Nenhum que faça menção a orientação sexual.

Lula tem dado o tom de calmaria que tomou conta do país e da política, resta saber se o seu entorno está liberado para desafinar.

Publicado em Mariliz Pereira Jorge - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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1919

© Albert Arthur Allen

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Que país foi este?

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Xixi juntas?

© Glória Flüggel

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Vem com a gente!

E já que estamos fazendo propaganda do nosso trabalho, olha que linda essa camiseta nova do Plural/Leminski. Tem todos os tamanhos, cores, modelos e sabores aqui.

Se tem uma coisa que orgulha a gente é fazer um jornal gratuito. Não adiantaria nada ter um monte de informação bacana trancada a sete chaves, principalmente quando a mentirada anda solta pelo mundo. Por isso o Plural sempre vai receber todo mundo de braços abertos, sem cobrar nada.

Mas como a gente sobrevive? É que tem um montão de gente que entende a necessidade de ter um jornal independente em Curitiba. Um jornal que não receba verba de prefeitura nem de governo, que fale o que precisa ser dito. Um jornal que fale de educação, saúde e cultura do jeito que a galera precisa. E esse pessoal topa dar um troco todo mês para o Plural. Lindo né?

Pra convencer você a fazer parte desse movimento, a gente fez um bem bolado com a Arte & Letra, a editora mais bacanizada da cidade. Você assina o Plural e ganha livros deles. Se assinar por seis meses, por exemplo, ganha logo dois. E se assinar por um ano ganha três livros, um original do Benett e um cafuné virtual do redator destas mal-traçadas.

Vem com a gente! Clica aqui.

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Mural da História – 2021

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Tempo – Poluicéia Desvairada!

Promotoras descansando entre uma abordagem e outra na Oscar Freire, em algum lugar do passado. © Lee Swain

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Tempo

Pecê Lopes, jornalista, Teresina, Piauí, em algum lugar do passado. © Joyce Vieira

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Redemption Song

Bob Marley – Tradução de Ivan Justen Santana

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Kurt

Em algum lugar da Alemanha existe um rio chamado Vonne.

Esta é a origem do meu estranho nome. Sou escritor desde 1949. Autodidata. Não tenho qualquer teoria sobre literatura que possa ser útil aos outros. Quando escrevo simplesmente me transformo no que aparentemente devo ser. Tenho um 1 metro e 98, peso quase 90 quilos e tenho os movimentos mal coordenados, exceto quando nado.

Quem trabalha escrevendo é toda essa carne emprestada. Quando nado sou lindo. Meu pai e meu avô paterno eram arquitetos em Indianápolis, no estado de Indiana, onde nasci. Meu avô materno era dono de uma cervejaria lá. Ganhou uma medalha de ouro na Exposição de Paris com a sua cerveja, que se chamava Lieber Lager.

O ingrediente secreto era café. Meu único irmão, oito anos mais velho do que eu, é um cientista bem sucedido. Sua especialidade é a física no seu relacionamento com as nuvens. Seu nome é Bernard e é mais engraçado do que eu. Lembro-me da carta que escreveu depois que seu primeiro filho, Peter, nasceu e foi levado para casa. “Aqui estou eu” – começava a carta – “limpando merda de praticamente todas as coisas.” Minha única irmã, cinco anos mais velha do que eu, morreu aos quarenta.

Também passava de um 1 metro e 80 por quase um angstrom, mais ou menos. Era divina de se olhar e graciosa, tanto dentro como fora d’água. Era escultora. Fora batizada “Alice”, mas sempre negava ser uma Alice. Eu concordei. Todos concordaram. Talvez num sonho, algum dia, eu descubra o seu nome verdadeiro. Suas últimas palavras foram “não dói”. São últimas palavras muito boas. Foi o câncer que a matou. E agora me dou conta que os dois temas principais das minhas novelas foram ditados por meus irmãos: “Aqui estou eu, limpando merda praticamente de todas as coisas” e “não dói”.

O conteúdo deste livro são amostras dos trabalhos que vendi para financiar meus romances. Aqui se encontram os frutos da empresa privada. Eu era relações públicas da General Electric e depois me tornei escritor free-lance da chamada ficção comercial, principalmente ficção científica. Se melhorei moralmente após passar por esta transformação não estou em condições de dizer. É uma das perguntas que pretendo fazer a Deus no Dia do Juízo Final – junto com uma outra a respeito do nome verdadeiro de minha irmã. Isto pode muito bem acontecer na próxima quarta-feira.

Kurt Vonnegut Jr.

*Vonnegut escreveu esse texto em 1968. Que o nobre gigante tabagista esteja à esta altura chamando sua irmã pelo nome secreto e apreciando seus mergulhos nas nuvens.

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Álbum

Mário Quintana, Curitiba, março (1983).  © Julio Covello

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Desiderata. © IShotMyself

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