Diana Mackie. © Zishy

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A arte da ironia

A repetição está na raiz de qualquer literatura. Tudo que dizemos provavelmente já foi dito por alguém, em algum momento. Não importa se eu já vi esta frase ou não; ela já foi dita. O fato de eu ter ou não consciência disto cria uma diferença. Se eu desconhecia a frase, estou repetindo; se eu a conhecia, estou imitando, mas posso também estar produzindo uma variante deliberada. A Literatura vive, também, da criação contínua de variantes do que já existe. 

São as variantes de uma idéia que, injetando nela algo de novo, garantem a sua sobrevivência e a chance de que venham a ser novamente imitadas no futuro. É assim que se criam os gêneros literários: imitando algo que já foi feito, e introduzindo pequenas surpresas e viradas-de-esquina. Repetindo o que já se tornou patrimônio coletivo, e inserindo nele uma contribuição individual.

Mark Twain, um grande fazedor de frases, disse certa vez num discurso:  “Fiquei triste ao ver meu nome mencionado como um dos grandes autores da Literatura, porque eles têm o triste costume de acabar morrendo. Chaucer já morreu, Spencer morreu, o mesmo aconteceu com Milton, com Shakespeare… e eu mesmo não me sinto muito bem”.

É uma enumeração grave e sisuda que resvala, aos poucos, para um final meio gozador. O que na retórica chama-se de bathos, uma forma de anticlímax que geralmente produz o riso quando a usamos de forma mais caricatural: “Entre as minhas influências literárias estão Shakespeare, Goethe, Dostoiévski e Didi Mocó.”

Mark Twain foi o primeiro a fazer esse tipo de enumeração irônica? Pode ter sido, ou pode ser que não; não importa. Quando uma forma de dizer as coisas se revela eficaz, ela provavelmente será imitada por alguém. Em seguida, a existência desses dois exemplos aumenta as chances de que haja um terceiro. E depois um quarto, e depois um quinto… e eu mesmo já estou derrapando no mesmo caminho.

Coube a Woody Allen, um discípulo de Mark Twain (todos os humoristas norte-americanos o são), dar sua versão desta figura retórica quando disse:

Deus está morto, Marx está morto, e eu mesmo não estou me sentindo muito bem. 

Num poema do livro Sentimento do Mundo (“Ode ao Cinquentenário do Poeta Brasileiro”) Carlos Drummond de Andrade fez uma bela homenagem a Manuel Bandeira, e a certa altura comparou o destino discreto de Bandeira, de poetar quase em segredo, com o destino de outros colegas seus:

Efetivamente o poeta Rimbaud fartou-se de escrever, o poeta Maiakóvski suicidou-se, o poeta Schmidt abastece de água o Distrito Federal…

Macacos me mordam se não há uma ironia mordaz nessa comparação, em que ele justapõe dois poetas (Rimbaud e Maiakóvski) que viveram trágica e radicalmente a poesia e Augusto Frederico Schmidt, um poeta-empresário, sócio de variadas indústrias, dono de supermercados.

Jean-Luc Godard é um autor que usa a ironia e o sarcasmo como outros usam o sal e a pimenta. Além do mais, é um citador inveterado, e já afirmou que o cinema deveria consistir apenas em pessoas diante de uma câmera lendo trechos de seus livros preferidos.

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A carne é fraca

friboi-72

© Orlando Pedroso

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Quem dá aos pobres empresta, adeus!

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Old Lady. © Jan Saudek

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Fufuca, nem tão unânime assim

Apesar de ser citado como certo para ocupar um ministério da cota do PP, o deputado André Fufuca (MA) não é unanimidade dentro da bancada do partido. Ao contrário.

Não se sentem representados por ele os parlamentares da legenda, especialmente os do Nordeste, que desde a primeira hora foram contrários à decisão do presidente do partido, senador Ciro Nogueira, de apoiar Jair Bolsonaro e apoiaram Lula.

Alegam que Fufuca, até mais do que a Arthur Lira, é ligado a Ciro, que ainda mantém o discurso público de oposição ao governo. Dizem que sua escolha não atenderá os parlamentares lulistas do PP.

Fufuca também é ligado ao ministro Flávio Dino (Justiça). A proximidade é vista pelo presidente como positiva, embora não seja determinante para uma eventual escolha do deputado para ocupar uma vaga no ministério.

Os mesmos parlamentares tentarão uma audiência com o presidente para avaliar outros nomes do PP.

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Ernani Buchmann falou, tá falado

Descobri. Aquele Maomé de cabeça de bomba é o Solda com 62 anos em 2001. Veja a foto que não me deixa mentir. Nem Eles, Maomé e Solda, nem seus seguidores, poderão negar. Abraçambos-vos. Foto de Gilson Camargo. (fevereiro de 2006)

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Vou chegar tarde ao encontro marcado,
cabelos já grisalhos. Sim, suponho
ter-me agarrado à primavera, enquanto
via você subir de sonho em sonho.

Vou carregar esse amargo – por largo
tempo e muitos lugares, de penedos
a praças (como Ofélia – sem lámurias)
por corpos e almas – e sem medos!

A mim, digo que viva; à terra, gire
com sangue no bosque e sangue corrente,
mesmo que o rosto de Ofélia me espie
por entre as relvas de cada corrente,

e, amorosa sedenta, encha a boca
de lodo – oh, haste de luz no metal!
Não chega este amor à altura do seu
amor … Então, enterre-me no céu!

Marina Tsvetáeva – (18 de junho de 1923)

Marina Tsvetáieva, nasceu na Rússia, em 1892 e morreu em 1941. Ela foi poeta, escritora e tradutora, uma das mais importantes do séc. XX. Fez parte da grande geração de Boris Pasternak, Óssip Mandelstam e Anna Akhmátova e estabeleceu contato por correspondências com o poeta Rainer Maria Rilke, além de Paternak, seu conterrâneo.

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Academia Onírica – 2012

Academia Onírica – Revista 2|Teresina, Piauí.

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Soy loco por Teresina!

Praça D.Pedro II. © Joyce Vieira

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O Bandido Que Sabia Latim

© Alberto Melo Viana

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Micheline-CardosoMicheline Cardoso.  © Stella Couto

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Mural da História – 2010

brasão-nacional-27-2-2010


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