A arrogância dos ‘gênios ridículos’

No Brasil, sucesso é ofensa pessoal, como dizia Tom Jobim

Uma leitora da Folha me enviou um e-mail comentando minha coluna da semana passada “Nem todas as cartas de amor são ridículas“. Ela contou que enviou o texto para todos os colegas que estão sofrendo para escrever as dissertações de mestrado, teses de doutorado e outros trabalhos científicos. Enviou também para seu orientador de doutorado, que, sem ler o texto, disse debochadamente:

“Você é fã daquela antropóloga das redes sociais?”

Indignada com a arrogância do professor, ela respondeu:

“Sou, sim, fã de carteirinha da Mirian Goldenberg, uma antropóloga que faz um trabalho importantíssimo de divulgação científica nas redes sociais, jornais, revistas, rádios e programas de televisão. Ela divulga suas pesquisas sobre envelhecimento e etarismo com uma linguagem sensível e acessível a todo mundo. Não fica encastelada no mundinho acadêmico como tantos gênios ridículos, invejosos, medíocres e mesquinhos que pensam que são os Einsteins das ciências sociais, mas que não produzem absolutamente nada de relevante para a sociedade. E que, pior ainda, sentem um prazer sádico em desqualificar o trabalho de quem produz tantos trabalhos importantes. Você já viu o Currículo Lattes e o índice de impacto da Mirian no Google Acadêmico? Como dizia Tom Jobim, no Brasil, sucesso é ofensa pessoal”.

Compreendi a indignação, pois conheço a arrogância e perversidade dos “Einsteins e gênios ridículos”. Mas achei engraçado alguém dizer que sou “antropóloga das redes sociais”. Faço parte de uma geração analógica: tenho muita dificuldade, resistência e receio de lidar com as novas tecnologias.

Entre todos os meus colegas da universidade, fui uma das últimas a comprar um computador. Escrevi as mais de 600 páginas da minha tese de doutorado à mão e, depois, datilografei em uma velha máquina de escrever.

Fui também uma das últimas a ter celular. Até recentemente, meu celular era o mais barato de todos, sem conexão com a internet, mas meu marido me deu um melhorzinho de presente de Natal.

Depois do meu TEDx “A invenção de uma bela velhice” viralizar no YouTube, recebi tantos pedidos que acabei criando um perfil no Instagram. Amigas que sabem tudo sobre algoritmos me aconselharam a parar de escrever textões e passar a postar vídeos engraçadinhos. Sempre me senti uma analfabeta digital, um “peixe fora d’água” no mundo virtual, até que, no dia 24 de dezembro de 2021, recebi a seguinte mensagem:

“Oi Mirian! Acho tão bonito e único esse seu jeito de responder cada uma das mensagens que recebe. Faz a gente se sentir muito especial! Aqui a gente vê tanto dos outros, mas somos invisíveis. Daí a gente encontra você, que mesmo sem a potência dos olhos nos olhos, consegue enxergar a gente por dentro, nos responde, nos faz importantes. Você humaniza esse mundo virtual! Além desse mimo, vem sua escrita tocante, sensível, real. É das coisas que mais gosto no Insta! Beijo cheio de afeto, Meire.”

Imaginem a minha alegria ao descobrir: “Oba! Aqui tem gente que gosta dos meus textões!”. Foi o “turning point” da minha visão sobre a importância das redes sociais. Desde então, todos os dias, escrevo um textão e respondo aos comentários de mais de 77 mil seguidoras, muitas das quais, como a Meire, se tornaram minhas amigas.

No dia 1º de abril de 2023, fiz uma postagem no Insta sobre a minha escolha de não ter filhos e respondi a mais de 1.200 comentários. O Insta achou que eu era um robô por responder tão rapidamente e me bloqueou durante um mês. Confesso que fiquei triste: senti falta de escrever meus textões e de conversar com minhas amigas virtuais.

Então, em vez de uma “antropóloga das redes sociais”, seria mais correto dizer que sou uma “antropóloga nas redes sociais”. Ou, melhor ainda, uma antropóloga que escreve textões sobre maturidade, conjugalidade, sexualidade, liberdade e felicidade em todos os espaços possíveis, inclusive nas redes sociais. Na verdade, sei que sou só uma formiguinha analógica que sonha em fazer a Revolução da Bela Velhice e que teve a sorte de encontrar outras formiguinhas que também querem mudar o mundo. É pouco, é muito pouco…

Publicado em Mirian Goldenberg - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Alívio para Rui Costa até agosto

O governo Lula acionou parlamentares do Centrão para impedir que a CPI do MST votasse um requerimento de convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O comando da comissão foi procurado por deputados da base aliada e ou de partidos que se aproximam da gestão petista, para ao menos adiar para agosto a análise sobre a presença de Costa. Não foi a primeira vez que a CPI cogitou convocar o ministro.

A movimentação do Palácio do Planalto ocorre simultaneamente à iminente reforma ministerial que o presidente Lula vai promover para atender demandas do União Brasil, do PP e de parte do Republicanos. Nas negociações, também está na mesa a preocupação do PT com a CPI do MST chegar ao governo.

O Bastidor já havia noticiado que havia uma articulação para reduzir danos na comissão. A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em reunião com a bancada do PT.

Na terça-feira (12), a maioria da CPI aprovou a convocação do ex-chefe do GSI de Lula, general Gonçalves Dias. A partir de agosto, a comissão vai ouvir ainda lideranças do Movimento do Sem-Terra, como José Rainha e João Pedro Stedile.

Entre petistas na Câmara há dois consensos sobre a CPI: 1) tem potencial grande de atingir o governo; 2) a articulação política demorou a entrar em campo para evitar que a oposição fosse maioria.

Além da possível convocação de Costa e de outros ministros, a direção da CPI recebeu um vídeo em que um suposto assentando acusa um deputado do PT de extorqui-lo. A comissão avalia se usará ou não a gravação, segundo disse o relator, Ricardo Salles (PL-SP), ao Bastidor.

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Em Cuba, como os cubanos

Havana – © Beto Bruel

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Fernanda Young – 1970|2019

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Truche muche

Lima Barreto reclama de seus editores, que trabalhavam “a trouxe-mouxe”, atrasando a publicação de seus livros. Lá no fundo, num escaninho do cérebro, lembrei da minha avó a usar a expressão, significando desleixo, preguiça, atraso. Nesses dicionários da internet, que trazem locutor com pronúncia, diz-se trouxe mouxe, com pronúncia do verbo trazer.

Vovó pronunciava “trusse-musse”, talvez pensando em francês; naquele tempo aprendia-se francês na escola; cheguei a isso até que o coronel Passarinho passou com o trator sobre o currículo. A avó estava certa, ainda que a expressão tenha vindo do espanhol “troche moche”. Só lembro isso por amor a uma língua e a seu tempo de glória.

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Ela

© Sara Saudková

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Publicado em Millôr Fernandes|1923|2012 | Com a tag , | Deixar um comentário
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Mario Celso, um visionário

Hoje, quarta, 12 de julho. Nossos deputados estaduais saem de férias. Alívio. São uns dias sem bizarrices em plenário e sem projetos para ajudar os amigos deles com a nossa graninha…

Mãe Diná não se pronunciou sobre o caso, até onde eu saiba. Também não sei se o Chick Jeitoso consultou suas lâminas sagradas. Mas sem ter acesso a nenhum instrumento do divino (basta olhar para ele para saber que acesso ao sobrenatural não é o forte da casa), o ex-vereador Mario Celso Cunha acertou em cheio.

Talvez você lembre: num vídeo da época em que estavam decidindo como seria a Copa do Mundo em Curitiba, Mario Celso, que acabou sendo secretário especial da Copa, acalmou os athleticanos. Eles estavam preocupados com a dinheirama que teriam que desembolsar para ter o estádio no Padrão Fifa, e o acordo exigia que o clube pagasse um terço de tudo.

Mario Celso, esse Nostradamus curitibano, mandou ver sua centúria: “Se os clubes forem assumir este financiamento, não vão pagar coisa nenhuma”. Bom, o estádio custou uma fábula, e o próprio fato de o preço ter se multiplicado agora vem sendo usado pelo Athletico para abater sua parte no pagamento. Ontem, a Assembleia Legislativa topou que você e eu paguemos mais R$ 73 milhões da Arena. Esses dias já tinham sido mais R$ 65 milhões.

Se continuar assim, o governo vai estar passando mais dinheiro para o Petraglia do que o Barcelona pela compra do Vitor Roque.

Aqui!

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Mural da História – 2010

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A mãozinha do Diabo no corpo

Somos levados a supor que todos os eventos levam ao homem e são destinados a subservir as nossas necessidades. Esquecemos que o antropocentrismo é um antro de perdição, um saco de gatos escaldados. A razão nos faz obliterar o conjunto da obra: a natureza. Só na nossa imaginação as coisas são belas ou horrorosas, ordenadas ou confusas. A natureza é impassível. Ela flui. Autorizamos deformidades numa rocha ou numa árvore só porque elas não se prestam aos fins que desejamos. Instituímos o belo como sendo saudável. O feio como enfermidade.

O vinho corre em minhas veias. Estou em paz totalmente preparado para a guerra. Música no ar. Pulo para o capítulo voltairiano. Sabe-se que a moral da época, século XVIII, permitia que uma dama acrescentasse um amante à sua ménage, se fosse feito adequadamente, respeitando a hipocrisia da Humanidade. A marquesa du Chatelet, com 28 anos, mulher de um insípido marquês, escolheu um gênio da época: Voltaire, de 40. Mas passavam o tempo, juntos, só em estudos e pesquisas. Óó, cupido, pra longe de mim! Bendito Castelo de Cirey!

Dulce est disipere in loco. Doce é perder o juízo de vez em quando. Minha profissão é dizer o que penso, disse Voltaire, com o diabo no corpo. Il avait le diable au corps! A minha é desdizer o que os outros pensam. Ou o que penso que os outros pensam. O significado da palavra entusiasmo, que vem do grego, é emoção das entranhas, agitação interior. Voltaire pergunta: quantos graus existem nas nossas afeições? Acordo, sensibilidade, emoção, perturbação, surpresa, paixão, arrebatamento, demência, furor, raiva. Mas meus amigos, diante de qualquer fato, diante de belo, do bom, do perturbador, não se perturbam e soltam um único e sonoro: ducaralho!

Enlouqueço um pouco. Doce é. Docemente o vinho desce. O Sol tenta ir dormir e pisca. Estrelas sentem agitação nas entranhas. E caem.

*Rui Werneck de Capistrano tem o diabo no copo

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Carta ao Céu – 2006

Sérgio Fernando da Veiga Mercer |Céu – Aos cuidados de S. Pedro

Pois é, Mercer! Resolvemos fazer uma reunião para falar sôbre você. Não que precisemos disto para lembrá-lo. Várias noites eu acordo pensando em telefonar para você . Para comentar algum livro ou para tirar a dúvida sobre quem foi o ator coadjuvante do filme “No tempo das diligências”. Dessas coisas que só você sabia. Logo me lembro que você não está, fisicamente, mais conosco.

Então, fico imaginando como será tua vida longe de nós. Conhecendo teu temperamento, sempre me ocorre a idéia de que você possa ter perdido a paciência as harpas tocadas pelos anjos durante a eternidade e arranje um jeito de incluir nesta orquestra um cavaquinho e um tamborim.

Nossos amigos vão bem. O Queixinho do Bar Botafogo também já nos deixou. Ele e o Divonei Campos. Você há de encontrá-lo qualquer dia desses.

São tantas coisas que eu queria te contar, mas a arte é longa e a vida, curta. Não posso deixar de dizer alguma coisa sobre política. Nem me pergunte. O PT, que era o médico, transformou-se no monstro. Nunca se roubou tanto. O País está sendo dirigido por uma lula sem cabeça.

Quando converso com alguém de nossa intimidade, sempre me pergunto como foi a tua vida. Ocorre-me então as palavras de um sábio francês : “Sempre achei que deveríamos escolher para nossos aliados e juízes perpétuos a ironia e a piedade. A ironia que eu invoco não é uma divindade cruel. Não zomba do amor nem da beleza. Mas é ela que nos ajuda a rir dos velhacos e dos parvos e a sermos tolerantes com o ódio e o desdém. A piedade com seu pranto justifica a vida”. Na minha opinião, você sempre viveu mais ou menos dentro desses parâmetros.

Com estas palavras, digo adeus.

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Tempo – Salão de Humor do Piauí

Desenho de Tabaka, artista gráfica polonesa.

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As 9 pessoas que você provavelmente vai namorar, de acordo com Simone De Beauvoir

Quando você tenta encaixar os seus “casos” recentes em seus respectivos arquétipos. “Claramente ela é como a fulana” ou “Ele é tão babaca” – é bem improvável que o nome de Simone de Beauvoir entre nessa conversa.

Aclamada por sua teoria feminista e filosofia existencialista, Beauvoir foi uma das primeiras mulheres a receber um diploma da prestigiada Universidade Sorbonne de Paris e a pessoa mais jovem a passar no infame exame da agrégation em filosofia. A maioria a conhece por suas contribuições para a vibrante cena intelectual parisiense e pelo seu relacionamento com Jean-Paul Sartre*. O que poucas pessoas sabem é que Beauvoir fez uma vez uma análise sucinta, sarcástica e brilhante dos nove tipos de pessoas que você certamente vai namorar um dia.

Na parte II de Por uma Moral da Ambiguidade, Beauvoir detalha uma série de reações comuns que as pessoas têm para a perda da infância. Você entende que a percepção do mundo não é dada por Deus ou pelos pais. Naquele momento parece que estamos livres para agir, mas estamos paradoxalmente ligados ao destino. A verdade é que a maioria das pessoas que você encontra está lutando com uma assustadora mistura de liberdade e falta de liberdade que vem com a idade adulta. Mas todos estão sofrendo de formas diferentes. Beauvoir ataca sutilmente os maiores pensadores da época – ela não era fã de Friedrich Nietzsche – e suas classificações são estranhamente aplicáveis aos encontros do Tinder.**

1. O Sub-Homem: “Nada jamais acontece; nada é mérito do desejo ou do esforço”.

O pior de todos, o Sub-Homem tem um vislumbre da liberdade pós-infantil e, horrorizado, fecha-se para o resto do mundo. Seus pais permitiram o medo de brócolis e agora ele se nega a comer comida asiática. Esta pessoa decidiu há muito tempo que tudo no mundo é insignificante e sem brilho tornando a profecia autorrealizável e em vez de enfrentar o desafio do livre-arbítrio ela esconde-se disso. Este é o tipo desanimado e apático — homem ou mulher — que ficaria em pé na frente da Ponte Golden Gate e permaneceria indiferente. Fator de risco: Baixo. Você será capaz de reconhecê-los a mil léguas.

2. O Homem Sério: “O Homem Sério se livra da sua liberdade com a pretensão de subordiná-la aos valores que seriam incondicionais”.

Provavelmente o tipo mais comum, o Homem Sério resolve a crise existencial da puberdade escolhendo algum objeto arbitrário ou sistema para definir os seus valores. Não existe nenhuma razão para ela ter escolhido aquela coisa – será que a sua aula de spin é realmente sagrada?? – mas quando que ela se decide por algo, ela não muda de ideia. Este tipo aparece em todos os lugares, de fanáticos religiosos a CEOs gananciosos que definem a sua autoestima com dinheiro. Em algum momento ela provavelmente questionou a adesão a esse culto, mas agora ela acredita “por acreditar” só para ter um significado absoluto no mundo. Dica: essa pessoa tende a saber que ela é uma fraude e desta forma você a reconhece por sua predisposição à ironia. Fator de risco: Médio. Se você escolheu valores arbitrários parecidos, você vai se dar bem.

3. O Homem Apaixonado: “Tendo se envolvido durante toda a sua vida com um objeto externo que pode escapar continuamente, ele sente tragicamente a sua dependência.”

É fácil confundi-lo com o Homem Sério pois o Homem Apaixonado vai obsessivamente investir toda a sua energia e crença em algo. No entanto, o Homem Apaixonado não acredita que o significado resida de fato nesse objeto – mas em sua relação com o objeto. Ela falará sem parar sobre sua conexão especial com o novo álbum da FKA Twigs ou com a poesia italiana do século 17, o que pode inspirar você, mas também transforma “qualquer conversa, qualquer relacionamento em algo […] impossível.” Se você tiver sorte suficiente para ser o objeto da sua paixão, você estará em um mágico e esmagador romance – mas fique de olho pois as coisas podem sair do controle. Infelizmente, o Homem Apaixonado deve enfrentar o fato que ele nunca vai estar totalmente unido a você ou com a Srta. Twigs. Fator de risco: Médio. Ideal para um intenso romance de verão – contanto que você consiga lidar com o desgaste emocional e a pior briga de separação da sua vida.

4. O Niilista: “Consciente da sua incapacidade de ser qualquer coisa, ele decide então ser nada”.

Normalmente encontrado em adolescentes que acabaram de perder o estado idílico da infância, ele também pode aparecer nas crises de meia-idade das pessoas que tentaram ser sérias — e falharam. Às vezes eles parecem Sub-Homens, mas os niilistas se arriscaram no mundo. Eles tentaram exercer a sua liberdade, mas foram derrotados. Então, eles tendem a ser mais exuberantes, agressivos e propensos a forçar em você suas leituras lascivas de Nietzsche. Fator de risco: Alto. Ao contrário dos Sub-Homens, eles não se contentam em ficarem apenas sentados e serem mal-humorados. Eles têm que provar para todo mundo que o mundo é sem sentido – mesmo que isso signifique destruir coisas que outras pessoas criaram. “Se ele quer ser nada, toda a humanidade também deve ser aniquilada”, adverte Beauvoir. Credo.

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Ostras Parábolas

Bárbara Kirchner. © Maringas Maciel

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A arte da guerra

© Getty Images

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