sexo-intra-muscularBico de pena, nanquim, sobre papel A|3, 1970

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A batata quente de Valdemar

O comando do PL vai se reunir nesta terça (11) com o líder da bancada, deputado Altineu Côrtes, e tentar encontrar uma solução para os problemas de relacionamento surgidos entre bolsonaristas e não-bolsonaristas após a votação da reforma tributária, quando vinte deputados votaram a favor.

A avaliação de Valdemar Costa Neto, segundo seus interlocutores, é que a hostilidade entre os membros da bancada ocorre porque o ex-presidente Jair Bolsonaro fez a reforma parecer uma luta entre direita e esquerda, quando era uma demanda de setores econômicos da sociedade.

Segundo uma fonte do partido, reuniões de líderes de bancadas do Senado e da Câmara com Valdemar e Bolsonaro se tornaram semanais desde o retorno dele ao Brasil. Mas; por se tratar do encontro seguido à votação, se tornará um espaço para encontrar soluções.

Nesta segunda (10), o jornal O Globo divulgou a troca de acusações e insinuações no grupo da bancada no WhatsApp. O clima ficou tão ruim, que o líder suspendeu por um tempo a possibilidade de enviar mensagens para o grupo.

Há um jogo de tensionamento no PL. Ao mesmo tempo que bolsonaristas atacam quem votou pela reforma, partiu de Valdemar Costa Neto a decisão de o partido não punir quem votasse com o governo. Ele não quer transformar a legenda num espaço controlado pelos bolsonaristas mais radiciais.

Segundo um aliado do dono do PL, Valdemar quer criar um ambiente em que os bolsonaristas possam exercer seu mandato, trazendo voto e dinheiro para a legenda, sem que ele perca o controle do partido, nem rompa com o establishment.

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O contraespião e a sordidez das sentenças

A revista Forum divulga trecho de conversa entre o então juiz Sérgio Moro e o empresário Tony Garcia, que se declara escolhido pelo magistrado, hoje senador, como seu infiltrado para colher provas contra investigados na Lava Jato. Em entrevista ao site Brasil 247, Garcia informara que Moro concedeu-lhe acompanhamento da PF e tecnologia para a espionagem (o material está no You Tube). Há o lado cômico, de uma ironia trágica, de o infiltrado infiltrar-se junto ao juiz para gravar as conversas que manteve com este. No humor rasteiro do Paraná, Garcia funcionou como o esperto que se faz de milho para comer o cavalo, ou, na outra versão, que finge estar morto para comer o coveiro. O espião de Moro revelou-se eficiente contraespião.

Em ambiente de ética pública, os poucos parágrafos da conversa seriam a sentença terminativa do mandato de Sérgio Moro. Mas sejamos claros: não pelo que Moro fez usando Garcia, pois que na esfera em que atuavam ninguém é santo; sim porque Moro cometeu a mais grave das falhas republicanas, a de deixar vestígios e registro do comportamento antiético. O que ele fez a maioria dos políticos fazem, fizeram e continuarão a fazer, com maior ou menor extensão e intenção. Porém a maioria respeita as aparências, a versão política da hipocrisia que, na definição de La Rochefoucauld, é a homenagem que na vida civilizada o “vício presta à virtude.” No regime republicano, mesmo as mais torpes patifarias têm de se resguardar, no segredo.

O juiz da Lava Jato estava enfatuado pelo poder, cego pela ambição, para se permitir o abuso positivado na gravação de seu infiltrado. A conversa gravada por Tony Garcia revela também a ingenuidade de Moro. Se a gravação passar pela perícia, como está na moda, revelará um Sérgio Moro que, no Primeiro Reich, faria o chanceler Bismarck revirar-se na cova: a suprema imprudência de desvendar aos alemães o mistério sórdido de como eram produzidas as salsichas e as leis. Moro não preservou as sentenças da sordidez oculta na produção das leis e das salsichas – na Alemanha da época garantias da estabilidade do regime. A gravação enterra o mandato do senador Sérgio Moro? Uma pergunta cuja resposta acabaremos por saber em oito anos.

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Capa da 59ª edição do jornal Cândido, publicado pela Biblioteca Pública do Paraná. O jornal traça um panorama com os principais nomes das artes gráficas curitibana, que ajudaram a cidade a ser celebrada pelas publicações culturais desde a fundação do jornal Dezenove de Dezembro|junho|2016.

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Juntos, não misturados

Sociedade entre governo e centrão não se estende a parcerias em campanhas eleitorais

O presidente Luiz Inácio da Silva está num relacionamento sério com o Congresso. Disso deu notícia o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) quando anunciou que o governo estaria “aberto” a discutir a inclusão de partidos como PL, PP e Republicanos na estrutura da Esplanada.

Em politiquês castiço isso quer dizer que haverá reforma ministerial para levar a oposição para dentro da situação. Nada de modo muito radical. Serão feitos remanejamentos cirúrgicos, de forma a não atingir aliados da “frente” nem desagradar totalmente o PT, que terá de ceder alguns espaços.

Numa roda de conversa dias atrás, Padilha dizia que a tal reforma levaria a articulação política ao estado da arte. “Minha vida vai melhorar muito”, desabafava o ministro. Tal otimismo, contudo, requer calibragem.

Pelo seguinte: a sociedade com oposicionistas para dar andamento ao governo por quatro anos não implica que estejam misturados nas disputas eleitorais do meio do caminho.

Parceiros na chamada governabilidade não necessariamente são companheiros de palanques. Essa relação direta não existe nem no campo da esquerda e muito menos existirá agora que a direita tem condições objetivas de competitividade.

Nos primeiros governos de Lula, o centrão-raiz esteve com ele, inclusive nas eleições. O cenário agora é diferente. Embora ao presidente seja útil dividir os partidos adversários e a eles interesse a adesão de resultados, a parceria tem prazo de validade.

Na verdade, dois prazos. O primeiro, no pleito municipal, quando deputados federais se empenham na eleição de prefeitos e vereadores que serão reforço nas campanhas de reeleição dois anos depois. Aqui, o plano da direita é bater o PT em todas as capitais.

O segundo e definitivo prazo, em 2026, marcará o último ano do atual mandato de Lula, que terá oposição pesada dos agora sócios de ocasião.

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© Jan Saudek

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Benefício a jato para juízes

Por esses tempos, a Assembleia Legislativa do Paraná gastou uma fortuna para fazer uma campanha publicitária (estranha necessidade de fazer propaganda, talvez eles pensem que sem isso o cidadão prefira comprar em outro Legislativo, sei lá…). O texto dizia mais ou menos assim: “Se é bom para você a Assembleia aprova”.

Teve gente que achou que eles estavam falando com o João e a Maria ali da esquina. Mas mais provável que fosse mesmo com os amigos da casa. Os juízes por exemplo, e os promotores. De fato: tudo que é bom para o pessoal do Judiciário (aqueles que têm a prerrogativa de mandar deputado pra cadeia, sabe?) a Assembleia aprova.

Nesta segunda, um projeto que dá mais folgas e uma bela granda para os juízes foi aprovada em tempo recorde. Se você começasse a fazer um miojo era capaz de a comissão votar enquanto a água estava esquentando. Contando com o tempo para aproivar (duas vezes) em plenário, o processo todo não durou quatro horas. Mas o tempo que você vai ter que trabalhar para pagar por isso? Ah, isso vai demorar bem mais…

Aqui!

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Todo dia é dia

talita-por-albertTalita do Monte.  © Albert Piauhy

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Mural da História – 2009

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Meu tipo inesquecível

Millôr Fernandes, 1924|2012. Somos todos insubstituíveis mas alguns são mais insubstituíveis que outros (Fraga). © Contigo

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Marcel Marceau

SEM-PALAVRAS

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Poeta menina – 2006

Dose tripla nesta quinta-feira, 12. Além do feriado em homenagem à padroeira do Brasil, é o Dia da Criança e, ao menos para este vosso escriba, bem mais que isso. 12 de outubro é o aniversário de alguém que só poderia ter nascido numa data dedicada ao que em nós foi, um dia, inocência e encantamento: o aniversário da poeta Helena Kolody (1912-2004).

Tecelã de filigranas e delicadezas, a existir hoje no azul que daqui se vê – e se escuta -, viva estivesse (e quem garante tenha morrido?), Helena estaria completando 94 anos! De família de ucranianos longevos, não seria difícil nem impossível que a poeta pudesse estar entre nós (e quem garante não esteja?), com seu riso de dentes largos e a graça sensível que nela era mais, bem mais que uma virtude.

Kolody e crianças sempre se misturaram. Além de toda uma vida dedicada à educação de nossos infantes, foi, à maneira de Quintana, uma poeta de essências encantatórias e do desconcerto que há de morar sempre nestes muitas vezes endiabrados filhotes da espécie. Helena, aliás, nunca perdeu a infância de vista. Lamentável não haver até agora em Curitiba nenhuma rua com seu nome.

Quem, senão uma poeta disposta a apostar na magia, escreveria estes versos quase infantis, não morasse neles um cantante Miró (outra eterna criança em traço e cor…): “No poema/e nas nuvens,/cada qual descobre/o que deseja ver.” ? Não muito diferente de um outro poema, este do filho de um amigo meu, o Rafinha, 9 anos, me perguntando na praia, excitado diante do mar: “Tio, se o mar começa aqui/ onde é que ele termina?”

Perguntas-poemas, sem dúvida, nascidas de um lugar ignoto da alma onde, desde muito cedo, vigora o mistério de uma sabedoria essencial que parece preceder o ser humano, este ente o mais das vezes inviável. A exemplo da interrogação, lançada ao acaso, pelo menininho, a acolher na concha da mão o passarinho que acabou de morrer: “Pai, se o passarinho saiu dele agorinha mesmo, ele vai demorar pra voltar?”

Ou aquele outro, esbaforido, a entrar correndo dentro de casa, subindo numa cadeira e colocando os ponteiros do relógio de parede que marcavam 3 horas, um em cima do outro no exato meio-dia: “Vó, tô mudando as horas que é pra mim poder brincar na rua a tarde inteira, tá bom?”

Não muito diferente da poesia-menina de Helena Kolody, livre de pretensa inteligência “adulta”, limada de todos os excessos, puríssimo artefato poético-existencial: “Pintou estrelas no muro/e teve o céu/ao alcance das mãos.” Simples? Como uma noiva voando numa aquarela de Chagall…

Ou o piazinho que acabou de completar cinco anos, e exibe para o jovem avô todos os dedinhos de uma das mãos: “Ói, vô, tá vendo? Eu já sou esta mão aqui inteirinha!” Ante o frouxo de riso do avô, uma pergunta irrespondível: “Do que é que você tá rindo, vô? Mão é palhaço, é?…”

Coisas. Bilhetes da vida nas asas de clandestina felicidade nascida de um saber sem culpa, palavras lavadas pela passagem das horas, palavras-estrelas, última lua da madrugada: “Hoje é o chão da existência!” Noventa e quatro anos? Nada, do azul que daqui se vê, Helena é apenas uma menina, andando descalça o chão de folhas dos bosques da eternidade. Escutas?

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Horóscopo para os nascidos no dia de hoje

Nesta fase, o homem deve descer atrás da mulher, deixando o cavalo por último. Ao subir, ele vai na frente ou ao lado da mulher, divagando sobre os egípcios e sua vida nômade, anterior à sua instalação no Vale do Nilo.

A Tábua Lunar indica perigo se a mulher usar jóias (pedras preciosas) pela manhã, principalmente se forem falsas. Os brócolis devem ser cozidos em fogo brando e levados imediatamente à mesa, numa travessa enfeitada com salsinha e souvenirs, em horário de pouco tráfego, evitando a hora do rush.

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Keyra. © Zishy

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