Mestre

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Teatro Margem – 1973|2023

O cartunista que vos digita, na peça Bolas de Papel, para a qual também fiz o cartaz. Texto e direção de Manoel Carlos Karam, iluminação de Beto Bruel. Teatro de Bolso, Curitiba, junho de 1973. © Nélida Rettamozo, a Gorda.

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quantas bocas num lampejo de ventura
veludos afagam cantos e faces
ping pong de pura candura
entre curvas e volteios seios faceiros
aquecem a pira de inflamados devaneios
roda gigante do meu peito cambaleia pelo céu
a lua cheia entre nuvens
revela ondas nivela sombras
silhuetas estatuetas idas e vindas ao léu

Paulo Leminski Neto. © Anderson Tozato

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Cruelritiba

cruelritiba-tozato© Anderson Tozato

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Mais dois pontos sobre Fortuna

No dia 30 de junho (2022), o Solda (re)publicou um texto sobre o maranhense Reginaldo José de Azevedo Fortuna, subscrito por Dodó Macedo, que faz referência sobre o livro “Fortuna: o cartunista dos cartunistas”, lançado em 3 de junho de 2014. O texto de Dodó é perfeito, nos contando a rica e extraordinária vida do Fortuna, um dos mais geniais cartunistas da história do Brasil.

Abelhudo, me dou ao direito de acrescentar dois episódios da vida de Fortuna, que não foram abarcados pelo texto de Dodó Macedo.

Em meados de 1970, quando ainda morava no Rio de Janeiro, Fortuna ficou sabendo que seu ídolo Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o gênio da raça Barão de Itararé, estava vivendo na mais negra miséria num minúsculo apartamento no Rio. Os filhos raramente apareciam para ver o pai. Vivia de uma parca aposentadoria que os amigos haviam conseguido junto ao INSS e algumas colaborações para a Ultima Hora, ainda com Samuel Wainer. Fortuna descobriu o endereço e foi até o local. Bateu na porta e o Barão atendeu. Fortuna se identificou como cartunista e o Barão mandou que entrasse. A morada era uma lástima, sujeira por todos os lados, centenas de baratas andando pelo pequeno apartamento e na geladeira apenas um litro de leite meio cheio e meio vazio. O Barão de Itararé, para complicar ainda mais as coisas, misturava momentos de lucidez e de perda da memória. Fortuna lavou um copo imundo só com água já que não haviam produtos de limpeza na casa.

O Barão de Itararé sorveu o leite e disse ao Fortuna: “Quando concorri a vereador pelo Rio de Janeiro, na legenda do partido comunista, minha campanha tinha um slogan: ‘Mais água e mais leite, mas menos água no leite’. Fui eleito”.

Fortuna percebeu que o Barão de Itararé estava consciente e entabulou uma conversa, dizendo que um homem como ele, tão importante na história do Brasil, não poderia viver naquelas condições. A primeira coisa a fazer era se livrar das baratas. O Barão não gostou da observação: “Quando estava preso, depois da Intentona Comunista, escrevia bilhetes e os colocava nas baratas que andavam pelas celas. Elas eram o nosso correio. Tenho uma profunda gratidão por elas”. Dono de uma longa barba, completamente branca, a mesma estava cheia de formigas. O Barão comia doces e mastigava açúcar e como não lavava a barba a mesma se enchia de formigas.

Fortuna então levou o Barão de Itararé ao banheiro, aparou a barba, se livrou das formigas e para acabar o serviço colocou o nosso personagem debaixo do chuveiro e lhe deu um banho. Limpo, o Barão disse que estava com fome. Fortuna saiu, dizendo que voltaria, foi ao restaurante da esquina e comprou almoço para dois

1960|2023

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Tutti-Frutti

“O envelhecimento para a mulher é muito louco, então, a gente fica com poderes, a gente fica mais atenta à sutileza do invisível, do espiritual falando com você.”

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Soy loco por Teresina!

patrícia-mellodiAna Patricia Oliveira Melo, Patricia Mellodi, piauiense de Teresina.

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Filósofo turrão desanca leitores e escritores

“Ele havia passado pelo ginásio e pela universidade, e aprendera mais do que estava no currículo. Experimentou o amor e o mundo, com resultados (negativos, acrescento eu) que afetaram o seu caráter e a sua filosofia. Tornara-se melancólico, cí¬nico e desconfiado; era obcecado por temores e pesadelos; mantinha seus cachimbos trancados a sete chaves e jamais confiava seu pescoço à navalha de um barbeiro; e dormia com pistolas carregadas ao lado da cama. Não suportava barulho. (…) “O barulho é uma tortura para todos os intelectuais. (…) A superabundante demonstração de vitalidade que assume a forma de bater, martelar e derrubar coisas de um lado para o outro tem sido o meu tormento a vida toda”.

Tinha um sentido quase paranóico de grandeza não reconhecida; sem conseguir sucesso e fama, voltava-se para dentro e roía a própria alma”. É Will Durant, em A História da Filosofia, falando de Schopenhauer antes de publicar O Mundo como Vontade e Representação (1818). E você aí se “achando” e cheio de neura só porque teu time perdeu o campeonato, heim? Imagine-se na pele do filósofo! Aí, em 1851, Arthur Schopenhauer escreveu um livro chamado Parerga und Paraliponema, que pode ser traduzido, mais ou menos, como Acessórios e Remanescentes, segundo Pedro Sussekind.

Naquela época, Schopenhauer era desconhecido como filósofo. Já havia escrito, trinta e três anos antes, o livro que o tornaria famoso, chamado O mundo como vontade e representação. Só que o livro foi praticamente ignorado quando saiu — ele também. Dezoito anos depois ele soube pelo editor que grande parte da edição foi vendida como papel velho. Viveu dando aulas e alimentando seu estilo contundente de atacar os filósofos e literatos que ele achava empolados, prolixos e vazios. Até que, em 1851, explodiu publicando Acessórios e Remanescentes. Num piscar de olhos, passou a ser conhecido, respeitado e… odiado. Conhecido e respeitado por artistas, escritores e novos filósofos. Odiado pelos filósofos e literatos que atacava com veemência e furor. É impressionante como o livro Acessórios e Remanescentes é atual. A L&PM escolheu capí¬tulos dele e publicou em 2006 com o título irresistível A arte de escrever. Comprei. Aqui começou meu martírio. Aí, li. E, justamente, ele fala dos prejuízos da leitura excessiva e enfatiza que devemos pensar por nós próprios. “Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: apenas repetimos seu processo mental…” O que impressiona é que não se pode largar o livro! É irresistível, embora diga que devemos deixar de lado as leituras para viver e pensar, pensar e viver. Schopenhauer escreve limpo, sem arroubos filosóficos. Talvez tenha sido o primeiro filósofo inteligível. A gente entende o que ele diz, mesmo que não concorde. O problema é que, depois de ler, fiquei chateado. A gente deduz que não se precisaria escrever nada, pois ninguém precisa ler! Se cada um pensasse por si, ninguém teria necessidade de ouvir os outros. Em nenhum momento do livro ele se dá por achado e manda a gente parar de ler seu livro e ir viver. Que coisa engraçada: nem o tradutor e prefaciador falou sobre isso, mas está tudo claro em cada linha que Schopenhauer escreveu. Já naquele tempo ele chamou nossa atenção para o fato de que preenchemos todo tempo com atividades e ruídos: leitura, música, jogos. Não damos espaço de quietude para o próprio pensamento.

Enfim, é um livro escrito para quem não lê. Ele chama nossa cabeça de “arena de pensamentos alhei-os” quando lemos! É demais intrigante! Acho que só um outro livro me deixou assim tão para baixo. Foi um do Marshall McLuhan que fala do fim do livro, porém, escrito um livro e citando centenas de outros! Aliás, Schopenhauer também cita exemplos literários ao mesmo tempo em que dá conselhos sobre como escrever um bom texto! Fiquei uns dois dias sem vontade de nada, depois que li o chamado “psicólogo da vontade”. Pode? Era isso, por agora. Por mim, pode ler, sim, esse e outros livros.

*Rui Werneck de Capistrano não é amigo do alheio…

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Já foi na Academia hoje?

Thiago E nasceu debaixo do céu-sol de Teresina em 1986. É poeta de testes, músico em reabilitação labiríntica, professor com problema de visão e driblador de gagueira. Na UFPI, formou-se em Letras e, na bebida, busca esquecer. Lançou o projeto de poesia Cabeça de Sol em Cima do Trem.

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Orloff geladinha

Sérgio Moro culpa Lula pela cassação de Deltan Dallagnol. O macaco não enxerga o próprio rabo. Não foram ele e Dallagnol que cassaram Lula? E Moro ainda torce o nariz quando ao ser chamado de juiz parcial. Neste inverno Moro e Dallagnol são o efeito Orloff, os dois hoje o Lula de ontem, vodca geladinha como o prato da vingança que se consome frio.

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Flagrantes da vida real

Renata Bruel, em “Ovos Não Têm Janela”, de Manoel Carlos Karam. © Maringas Maciel

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Jaguar. © Folha de São Paulo

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Quem vai embora não embolora (Paulo Leminski)

Edilson Del Grossi, músico, poeta e compositor (1961|2017). © Vera Solda

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Na porta do ateliê do Rogério Dias

porta-rogério-DSC04550O cartunista que vos digita, Otávio Duarte e Rogério Dias registrando o momento histórico. © Selma Albano

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Uma mão suja a outra

Difícil aceitar que a tão rigorosa Justiça Eleitoral assista inerte à PEC da anistia

Mil perdões pelo cacófato do título, mas é a imagem que me ocorre ante a união partidária em favor da impostura da anistia a graves transgressões de legendas alimentadas com dinheiro público —R$ 6 bilhões, na última contabilidade.

Tenho dificuldade de embarcar na versão de que ministros do Tribunal Superior Eleitoral, de Alexandre de Moraes a Nunes Marques, passando por Cármen Lúcia, sejam partícipes de conspirata vingativa contra Deltan Dallagnol.

Tenho ainda mais dificuldade de aceitar que tão rigorosa Justiça Eleitoral assista inerte à urdidura do Congresso contra lei que cabe ao TSE fazer cumprir —e nada diga sobre ela.

O governo, diligente no uso abusivo de publicidade oficial para difundir deboches à cassação do ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato, mostra-se negligente quanto ao indulto em via de ser perpetrado pelo Legislativo.

Cala e assim consente que o partido do presidente participe da nefasta aliança. Isso além de começar por ignorar conselho de 50 integrantes do Conselhão para que Lula se posicionasse contra.

Os dois maiores antagonistas da cena política atual, PL e PT, estiveram, e estão, irmanados nessa ação que o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) qualifica como “a maior autobenevolência do Congresso na história recente, que só leva água (suja) para o moinho da desqualificação do Parlamento”.

Uma autêntica “malversação legislativa”, nas palavras dele, um dos que votaram contra no placar de 45 a 10 na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Essa emenda que desfigura o soneto vai à comissão especial e depois ao plenário, onde, tudo indica, será aprovada com apoio das grandes e médias legendas.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, alega que as multas (R$ 40 milhões) são “abusivas”. Numa interpretação literal, contribuintes poderiam alegar cobrança abusiva para sonegar. O diabo é que não têm poder para legislar em causa própria.

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